Que episódio divertido foi esse, hein, okay que o final deu olá para o drama, mas tudo bem, não é como se eu esperasse que até o anime acabar fosse ser apenas sorrisos, né. O importante é que os personagens continuam a ser desenvolvidos e vem drama aí, mas também música, só que antes disso…

Fico alegre ao ver como a convivência com o Uenoyama, como a convivência com a música, faz bem ao Mafuyu. Não esperava ver ele jogando basquete, a outra paixão desgarrada de seu senpai na guitarra, nem sorrindo por se mostrar distante de um estereótipo de incapaz, de frágil. Um homem gay não é em nada diferente de um homem hétero, né. Na verdade, até que é, mas só em um quesito.

Não dizem que quem canta seus males espanta, então…

Deixando um pouco a banda de lado e focando na dupla do ritmo, eu quase posso dizer que esse foi um episódio do Haruki e do Akihiko. Mais do Haruki, verdade, mas depois de toda a construção suscitada nos episódios anteriores nada mais normal que ir a fundo em explicar a razão de sua paixão.

Porque sim, o Haruki está apaixonado, e sabe o mais legal disso? Toda a situação foi mostrada sem perder tempo com reflexões desnecessárias sobre o Akihiko ser homem, e o Haruki também. Ele já é um estudante de pós, um homem feito que mora sozinho, então espero que ao menos se aceite como é, ainda que não saia espalhando por aí. Aliás, nem precisa fazer isso, é a coisa mais normal do mundo.

Haruki está apaixonado por Akihiko e isso o faz ter borboletas no estômago.

Enfim, também foi legal conhecer os passos iniciais do The Seasons; se o nome for esse mesmo eu acho brega, mas bonitinho; e o que o Haruki acha do Uenoyama. Mais ainda melhor que isso, como não rir da ida do Akihiko a casa do baixista. É o tipo de coisa que eu espero de companheiros de banda.

Deve ser por medo de mudar as coisas que o Haruki não confessa como se sente, além disso, ele deve achar que o Akihiko é um hétero convicto por ter fama de galinha, então eu super entendo ele guardar esse sentimento só para si, mas vendo o Mafuyu e o Uenoyama, como os dois têm se aproximado, eu não vejo porque isso ficaria para debaixo do tapete. Ao menos não até o fim do mangá, já do anime…

Isso que dá o anime ser de temporada, por estação. Acredito que Given vai acabar com tudo em aberto, mas precisa desenrolar o drama do Mafuyu e isso deve começar a ser feito já no próximo episódio. A música estar pronta e o show próximo só ajudam com isso, mas antes de comentar o final do episódio…

Quem é aquele personagem do sorriso malicioso que mora com o Akihiko? Outro músico? Um irmão? Ou eles têm outro parentesco? De toda forma, esse personagem e os conhecidos do Mafuyu devem ter mais tempo de tela na segunda metade e espero uma conexão simples entre o baterista o cara de cabelo preto. O Akihiko me parece ser de boa demais para ter uma relação “complicada” com alguém.

Olha esse sorriso malicioso… gostei!

Já o Uenoyama não, ele não sabe ser tão direto, nem lida tão bem com o que acontece ao seu redor. Mas uma coisa é certa, o Mafuyu mexe com ele e o “Obrigado” que ele disse foi bem satisfatório, seja para o protagonista ou para o público. Corroborou com o clima leve e divertido que teve esse episódio.

Ou quase todo, já que a amiga do Ue tinha que vir despejar veneno na relação do crush. Nada contra ela se esforçar para ficar com o garoto que gosta, mas se aproveitar de fofoca para causar um desconforto na relação dos outros é um golpe baixo. A pouca simpatia que eu tinha por ela foi toda embora de uma vez. Mas tudo bem, o que importa não é o que ela disse, mas porque esse boato existe.

É fato que Yuuki se suicidou, mas por quê? Será mesmo que foi por causa do Mafuyu? Que mal ele seria capaz de fazer ao namorado? Duvido muito dessa versão e a reação do Mafuyu quando viu o conhecido só reforça minha suspeita. Além de que, não é cômodo jogar a culpa no namorado do gay?

E os amigos? E a família? E a escola, a vida social da pessoa como um todo, isso não conta? Se o Mafuyu fosse uma mulher será que o boato seria contado dessa forma ou na voz da amiga haveria a conotação de que o Mafuyu é prejudicial? Como se ser gay fosse uma doença cujo pior efeito colateral é o suicídio. Não é, mas boa parte da sociedade ainda pensa assim e julga sem nem ao menos tentar conhecer, né.

Se essa moça tentasse ser mais amiga do Uenoyama, ter uma proximidade real dele, e por tabela se aproximasse do Mafuyu tenho certeza de que passaria a duvidar dos boatos sobre ele. Não sobre ele ser gay, porque repito, isso não é problema algum, mas sobre ele ter provocado o suicídio de quem amava. Jogar isso no ar sobre alguém que a pessoa nem conhece é de uma leviandade tão repulsiva…

Eu acho que é muita falta de vergonha na cara apelar pra fofoca pra fisgar o cara.

Enfim, e anda mais importante que isso, pelo menos para a trama, é a reação do Uenoyama a esses boatos. Por que o mundo dele parou? O Mafuyu ser gay o tornou radioativo? Não. O Yuuki ser o namorado que se suicidou e ter deixado a guitarra para trás deve tê-lo chocado também, porque ele deve ter ligado os pontos, mas entender mesmo por que ele ficou tão chocado só no próximo episódio.

Não sei o que esperar, se a reação mais comum, mais próxima do preconceito, ou menos comum, com ele mais preocupado com a barra pela qual o Mafuyu teve que passar. Em qualquer um dos casos o desenrolar do drama pode ser bom, vai depender do talento e bom senso da autora e da mão da equipe de produção do anime que, aliás, está ótima. Tirando quedinhas leves na animação aqui e acolá.

Antes de dar tchau, acredito que o título do episódio da vez seja uma referência a música The Reason da banda Hoobastank. Não conheço muitas músicas do grupo e essa em especial nunca ouvi em faixa de áudio, mas via muito seu clipe em uma emissora de TV aberta local, a TV União, canal 17 aqui onde moro. Via muito ela na adolescência. Mas pode ser referência a outra música também, né, quem sabe.

Por fim, Given está ótimo de acompanhar e espero que continue assim mesmo se menos descontraído.

Não consigo dizer adeus, ainda estou à deriva com seus ecos.

Até a próxima!

Agora tudo depende de como Uenoyama reagirá ao que lhe foi dito.

Sobras de estúdio

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