Bom dia!

Um episódio bem qualquer coisa, né? Aconteceu muita coisa sem acontecer nada, quebrando o ritmo dos episódios anteriores. Para um final de arco e de governo isso é um pouco frustrante.

Mas deu muito o que pensar. Eu mesmo já escrevi nesse blog o quanto acho pouco útil pensar demais sobre Ataque dos Titãs, mas diante de um episódio pouco movimentado e que é exatamente o que parece ser, especular torna-se um exercício irresistível.

Não estou correndo contra o tempo em uma situação de vida ou morte para salvar meu amigo de infância, como o Armin está, mas mesmo assim preciso perguntar: quem é o Eren e de onde vêm seus poderes?

O governo caiu. Mas quem era o governo também? Não pareciam usurpadores. O Lorde Reiss pareceu ambíguo ao falar sobre a família voltar ao trono, mas provavelmente eles não foram removidos de lá, e sim estão se escondendo. Por quê? Ora, porque perderam o poder de comandar titãs. Eles têm uma gigantesca gruta que só pode ter sido construída para passar esse poder adiante. Se a capital for atacada eles poderiam morrer. Se for atacada por titãs, quero dizer, porque é contra eles que o poder de comando garante proteção. Contra humanos não há garantia alguma. Mas quais humanos poderiam ameaçar o governo? A Polícia Militar, que supervisiona as demais forças de segurança, a Igreja e outros poderosos estão cooptados e são capazes de exercer um formidável controle sobre a população. A invasão por um exército estrangeiro que não seja composto por titãs parece no momento uma ideia ridícula. Então sim, o poder de comando é proteção suficiente para o círculo íntimo de poder.

Só para eles, é claro. Não é para o interesse da humanidade, mas para seu próprio interesse. Ou será que não? Erwin e Zachary (o Primeiro Ministro que eu nem sabia que existia. Eu não prestei atenção ou ele nunca havia aparecido mesmo?) parecem desconfiar que possa ser o contrário. Independente dos métodos, afinal, o governo conseguiu manter a população mais ou menos segura e em ordem durante muito tempo. Foi preciso uma força externa para provocar o desarranjo atual, e de todo modo isso não diz respeito à família Reiss, mas apenas ao resto do governo que ficou em seu lugar. A chave de tudo parece estar então no fatídico momento em que os Reiss perderem o poder de comando.

Que parece ter sido há cinco anos, no mesmo dia do Ataque dos Titãs™. Com certeza não é coincidência. Terá sido o ataque justamente para roubar o poder de comando, e por isso a família Reiss foi atacada, quase exterminada? A prévia do próximo episódio já disse que o pai do Eren irá aparecer, então nessas circunstâncias é seguro afirmar que ele sabe muito bem dessa história. Talvez o Eren nunca tenha sido seu filho e sua função era criar o portador do poder em nome da família real, ou algo do tipo? Na primeira temporada, se não me engano na primeira cena do primeiro episódio, é vagamente visível ele injetando algo no Eren (provavelmente). Desde a segunda temporada sabe-se que titãs são criados a partir de pessoas normais, injetadas com uma droga qualquer. Enfim, pensando melhor, vou seguir meu instinto e especular menos. Aposto que pelo menos metade disso vamos descobrir no próximo episódio mesmo.

O golpe foi orquestrado de forma inteligente, envolvendo as pessoas certas e as convencendo com mais do que meras palavras e promessas. É até estranho Zachary e Erwin se questionarem se o que fizeram foi egoísta, e não para o benefício da humanidade, quando tomaram tantas salvaguardas e envolveram tantas pessoas – como, aliás, Hange lembraria em outra conversa não relacionada com pessoas completamente diferentes. Por que a pressa do Lorde Reiss, porém? Mesmo se ele fosse um aliado do governo agora deposto, o plano é restaurar a verdadeira família real no trono. É assim que os inconfidentes planejaram conquistar a confiança do povo e evitar desordem e prejuízos desnecessários. Talvez essa notícia não tenha chegado até Reiss? Talvez ele tema que que esse possa não ser o caso? Ou talvez ele suspeite que não pretendem deixar que o poder de comando volte para ele. Parece razão suficiente (Sugestão: é só o Eren casar com a Historia que o poder de comandar titãs volta para a família real 😛).

E Historia, foi convencida pelo pai a dar prosseguimento ao ritual? Ela pretende mesmo comer Eren? Mas ela não precisaria antes ser uma titã? Ou será que não? Eu consigo imaginar motivos pelos quais ela poderia decidir matar o colega de tropa apesar de tudo. A Ymir continua sendo mais importante para ela. O plano de Eren e dos demais é restaurar a Muralha Maria. Historia talvez tenha outras prioridades. O mundo é um lugar horrível, provavelmente mais do que aparenta e talvez seu pai já a tenha fornecido detalhes e informações capazes de balançar até o coração de um criminoso de sangue frio, que dirá uma adolescente tão cheia de paixão. No final das contas, todo mundo está preocupado antes de tudo com vantagens pessoais.

Que gosto será que o Eren tem?

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