Em épocas de crise a escrita também entra em crise. Mas vamos lá pessoal, vou me esforçar para comentar esse penúltimo episódio de Blade.

Para título de curiosidade, já que o anime simplesmente se esqueceu, ou talvez escolheu, não explicar esse detalhe central do enredo da obra, levando a pergunta? O Manji é imune a doenças. A resposta, para quem já se perguntou isso e ainda desconhece o como a habilidade regenerativa dele funciona, é sim. Manji consegue regenerar completamente os seus tecidos caso o dano não ultrapasse um certo limite. Qual esse limite? Bem, só lendo o mangá mesmo, ou ouvindo os spoilers que descrevo no vídeo aqui linkado.

 

 

Enfim, Manji é imune a doenças, mas podemos imaginar que os vermes que o regeneram não sejam. Isso seria interessante, pois caso esses vermes fiquem doentes e morram, a habilidade regenerativa do Manji deixa de existir. Entretanto, tem que ser uma doença incrivelmente poderosa. Imagino que se ele for exposto a uma quantidade massiva de radiação o resultado pode ser bem danoso.

Se me perguntam o porque estou enrolando para começar o artigo, a resposta é apenas uma. Eu não quero falar sobre esse episódio. O anterior já me foi doloroso de comentar, esse aqui então, nem se fale. Comento tudo com maior quantidade de detalhes no vídeo aqui linkado, o qual se refere a esse episódio em específico, e peço desculpas, mas é mais fácil falar sobre isso do que escrever.

Uma coisa central, eu adoro tanto essa parte do mangá que mesmo o anime fazendo o que faz, ao comentar essa parte, acabo me empolgando bastante.

 

 

Enfim, novamente, só para terminar esse artigo. Tivemos os combates centrais e finais da história. Anotsu enfrenta Habaki em uma luta muito equilibrada, ambos se machucam seriamente enquanto destroem torras de madeira de Torii, que são aquelas estruturas em arco que guiam as pessoas a uma proximidade com o mundo espiritual, se não me engano. Qualquer coisa me corrijam nos comentários. Ao fim do combate Anotsu acaba vencendo, mas o preço é a exaustão, e isso será cobrado no episódio final.

Maki protagoniza uma cena sem sal, completamente absurda, onde praticamente nem luta contra os oponentes do Rokki-Dan. Mata todo mundo, amputa um braço aqui e ali e descobre que deseja viver ao lado de Anotsu. Mitake, o samurai e fiel escudeiro de Habaki, é um personagem que foi aniquilado nessa adaptação, não no sentido de combate, mas de construção de personagem mesmo, e nem a sua arma, e marca registrada, sequer foi adaptada.

 

 

Manji luta ao lado de Rin para derrubar o Holandês. Desculpa, eu não lembro o nome dele e estou com preguiça de pesquisar. E ao final de um combate sofrido no qual ele não tinha absolutamente chance alguma, por um pouco de sorte e pelo sacrifício e artífice de Rin, uma faísca de esperança se acende. Manji aproveita a falha na armadura do homem deixada pelo golpe da Makie e vira o jogo. Chega a dar dó do coitado, e no mangá é bem, bem pior. O resultado é uma vitória bizarra e um braço emprestado que manuseia uma arma emprestada.

É isso pessoas, um episódio muito bonito em alguns momentos e desastroso tanto ao adaptar como em sustentar com qualidade o clímax do anime. As lutas são fracas, corridas, pouco efetivas e sem graça; o melhor momento do episódio foi o Magatsu cavalgando com a Ryou, a filha do Habaki, e um quadro ou outro de estilização em nanquim, que ficou muito foda.

 

  1. Antes de ver o seu vídeo a respeito do episódio em questão, eu já tinha percebido que o episódio já tinha sido uma cagada. Depois de ouvir o que disse no vídeo e agora depois de ler o seu artigo, só consigo pensar que o diretor do anime cagou e andou, em especial com a Makie, a melhor personagem da obra. Já no artigo passado já demonstrei o meu desagrado com o que fizeram com a Maki, no episódio 23 foi demais, não custava nada animar a luta da Makie, podia ter sido em frames estatísticos. Sobre a luta do Manji, a Rin podia ser actriz, a atuação dela para enganar o holandês gigante foi muito boa. Dessa luta o que mais gostei foi quando o Manji encontrou a fenda na armadura do holandês que a Maki fez. Sobre a luta entre o Aonotsu e o Habaki mesmo mal feita, serviu para mostrar quão monstros os dois são. E um pequeno detalhe, nunca na vida uma katana aguentaria um golpe de machado de guerra, mas é anime, dá para olhar de lado tal coisa. Por fim, concordo com você, a melhor cena do anime foi do Magatsu e da filha do Habaki. Antes de terminar, fiquei furioso com o final do episódio, como puderam fizer aquilo com a Maki, a maior guerreira do anime (pelos arcabuzes já sei qual é o filho da mãe que ordenou os disparos.) Já me mentalizei que a Makie já era, nem o guerreiro mais forte e robusto aguentaria tantos tiros, quanto mais uma flor efêmera. Como sempre, mais um excelente artigo Youkai Makai.

    • Boa noite Kondou-san, desculpa a demora pra responder! ^^
      Poxa, é com uma tristeza enorme que acompanhei esse epi, adoro a Maki, e tb até que gosto do Mitake, e claro do Gyiti. O que escolheram fazer foi dar protagonismo ao protagonista, um equivoco infeliz.
      Se pelo menos o epi fosse em si bom, até dava pra dar uma colher de chá, mas não foi, foi sofrido, com poucos momentos bons e um ritmo deslocado e bagunçado…
      O preço para por uma adaptação impossível é que não dá pra adaptar o que se propõe a adaptar, e nisso temos um anime que não é anime, quem em certos momentos é só um amontoado de cenas…
      A melhor parte da luta do Manji é mesmo quando ele acerta a fenda na armadura, e assim como o machado e a espada, amputar o braço daquele cara não faz o menor sentido, entre outras coisas, mas né, animes e mangás são assim até certo ponto, então até relevo.
      O Magatsu e a Ryou, coitado dos dois, só sofrem…
      Sobre o final do epi, aquele era o único jeito de dar fim nessa personagem, ninguém conseguiria ganhar dela, e esse artificio leva a um final, cadeia de acontecimentos, que comentarei no episódio final.
      E muito obrigado por sempre acompanhar os artigos e os vídeos Kondou-san!!!! Tem sido uma jornada e tanto né!!!

  2. A jornada tem sido melhor que o anime. Se tivesse tido mais tempo teria comentado em todos os artigos e vídeos, mas infelizmente não deu (ainda assim consegui comentar alguns, tanto aqui no blogue como no seu canal de Youtube).

    O final da jornada está perto, mas ficará na memória os bons bocados que passei a ver os seus vídeos de análise e claro os seus artigos. Tenho que frisar que nos seus vídeos desde do começo sempre deu para ver que gostava da obra e até mesmo achando o anime mediano para baixo, nunca optou por menosprezar o mesmo, você foge daquele tipo youtuber chato que atira pedras a tudo o que é menos bem feito (o típico youtuber que diz ser fã de anime, mas no entanto nunca nada é bom, você já deve ter visto gente assim).

    Sobre o anime, não sei se estou preparado para o final, o final do episódio 23 já me deixou com um gosto amargo na boca, no próximo é para sofrer.
    O braço do holandês gigante parecia um vitelo, não dava para decepar aquilo com uma katana, mas ok ficou bom para o grafismo e gore.

    Não queria dizer isto, mas espero que alguém do Itto-Ryuu ou os amigos piratas do Aonotsu matem aquele cocó do Hanabusa, eu sei que fosse ele que atacou a Maki à traição.

    Por fim, ainda esta semana espere um comentário meu no seu artigo de Cencoroll, o filme (se é que se pode chamar assim) é muito bom.

    • ^^ Muito grato mesmo por todo o apoio Kondou-san, e eu sei bem como é estar preso as responsabilidades, às quais agora sentimos falta em tal situação desesperadora!
      É bem como disse, guardo um carinho em relação ao mangá, e isso influência um pouco a minha opinião em relação ao anime, mas por saber disso, sempre tento ser ainda mais critico pra compensar!
      De fato é um anime fraco, mesmo que eu consiga justificar isso ao entender esse projeto como inviável, e mesmo que elogie o trabalho quando este mereça, no conjunto da obra, os 24 episódios, oferecem um resultado insatisfatório.
      Mas tb, como bem elencou, minha postura, seja para com esse anime, seja para qualquer outro anime, é sempre de respeito. Eu tenho regras éticas pessoais e das quais não largo mão ao elencar e analisar animes, e outras coisas tb. Não é sempre que consigo aplicá-las corretamente, e tem vezes que acabo sim fazendo um pouco do que esses outros críticos fazem, mas evito ao máximo, pois acho uma postura crítica inadequada e pouco produtiva, e acima de tudo, passional, que não consegue de fato ser crítica.
      Isso que disse é bem comum, e sim, vejo cotidianamente não apenas youtubers, mas otakus em geral, menosprezarem as obras, argumentando de modo pouco funcional, e nem os culpo, não existe regra ou faculdade que forme as pessoas em críticos, minha opção de crítica não é universal e nem a mais adequada, é apenas a qual escolhi, por achar mais pertinente e por discordar do modo como os outros efetivam as suas críticas ^^
      Devido a isso, mesmo que o anime tenha coisas das quais poderia me exaltar, me contenho e tento entender, ou mesmo perceber se não é uma coisa minha, e não do anime, o que é uma falha muito comum, criticar pelo ideal, e não pelo real.

      O último episódio pode se revelar bem interessante, por mais que esse penúltimo tenha sido frustrante, e mesmo que não recupere o que não pode ser recuperado, pode fechar essa jornada de modo adequado. Torço pra que isso aconteça.
      O braço do Holandês até poderia ser decepado, mas do jeito que foi, sem chance, ia emperrar no osso. Aquilo foi liberdade poética mesmo.
      Não vou dar spoiler do fim do anime, mas vc já sacou que é o Hanabusa o infeliz que matou a Maki! O que resta é ver o que acontece com ele agora!
      E pode deixar, fico no aguardo de seu comentário! Cencoroll é bem legal, e fiquei bastante animado com esse segundo OVA, ou filme, tb não sei ao certo! To ansioso pelo terceiro OVA ^^

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