O medo toma o coração da corte. Uma muralha atravessada, a inquietação que nubla as ansiedades dos encastelados. Bem, ainda são e salvos, sem dúvida se encontram em maior segurança de quem com espada e coragem peregrina pelas veias da batalha.

 

 

Observando bem a situação, apesar do comprometimento parcial das linhas de defesa, ou mesmo do avanço inimigo para a parte interna da cidadela, ainda assim representam ameaça menor, mesmo que iminente e preocupante.

O detalhe maior nessa escaramuça, é o portão, diminuto e fortemente bloqueado, que garante a movimentação entre um lado e outro da barreira. No entanto, quem não se abala frente a terrível verdade, a muralha não é impenetrável.

Por outro lado, e realmente ao lado, temos o general mascarado, um homem descrito como oportunista e de pouca fibra. Seu exército guarda a montanha que dá acesso ao flanco da cidadela, um ponto de pressão de extrema importância para a sobrevivência do reino de Chin.

 

 

A sacada desse episódio foi, em grande parte, usarem a personalidade do general mascarado como estopim para prever os seus movimentos. E quando ele se viu acuado pela expertise dos oponentes, guerreiros da montanha habilmente capacitados em neutralizar aqueles que lutam sobre as condições de sua especialidade, vemos um lance de dois fatores e dois erros.

O primeiro fator é a real impossibilidade de se sustentar a defesa, o general mascarado não tem qualquer chance contra o oponente apito e superior, a derrota é questão de tempo. O segundo fator é que ele já sabia disso.

O primeiro erro foi cometido pelo general oponente, o senhor da lua em face, que confiou na desconfiança, pois sabia que o general mascarado, frente ao destino inevitável, fraquejaria. No entanto, confiou em um erro sem verificar se o erro era ou não verdadeiro.

 

 

E não, o erro era uma armadilha, o general mascarado, conhecendo a derrota, descobriu e desvendou a vitória, ao menos uma vitória parcial. E o segundo erro é a arrogância e excesso de confiança do general da lua em face.

Avançou confiante, pois forçou a fuga do general mascarado, que facilmente cedeu o terreno que não poderia defender. A surpresa se arremessa com as flechas da oportunidade. O lua em face se precipita, envia sua elite montanhesa para a jugular sem sequer piscar, e o que pisca é o massacre que se segue.

Emboscado, vemos o custo incalculável de sua tolice, sua tropa de especialistas adquire a forma de almofada de alfinetes, e a fuga é a única esperança que lhe é permitido frente a emboscada hábil do mascarado. Ainda não sabemos até onde essa situação se estenderá, mas sabemos que o trauma aderiu com força nos combatentes da coalizão que foram secos demais em direção ao pote.

 

 

Do outro lado do campo de combate, temos o general bigodinho em uma situação precária e à beira da tragédia. Cercados, resistindo como podem, mas incapazes de respirar, os exércitos enfileirados seguram as pontas e bordas ao custo de suas vidas.

O destaque nesse campo de batalha é a resiliência. A general feminina da coalizão arma o bote e marcha para a vitória. Acuado e cercado, a elite de comando do general bigodinho se vê sem saída, e quem oferece suporte nesse momento de suor frio, são os bravos combatentes que foram abandonados à própria sorte e retornam para ajudar.

Qual será o desfecho desse massacre, como escaparam dessa investida? Não sabemos, que venha o próximo episódio para jogar luz sobre o sangue derramado.

 

Comentários