Após uma pausa de uma semana, Blade volta com um episódio muito bom! Blando, o médico responsável por tentar descobrir os segredos da imortalidade de Manji, nos concede momentos intensos permeados pela quebra da razão, da ética e dos lastros humanos.

O ponto alto do episódio é a direção artística, ela capta o conflito de Blando de modo inovador. O médico, que, sem dúvida, é uma boa pessoa, que se preocupa com os seus pacientes, ou no caso, cobaias, embora seja ambicioso e curioso, acaba colapsando em insanidade.

 

 

A agonia que lhe preenche se justifica pela pressão que sofre de Habaki. Acuado e fracassando em obter resultados definitivos, a única coisa que consegue, é transferir uma pequena parcela da regeneração do imortal para as cobaias, mas mesmo isso é paliativo e imperfeito. Quando se depara com a sua impotência e com a dificuldade real do desafio que está a sua frente, e pior ainda, conforme a pilha de cadáveres de seus pacientes se amontoa, o desespero, a culpa, o remorso e a frustração despedaçam o seu caráter. Tragado pela escuridão e sem possibilidade de escapatória. A luz que enxerga no fim do túnel é abraçar de vez a escuridão.

É importante destacar que o passado de Blando é muito traumatizante, ele perdeu diversos amigos e familiares para doenças e epidemias. Na época em que treinava para se tornar médico, ele descobriu que a medicina tradicional que lhe ensinavam não servia para nada. Isso o motivou a viajar para a Holanda, ou Países Baixos, para aprimorar a sua técnica. Sua ambição sempre foi a de salvar vidas.

 

 

Mas sem dúvidas, o ponto alto do episódio são os momentos em que apresentam o processo, passo a passo, de sua metamorfose em açougueiro, quando toda a sua dignidade como profissional é obliterada pela dificuldade da situação em que se encontra.

É bom elencar a presença dos executores, que por agora ainda tem um papel de pouca relevância no enredo, mas que já se destacam ao aplicar uma formidável técnica, fria e profissional, de desmembramento ante a pesquisa e os prisioneiros.

Para além do núcleo de cenas no subsolo, temos a presença de Rin, que incansavelmente investiga por pistas sobre o paradeiro de Manji. Acompanhada de Doua e Isaku, que residem de favor junto a ela enquanto esperam pelo inverno, época à qual Anotsu planeja colocar o seu plano em prática, plano o qual parece, em grande parte, estar sendo elaborado pelo médico do bando, Kashin Koji.

 

 

Rin e seus locatários se deparam com uma situação ímpar, os guardas da cidade, a mando de Habaki, estão capturando pessoas aleatoriamente nas ruas. Qualquer um que cometer o mais leve delito ou inflação, é levado para ser utilizado de base nas experiências gerenciadas por Blando. Rin e os Itto-Ryus que a acompanham, entram em conflito direto com essas autoridades. O desfecho é trágico.

Isaku é capturado, mas, pelo menos, consegue salvar as garotas no processo. Doua, sabendo das circunstâncias de Isaku, se desespera. É claro que ela não sabe que ele ser cristão, na atual situação em que se encontra, não possui relevância alguma.

Para finalizar, fica aqui o lamento pelo pobre Dewanosuke, a cobaia número um, que infelizmente morreu nesse episódio. Ele era um cara legal.

 

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