A tentativa de guerra, de revolução e tomada do poder foi frustrada. O duque de Hybranz, ex, na verdade, foi derrotado por Ray Dawn e traído por Wolfram. Chegou muito perto de seu objetivo, mas talvez confiou demais em seus “aliados” e comandados que não necessariamente estavam seguindo cegamente suas ordens, vide o grupo de mercenários que entrou nessa apenas pela premissa de uma possível guerra ou de pelo menos algum conflito armado interessante.

O imperador estava em condições de risco, a invasão estava obtendo sucesso e a Dorothea estava em uma situação complicada. Esse conflito armado causou muita confusão e danos para o império, ainda mais considerando as baixas e a ineficiência dos grupos de defesa em vencer Beeve Liscar, que fez o que quis e causou muitos problemas graves. Obviamente, a destruição e as baixas no contingente são graves considerando o tamanho do grupo inimigo, mas talvez a situação seja ainda pior.

Eu “digo” isso pois a líder da Dorothea está numa situação incerta. Não sabemos se está viva, morta ou o que quer que seja. Inclusive, esse foi o grande defeito do episódio, mas comentarei sobre isso logo mais. Ela estava em um dos frontes e simplesmente não apareceu para o grande ato, o que pode ser explicado pelo não extermínio dos inimigos presentes no local. 

Sinceramente, eu realmente espero que ela não seja uma baixa, pois seria uma perda muito grande. Mas, infelizmente, só saberemos quando Fairy Gone voltar em Outubro com a segunda parte. E isso é um problema porque nós temos duas opções: o arco terminou ou a primeira parte foi finalizada sem que o arco tivesse seu fim. Percebe o quão tosco isso é? Ao invés de mostrar os desfechos, não todos, mas os mais importantes, nós ficamos sem nada.

Sim, tem muito o que mostrar, de resultados imediatos e consequências, mas eu só acho que o mínimo deveria ter sido mostrado. Mas enfim, não adianta chorar sobre o leite derramado. O ponto é que essa reviravolta no final quando Ray Dawn entrou em cena é curiosa por conta de vários aspectos, os quais infelizmente ficarão para a segunda parte. Mas é interessante ver que tanto ele quanto a Veronica estão em “grupos” diferentes que estão atrás de objetivos distintos (?). 

Voltando para o conflito em si, tínhamos alguém que estava motivada demais, e pelos sentimentos errados. Ou melhor, não há certo ou errado nessa questão, mas sabemos muito bem que a vingança nunca funciona devidamente e agir baseando-se nela não é a melhor escolha. 

Marlya estava decidida que conseguiria matar Beeve para que pudesse vingar seu companheiro já falecido. Mas esse não era o objetivo pelo qual ela devia lutar, aliás, ela mal sabia o porquê daquilo tudo estar acontecendo para começo de conversa. O objetivo base era afastar os invasores e, assim, defender o imperador. Mas quando se está numa batalha sem sentido e com feridas (não físicas) abertas, é normal que se tenha tais atitudes.

Felizmente Free conseguiu ser fundamental em pará-la. Da forma como a situação estava se desenrolando a morte seria o destino dela, assim como foi com seu companheiro. Resta saber como ela irá lidar com isso de agora em diante e quais serão as medidas tomadas após esse atentado. Ray Dawn agora possui uma moral ainda maior com o imperador, mas não dá para acreditar que ele não planejou nada contra o mesmo. No fim, ele continua sendo uma incógnita, pois não sabemos das reais intenções dele, isso sem contar com o incidente na vila da Marlya e da Veronica, que deverá receber uma explicação mais detalhada.

No final das contas, Fairy Gone lançou muitas coisas e não respondeu todas. Ainda teremos a resenha da obra e confesso que ao mesmo tempo que tem muito do que comentar, algumas dessas coisas eu gostaria de deixar para quando o anime voltar. Bom, até lá eu dou um jeito nisso e espero que a segunda parte seja melhor que a primeira, além de responder tudo aquilo que ficou aberto.