É amigos, foi bom enquanto durou. Enfim a saga da santa chega a sua conclusão, deixando a situação de mais um lugar em plena ordem, ao passo em que tentou encontrar um ponto de equilíbrio na situação da Sei com o Albert, elemento que precisava de um maior foco e que foi o grande chamariz dessa despedida.

Primeiramente vamos fazer aqui uma rápida ponderação sobre o episódio. Embora tenhamos achado que esse final tenha sido bem discreto para um encerramento de temporada, de uma forma geral o anime sempre foi muito linear e controlado em sua narrativa, não se desviando disso mesmo em seus momentos mais tensos – o que deu certo aqui porque a história é simples, porém boa.

Dito isso, ele finaliza essa história de um jeito legal, com decência e entregando um festival de “breguices românticas” que poderiam ter alcançado o seu ápice, se os responsáveis pelo projeto tivessem um pouco mais de ousadia para engatar de vez o negócio – o que nos traria uma satisfação ainda maior.

Entrando no que interessa, a situação do grupo da protagonista estava bem crítica, pois mesmo sua aparência não denunciando, os slimes venenosos conseguiram se provar mais perigosos do que o esperado.

Algo que ficou bem interessante na construção deles, é que embora sejam criaturas que atacam pelo instinto, a forma como se coordenavam naturalmente e sua capacidade transformativa, impuseram a ameaça necessária para levar os personagens ao limite – e nem falamos apenas da Sei.

Para o Yuri foi um desafio a si mesmo, porque durante toda a batalha era notório o quanto ele se segurava em consideração a sua aluna e cobaia. A Sei queria preservar aquela floresta tão preciosa para o Domínio Klausner e o mago se esforçou para conter os estragos causados pela sua força – e de nada adiantou.

Ela por sua vez conseguiu extrair de toda essa viagem, a expertise necessária para entender a escala de seu poder, como o liberar com mais facilidade, os novos usos que podia dar a ele, ou o quanto podia aumentar a potência de cada magia que já realiza – como a cura em pessoas e no “verde” em geral.

Depois de abatidos os monstros e purificado todo o miasma, o que nos restou foi acompanhar o desenvolvimento amoroso do Albert com a santa. Achamos que tudo ficou um tanto morno, mas ainda dentro do esperado, com o capitão se declarando da sua forma e ela dando alguns leves sinais de retorno.

Quando falamos do festival de “breguice”, nos referíamos a esses vários momentos em que o anime se utilizou dos sentimentos da dupla. Um exemplo bem forte por exemplo é quando ele jura a espada a moça, aquilo praticamente funciona como um compromisso sério.

Se a Sei captou a mensagem nas entrelinhas, ninguém sabe, mas assim como essa os seus outros gestos serviram para que ela ter certeza de que indiferente a sua pessoa, ele definitivamente não é.

Outro momento curioso é a regeneração da floresta, porque ali a Sei conta com a ajuda do Albert para fazê-lo. Obviamente que a intenção era romântica provando a força do sentimento mútuo, mas teria sido ele uma espécie de catalisador para ampliar ainda mais os poderes dela – usando sua própria magia? Fica a pergunta extra.

Não sendo suficiente os dois ainda saem caminhando juntinhos, para o constrangimento da Aira, que acabou sendo um alívio cômico involuntário naquele instante e a satisfação do Yuri – já pegando um feeling do que podia estar acontecendo com a Sei e a fonte de sua magia.

A direção foi bem maldosa em nos instigar com essas cenas, nos deixando curioso pelo que poderia sair dali, mas enfim, é o mal do “final aberto, vá ler o original” dando as caras. Inclusive na cena em que o casal conversa, o sussuro da Sei nos deixa na expectativa do que ela teria dito.

Eu e Flávio achamos que a moça pode ter contado que sua força vem do amor, mas jogando ao vento e deixando para que o imaginário dele descobrisse o que isso quer dizer. Em outra hipótese ela deve ter usado o clichê do “segredo”, porque se ela tivesse sido direta, certamente a conversa teria tido outros rumos e quem sabe até com beijo de brinde.

De toda forma ao menos um tem consciência do que o outro sente e principalmente, tem certeza do que eles sentem. Não era o que queríamos, mas ao menos já pavimentaram o caminho do sucesso para o futuro do par.

No geral a jornada pelo Domínio Klausner foi rápida, no entanto trouxe várias coisas boas, como já citamos algumas. Gostaríamos de ter visto um pouco mais da Aira nesse final, mesmo que ela felizmente não tenha sido esquecida. O epílogo chegou a dar uma pincelada boa na relação entre ela e a Liz – que infelizmente teve pouco tempo para ser mostrada -, e pensamos como seria bom ter acompanhando essa amizade cativante entre elas.

Bom, nos despedimos dessa serena história, contentes com o que ela nos ofereceu. O anime foi constante e seguro, desde a singeleza de seu enredo, até a simpatia dos seus personagens, especialmente a protagonista que cresceu e descobriu mais de si mesma, no caminho de ser uma santa salvadora que conquistou a quem lhe acompanhou.

Agradecemos a quem leu e até a próxima!

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