Bom dia!

Finalmente! Já passava muito da hora do anime começar a contar porque afinal de contas aquele monte de nazistas estão por aí matando pessoas e perturbando a vida do Ren. Não é só porque eles são nazistas! Sim, todos os nazistas matam e perturbam pessoas (embora nem todos que matam e perturbam pessoas sejam nazistas), mas se Dies irae ficasse apenas nisso seria uma história bem ruim.

Agora eu acho que é só um anime com execução ruim e uma história medíocre e descaradamente copiada de outra visual novel com sua própria franquia de animes muito mais famosa que eu não vou dizer qual é mas que começa com Fate e termina com barra-qualquer coisa.

Quero dizer, nossa! Magia ocidental, temas religiosos (tem até um padre, para quem não conseguir captar as “pistas”) e um bando de pessoas inescrupulosas lutando para no final realizar seus desejos. Quem acha que um bom enredo vem em primeiro lugar sempre deve ficar longe de Dies irae e ir direto para Fate/Stay Night, o de 2006. Não é “nossa que bom”, mas pelo menos é o original. Ops, eu disse que não ia contar, mas me escapuliu. Fate/Zero é legal também, se você superar o primeiro episódio ciranda cirandinha vamos todos cirandar e um dos flashbacks mais chatos da história do anime já quase na reta final do segundo cour. As lutas são muito boas e os personagens também, isso compensa quase tudo.

O senhor aranha que morreu nesse episódio

O que Dies irae tem para compensar todos os seus problemas, e para diferenciá-lo de seu concorrente muito mais famoso? Bom, ele não tem servos, e ao invés de magos eles são… não sei o que eles são, mas basicamente só conseguem controlar uma arma mágica que podem manifestar de formas diferentes quanto mais a dominam. A mecânica ligeiramente diferente não é um problema, mas Dies irae não tem os servos, que na franquia Fate muito espertamente são personagens históricos famosos, facilitando um bocado na construção dos personagens, e ao invés tem um monte de zé ninguém – isso sim é um problema. Como não dá tempo de desenvolver todo mundo, sinta-se feliz se no final você conseguir entender, simpatizar ou torcer por um ou dois personagens. Fora isso, ele é muito mais violento, com cenas gráficas muito mais fortes, o que sinceramente soa apenas apelativo.

Mais especificamente, em Dies irae eles precisam matar muitas pessoas com suas armas mágicas para ficar mais fortes, e no momento parece implícito que matar alguém serve a dois propósitos: fortalece o assassino e serve como sacrifício para potencialmente chegar ao “fim do jogo” e aí, então, uma ou várias pessoas poder ter seus desejos realizados. O truque é que matar alguém que possui uma dessas armas conta mais pontos – ficou mais ou menos entendido que é como absorver todo o poder daquela pessoa, adquirido com os assassinatos que ela cometeu. E funciona como cheat também porque parece que conta para a, não sei como descrever, “entropia” que apressa o fim do jogo. E chamo de cheat porque se entendi direito aqueles assassinatos tecnicamente já contaram para isso uma vez, não foi? Bom, não importa.

“Às vezes, a guerra envolve fortalecer o inimigo.”

Padre Trifa

Sakurai fortalecendo seu inimigo

Não, não envolve! E nem vou argumentar sobre isso porque não é de guerra que ele está falando em primeiro lugar. Se você entendeu a mecânica do jogo macabro de Dies irae como eu entendi, não estão fortalecendo o Ren para ter uma guerra com ele, mas para sacrificá-lo. Se o ritual de sacrifício por acaso parece uma guerra é por pura conveniência. Mais conveniente ainda é que tenham esperado tanto tempo para adotar uma tática tão óbvia e direta – mas suponho que nesse caso a culpa seja do mago misterioso, certo? Ele disse que iria preparar um inimigo, afinal, e ele é louco e misterioso.

Enfim, o importante desse episódio, além da revelação sobre a natureza do jogo e o objetivo dos vilões do anime, é que o Ren começou a entender seu poder e se tornar mais forte. Ele até conseguiu manifestar várias lâminas e virar um processador de alimentos, procedendo à trituração do nazista-aranha que ameaçou sua amiga de infância. Não se mexe com a amiga de infância de um protagonista e se sai impune.

Praticamente o Nutri Ninja Revolution

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