Mars Red é um dos novos animes da temporada de abril de 2021. Sobre o que fala? Vampiros, basicamente. Sim, eu sei, você conhece bem e talvez esteja meio enjoado de histórias com vampiros, certo? De cabeça eu consigo lembrar de alguns animes com a mesma temática e até mesmo na temporada passada tivemos um exemplo (Vlad Love). Mas porque não deixar isso para lá e dar uma chance para Mars Red? Bom, eu fiz isso e vou te contar as primeiras impressões que tive.

Antes de mais nada, gosto de expor um pouco mais sobre a produção da obra e claro, sem esquecer dela em si. Primeiro temos o estúdio, Signal MD, que produziu o ótimo Net-Juu no Susume, será o responsável por Platinum End (sim, dos mesmos autores de Death Note) e também está fazendo Dragon, Ie wo Kau, outro anime dessa temporada. Outro detalhe relevante é que a obra contará com 13 episódios e está disponível de forma oficial pela Funimation. Mas ok, chega de curiosidades, vamos tratar da sinopse.

De maneira mega resumida, a sinopse “diz” que Mars Red segue a história de um militar que lidera uma unidade que enfrenta vampiros. A história se passa num Japão alternativo em 1923 e nessa época, tem tido um aumento nas atividades vampirescas, o que tem resultado em um aumento de crimes e claro, mais vampiros surgindo. Um adendo importante é a preocupação sobre um sangue artificial chamado ascra.

Logo de cara eu confesso que não havia me empolgado tanto com a obra. Não sei porque mas me lembra bastante do decepcionante Fairy Gone, ao mesmo tempo que só de ler a sinopse eu já conseguia ter uma possível noção de alguns detalhes da obra. Um deles é que o militar líder dessa unidade, Maeda Yoshinobu, era um vampiro ou algo do gênero. Provavelmente não estou certo, mas isso não muda o fato de que a obra não parece se vender tão bem inicialmente.

Porém ao iniciar o episódio eu confesso que fui recebido por uma história que se tivesse que resumir em duas palavras, “diria” que é bonita e trágica. Sim, eu sei que é meio estranho classificar dessa forma mas o início foi não foi muito além disso. Para começar, a abertura é no mesmo molde de Akatsuki no Yona e Mushoku Tensei, ou seja, não temos uma música cantada e sendo ainda mais próximo de Mushoku, ela apresenta cenas “comuns” do episódio, te fazendo demorar para entender que a abertura começou.

Visualmente falando a obra é bem polida e conta com vários aspectos técnicos que embelezam as cenas. Algumas dessas cenas focam em paisagens/cenários realmente bonitos e há uma quantidade razoável de momentos desse tipo. Além disso, o design dos personagens é bacana e combina bem com a proposta. Por fim, temos a ambientação que fez um bom trabalho em deixar claro a época em que se passa a história e ainda assim incluir elementos que te fazem questionar isso.

Eu mesmo vi o episódio sem lembrar que a história se passava em 1923 e conseguia entender que era mais ou menos nessa época que estavam situados os acontecimentos. Inclusive me lembrou bastante de Joker Game em alguns dos elementos mostrados pela obra, seja pela temática militar ou pela ambientação que envolve um Japão entre guerras rodeado de disputas internas dentro de suas forças armadas, além do constante choque de culturas, principalmente causado pela invasão da cultura ocidental e o enfraquecimento do regime atual.

Enfim, além desses elementos a história acabou atraindo a minha atenção ao ponto de que eu não prestei atenção na fluidez das cenas e afins. Isso é realmente importante? Pra mim nem tanto, mas acho válido mencionar esse tipo de coisa. E já que mencionei a história, nada mais justo que “falar” um pouco dela também, certo?

O primeiro episódio fez a sua parte e simplesmente foi uma apresentação. Não dá para “dizer” que ele nos deu uma amostra do que a obra pode ser, pois ainda tenho a impressão de que tem muito mais por vir. Ainda assim, foi um episódio mais dramático que além disso nos mostrou que a obra vai fazer diferente de muitas outras obras ao contar tudo desde o início (em relação aos personagens centrais da obra). Por isso, você verá o nascimento de uma nova unidade militar contrastando com uma história dramática e trágica.

É justamente essa história trágica que tornou as coisas um tanto quanto confusas, mas só num primeiro momento. Depois de finalizar o episódio eu refleti um pouco para ter certeza do que estava suspeitando e mesmo assim, ainda restam dúvidas (nada muito relevante). Acabou ficando subentendido os detalhes não revelados e o fechamento dessa “mini história” foi belo apesar de tudo. Não vou entrar em grandes detalhes pois assumo que você, caro(a) leitor(a) ainda não assistiu o episódio.

Então, no final das contas Mars Red nos apresentou um início que por um lado parece promissor e por outro, duvidoso. Sinto que o primeiro episódio veio numa pegada diferente perante o restante, mas de qualquer forma vou dar meu “voto de confiança” e acompanhar essa obra até o final. Considerando tudo, vale a pena dar uma chance para essa produção, ainda que talvez você esteja um pouco cansado de histórias com vampiros.

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