O anime conseguiu me surpreender duplamente, primeiro pelo retorno ao mundo humano, e em seguida pelo não retorno ao mundo humano. Tudo bem, estava muito estranho e suspeito. Aliás, não somente para nós como principalmente para os digiescolhidos. Que de cara tiveram uma coleção de motivos para suspeitar. Tanto que a falta de desconfiança deles foi uma das coisas que mais me incomodaram no episódio.

A naturalidade com que as pessoas e os digiescolhidos aceitaram a situação me incomodaram de imediato. Nada mais comum do que encontrar no meio da rua uma planta falante, um inseto gigante e um dinossauro alaranjado. Eu mesmo todo dia esbarro com algumas dessas figuras. Nada além do normal.

Logo se esclareceu sobre as pessoas, mas quanto aos digiescolhidos não mesmo. A Mimi até iria levar a Palmon para conhecer a família. Pelo menos depois as crianças começaram finalmente a se incomodar. E toda essa falta de lógica pode nos deixar curiosos e contrariados, sentindo assim um pouco do incômodo que ficava cada vez mais claro nas faces dos personagens. Tirando a Mimi, mas ela é a rainha desse anime. Ela faz o que quiser.

E mesmo ela logo percebeu que havia algo de muito errado com aquela cidade. O episódio tentou criar uma atmosfera de suspense, algo um pouco contrastante com o anime colorido e alegre que estamos acostumados. Acredito que essa impressão é mais devido ao reboot mesmo, pois essa atmosfera é uma da coisas que tanto me marcaram no anime antigo. Não que esse anime precise, mas é legal ver ele também fazendo uso de elementos mais tensos e sérios.

No decorrer do anime nós tivemos duas lutas para se destacar. A primeira foi com os digimons ainda pequenos, algo bem mais simples. E depois o anime subiu de tom, com todos super digievoluidos até a chegada das crianças restantes. Foi uma batalha com elementos interessantes, como o uso da criação por parte de seu oponente. Ainda que tenha os seus problemas, é claro.

O principal problemas ao meu ver é o próprio inimigo. Não que ele seja ruim, mas vamos confessar que este tipo de inimigo são muito sem graças. Criaturas gigantes amorfas, com muito tamanho mas pouco carisma. Este foi o Eyesmon, que eu gosto de chamar de “Selim”.

Então, Selim nem deveria ser tão forte assim. Ele é um digimon adulto, mas foi capaz de enfrentar diversos digimons perfeitos. Isso é um problema ou é algo interessante? Acho que um pouco dos dois, pois contraria a lógica e nível de poderes do anime. Ainda assim, suas habilidades justificam a dificuldade em derrotá-lo.

Mas ele pode até ser forte em poder, mas é fraco como vilão. Se lembrar do anime antigo, ainda que o Devimon não seja alguém muito bem trabalhado ou original ele ainda tem bastante tempo de tela e suas ações e intenções nos são bastante claras. Além de sua própria personalidade e maldade serem evidentes. Ele não é apenas um amalgamo de criaturas sem graça.

E no final do anime ele ainda parece ter evoluído ainda mais. Ou algum novo digimon surgiu, que seja. Fato é que o próximo episódio vai subir ainda mais o nível do desafio. Coisa que me deixa bem curioso para saber o que virá depois dessa batalha. Será que eles irão vencer?

Se sim, como? Sei que eles podem apenas se unir e deixar o poder de amizade triunfar, mas eles meio que já fizeram isso nesse episódio. Então é bem possível que o anime tire alguma coisa nova da cartola. Mas veremos.

E por último, gostaria de falar sobre a chegada do Yamato e seu grupo. Não irei dizer que esta foi uma escolha boa e nem que foi ruim. Não vejo problema na história ter sido apressado. E teve o elemento surpresa, isso conta. Mas eu gostaria de saber mais sobre como eles chegaram lá. Talvez até alguma informação importante para a história possa vir dessa resposta.

Mas de um modo geral, esse foi um episódio bacana. Gostei, ainda que com os problemas já ditos. Mas enfim, eu fico por aqui. Até mais.

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