Lendo One Piece (Mangá) – Parte 6: East Blue, Loguetown – Uma cidade, um significado
Esta é uma das partes da saga de East Blue que carrega um significado muito importante. Algumas coisas que se entende de One Piece logo em seu início são: não negue ajuda a ninguém, não se entende o que o próximo passa até que passemos pelo mesmo sofrimento, não desista, mesmo que o que você quer dependa de sua vida.
Loguetown tem apenas cinco capítulos, mas são carregadas de história, mesmo sendo distribuído em 20 páginas cada. É super importante perceber que Luffy, mesmo sendo o inconsequente que é, sabe o quão grandioso era Gol D. Roger, o pirata que iniciou a era dos piratas, que nasceu e morreu nessa cidade.
O bando do chapéu de palha finalmente está indo a caminho da Grand Line e, em meio a jornada, descobre que Luffy está com a cabeça a prêmio, em 30,000,000 de berries. A princípio ele pode não ter entendido a gravidade de tudo aquilo, apenas Nami fica alarmada e tudo o mais, mas depois o protagonista percebe que é pior do que imaginava.
Claro, ter a cabeça a prêmio é algo fabuloso para um pirata (desde que não seja o Capitão Kuro, que estava de saco cheio de ser perseguido pela Marinha), já que significa ser mundialmente conhecido pelas suas maldades. O problema é que Luffy não é um pirata mau, e sim foi classificado como um por ter contrariado Nezumi, que é da Marinha, e ainda fez com que o resto acreditasse que era alguém super traiçoeiro.
Depois de ter protegido tanta gente, ser conhecido como um ladrão dos mares maldoso é bem cruel. Bom, pelo menos boa parte da vila onde Luffy nasceu parece estar feliz, principalmente porque era o seu objetivo. Apenas o prefeito que soube o agravante, mas esse é o carma de quem decide dar tudo por um sonho arriscado. Até mesmo Shanks o reconheceu e deu seus longínquos parabéns.
O maior problema disso tudo foi descobrir que: a Marinha estava de passagem por ali, até porque Tashigi, Tenente da Marinha, precisava pegar sua espada. Inclusive, ela tem muito cara da Kuina, amiga de infância de Zoro que morreu após um trágico acidente com uma espada de verdade, e que dizia o quanto queria nascer como um homem.
Realmente, essa questão de mulheres ocupando altos cargos e sofrendo discriminação por ser alguém do sexo feminino acontece bastante, mas não foi o caso da luta entre ela e o Zoro. Ele não tem problemas em lutar com quem seja, de que sexo seja, que faixa etária seja, apenas não considerou certo machucá-la ou até mesmo matá-la ali mas, por ser cobrada ou encarnada o tempo todo (pelo menos é o que pareceu), Tashigi pensou que ele havia demonstrado preconceito por ela ser mulher, sendo que o problema era ela se parecer com a Kuina.
O que não é o caso da Alvida, que sempre esteve em seu próprio pedestal desde o início. Após ter comido um fruto do Diabo Sube Sube no Mi enquanto estava em sua viagem em busca de Luffy, tornou-se magra e escorregadia e acabou se filiando a Buggy, o Palhaço, que ainda era um cotoco de gente. Quem acompanhou a mini-saga de Buggy entre os volumes 4 e 7 já percebeu que os dois se uniram para buscar Luffy, mesmo com objetivos diferentes.
Alvida demonstra uma paixão platônica por Luffy, tendo a sua admiração colocada à prova, e Buggy quer matá-lo por tudo o que o fez passar. Sendo assim, uma execução do protagonista iria acontecer, mas a sorte estava muito do lado dele, e acabou fugindo sem problemas. Um raio caiu em cima do palanque de execução e Luffy, por ser de borracha, não conduziu a eletricidade e, portanto, não morreu.
Embora Luffy tenha conseguido fugir, Smoker, capitão da Marinha, ainda estava atrás de sua cabeça. No entanto, um rapaz chamado Dragon e impediu que o menino fosse preso e executado.
Foi uma parte bem curta, porém repleta de fatos importantes, principalmente o fato de tudo ter começado e iniciado ali. É uma cidade portuária, ótima para turismo, porém também muito pequena, e qualquer coisa que aconteça, todos estão cientes, o que é normal nesse tipo de lugar.
Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/