Felizmente nenhum paquiderme ficou gravemente ferido, infelizmente, vai saber como os abandonados e cercados soldados da tropa avançada vão sair daquela situação. A inconclusiva batalha ruma para um desfecho?

 

 

Não, mas é interessante vislumbrar em primeira mão, uma muralha defensiva completamente acuada frente ao massivo poder das tropas inimigas, as quais têm pelo menos três vezes mais soldados do que os defensores.

Em termos gerais, essa seria uma batalha perdida, em termos práticos, existem táticas arrojadas que podem transformar o fluxo da batalha. A geografia não ajuda, mas o exército inimigo sim. Levado pelo excesso de cautela e minimização de perdas, o cerco não infere a potência necessária para deixar de joelhos os combatentes do reino de Chin.

 

 

Pelotões se chocam com o intuito de penetrar as defesas, mas tolamente abrem espaço para uma manobra fatal. O general de Chin, que de bobo não tem nada, e sabendo da iminente derrota, oferece o bastão a nova geração, promovendo os impetuosos comandantes de 10 mil homens a função de salvaguarda.

Uma boa cavalaria, quando tem uma pista para correr, consegue mudar o fluxo do combate, ainda mais quando as costas das tropas inimigas dão de bandeja a liberdade para essa ação ousada. Com velocidade e perícia, flanqueiam e desorientam os pelotões que pressionam as muralhas de infantaria. O resultado é devastador, a primeira onda da ofensiva é destroçada e repelida em absoluto.

Como será o movimento seguinte do inimigo, que consciente dessa vulnerabilidade, muito bem sabe que sua prioridade é neutralizar a mobilidade de uma cavalaria impetuosa e hábil que arrasta a infantaria inimiga em direção à morte.

 

 

Sem esquecer que essa cavalaria sincroniza em ambas as alas defensivas sem precisar sequer trocar uma única palavra. O futuro é promissor para aqueles que enxergam com precisão as vantagens e desvantagens no campo de batalha.

E abaixo da muralha, onde perfilam toneladas de invasores, a tática da paciência cobra seus juros. Balestras gigantes, uma inocência que crava na pedra uma esperança, é um sacrifício tremendo, mas escalar e perseverar é o destino do soldado.

O apoio é o veneno, que depois de tantos dias, chegou ao seu objetivo. Enfraquecido e à beira do colapso, um veterano general de Chin, protetor da muralha, tomba, tropeça e enfraquece. A nova geração, bandoleira e selvagem, acode sem pedir permissão.

 

 

A vantagem é claramente da defesa, entretanto, um pequeno vacilo, uma brecha que seja, e a integridade do maior e mais precioso recurso pode estar ameaçado. A resposta é varrer a cobertura, nem que seja na base da cavalaria.

Uma tática repetida pode não surtir o mesmo efeito duas vezes, mas um blefe sempre consegue algum êxito se bem executado. Os selvagens montados, sejam eles corajosos ou insanos, avançam pela torre de cerco em direção ao campo inimigo.

Foi surpreendente, principalmente esse último e ousado movimento, que não sabemos se realmente traz algum benefício, mas é certo que espanta. Em uma batalha onde os nervos fingem estabilidade, qual será a reação e a consequência desse ímpeto?

 

 

Um bom episódio, um gradual e satisfatório progresso que avança pelo campo de batalha. Kingdom não decepciona, embora não possua a mais brilhante animação ou ordenação dramática dos eventos, segue bem, segue firme.

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