Tropical-Rouge! Precure é o mais novo anime da franquia Precure (Pretty Cure) e dessa vez o foco é no clima tropical e na maquiagem.

Na história acompanhamos Manatsu, uma garota que parte da ilha em que vive com o pai para morar no continente com a mãe, que é bióloga em um aquário. Pouco depois de chegar Manatsu encontra Laura, uma sereia que está atrás das guerreiras lendárias Precure para salvar o país das sereias da Bruxa da Protelação, que roubou o “poder de motivação” das pessoas.

Se está aqui imagino que já tenha assistido essa estreia e se a assistiu viu o quão simpática e radiante é a Manatsu, uma protagonista, e dessa vez sem cabelo rosa, que parece gostar da natureza. é bem atlética e irreverente.

É só impressão minha ou ela é filha de pais separados? Sendo isso ou não, não faz muita diferença, o relevante é pontuar o quão independente ela é, tem só 13 anos e viaja sozinha.

Isso com certeza deve me surpreender pela diferença na segurança pública do Japão em comparação com o Brasil, mas mesmo que o Japão seja um país seguro, ainda assim, achei um pouco demais ela viajar só, até por ser um anime infantil.

Enfim, o importante é que a Manatsu é parecida com a Hana de Hugtto! Precure, tem um bordão, o “tropicalizando”, e este põe em palavras o tema da temporada. O subtema é a maquiagem e isso fica bem claro pelo batom que a Manatsu carrega consigo.

É como em todo Precure, existe uma ideia forte na qual as precures (seus títulos, trajes e poderes) se baseiam e uma ideia auxiliar que serve como suporte para a principal. Se pensarmos que o Japão não é um país reconhecido por sua “tropicalidade”, faz sentido adicionar make aí?

Acho que faz, afinal, é normal que garotas de 13 anos comecem a se maquiar e que isso as agrade esteticamente, mas também fortalece a confiança, algo importante em uma época cheia de revezes, ainda mais quando se vira uma guerreira lendária.

Quanto a Manatsu, gostei demais das caras e bocas dela, de sua expressividade exemplarmente transmitida pela animação de muita qualidade que marcou toda a estreia. Aliás, eu nunca vi um Precure mal animado e confesso que achei esse esteticamente bem fluído e agradável aos olhos.

Os designs das heroínas são diferentes dos da temporada anterior e penso que eles combinam mais com o conceito do que, por exemplo, ocorreria se fossem como os de Healin’ Good! Precure.

Voltando a sapeca da Manatsu pela terceira vez, ainda não deu para entender muito bem qual é a dela, do que gosta, como é, quais são suas peculiaridades, mas o básico foi mostrado. Ela é corajosa, tem um espírito um tanto “livre” e é muito simpática. Serio, gostei dela na hora.

E gostei ainda mais pela forma irreverente como a direção lidou com o encontro “predestinado” dela com a Laura. Aliás, a Laura é outra personagem muito legal que tem personalidade (as caras e bocas deixaram isso bem claro) e ambição, mas responsabilidade.

A garota acabou provendo uma interação bem divertida nos poucos momentos que compartilhou com a Manatsu antes e depois da aparição do lacaio da vilã. Aliás, sei que não devo pedir demais dos vilões em um piloto de Precure, mas sério, achei tudo bem preguiçoso (não foi trocadilho, mas pareceu, né, desculpa).

Inclusive, estou viajando um pouco na batatinha ou a vilã foi criada para passar a ideia de que ser hikikomori é ruim? Ela é o cúmulo da preguiça, parece uma reclusa e rouba a motivação de gente socialmente ativa. Não tem uma mensagem subliminar muito forte aí, hein?

De toda forma, não é como se isso fosse algo necessariamente ruim, depender da forma que for trabalhado ao longo dos episódios. O que rolou nessa estreia foi apenas para dizer que existe um grupo de vilões com um conceito definido. O padrão em um anime infantil, convenhamos.

Quanto a transformação da Manatsu e a luta, olha, não tenho do que falar mal. Pelo contrário, achei um show visual muito bem detalhado e agradável aos olhos, com destaque para a proatividade da garota durante o combate e a ótima ideia que foi deixar o resto para a Laura.

Se ela apareceu e vai trabalhar junto das precures, que ela cuide de “purificar” os monstros então, não vejo problema nisso, até porque a Laura está bem decidida em usar essa oportunidade para se dar bem. Precure às vezes precisa de personagens que não são só abnegadas, né?

Sobre a abertura, acho que a Machiko (que dubla e canta em Uma Musume: Pretty Derby) mandou bem e gostei da parte visual como um todo, só pontuo que as personagens ficaram muito “esticadas” em algumas cenas, disso não gostei tanto não.

Quanto ao encerramento, essa ideia de usá-lo para deixar as garotas dançarem sempre me agradou bastante. Gostei muito da música e diria que tirando uma ou outra coisinha pequena não tenho do que reclamar dessa estreia, não que tenha sido todo esse suprassumo também.

Foi uma estreia mais ou menos padrão para a franquia, destaco positivamente a qualidade da animação e a personalidade das personagens apresentadas, enquanto negativamente o destaque vai para a simplicidade da situação problema apresentada para tornar Manatsu uma precure.

Mesmo que não seja nada de tão melhor, gosto mais quando a situação parece menos abrupta. Do nada apareceram uns caras naquela parte da praia e o lacaio da bruxa, que também surgiu do nada, os atacou; ficou muito na cara que foi só para fazer logo o checkpoint.

Além disso, confesso que temo um pouco por como esse conceito será usado, ainda mais em contraste com a “protelação” que defende a bruxa. Pensa comigo, não é como se ser “tropical” não signifique ser “preguiçoso”. inclusive, em um clima tropical gostoso quem não sente preguiça?

Sei que os conceitos não vão se digladiar de forma tão simplista assim, a questão é que quero entender em que calo essa temporada da franquia vai pisar. Aliás, se vai pisar em algum, e temo justamente que uma possível efemeridade na forma de trabalhar o conceito trabalhe contra a obra.

Okay, eu sei que elas querem evitar que os vilões tornem o mundo uma terra de preguiçosos, mas vai ser só isso mesmo? Dançar hula será o suficiente para fazer o pessoal tirar a bunda da cadeira e se motivar a fazer as coisas? Não sei. De toda forma, mal posso esperar para ver.

Tropical-Roube! Precure é um anime verdadeiramente promissor dessa franquia que amo tanto e sei que nunca vai entregar uma temporada igual a outra. Sendo assim, sugiro que você acompanhe e veja onde Manatsu e suas amigas vão parar maquiadas debaixo de um sol tropical arrasador.

Até a próxima!

Extras

  1. Precure revoluciona mais uma vez, enquanto que em anime shounen convencional tem um ou dois episódios na praia com garotas com roupa de banho, em Tropical Rouge, tecnicamente, todo episódio é episódio na praia!!! EXCELENTE!! VITÓRIA MANOLOS!!!! \o/
    *tosse*
    Gostei da resenha, espero que tu continue fazendo até o fim!

    • Bom ponto, não tinha pensado nisso kkk… Infelizmente, é meio complicado comentar anime episódico (às vezes fica repetitivo e desgasta um pouco) e já estou escrevendo no meu limite essa temporada, mas esse Precure vou fazer de tudo para ver direitinho e no final escrever uma resenha. Sou muito fã da franquia, então sempre que puder escrever artigos dela o farei com o maior prazer.

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