Esse episódio me surpreendeu mais pela forma como o Takanori teve o seu upgrade e como o lance dele com a Nozomi se resolveu, pois, quase todo o resto foi bem razoável e previsível. Tirando aquele belo final que não foi “tirado da cartola” e pode indicar um desfecho de personalidade para o anime.

O episódio começa com o vilão entregando seu cartão de visitas e indo embora, mas ele começou de verdade mesmo foi com a memória conflituosa da Asahi junto ao Haruto – trecho usado em demasia, inclusive –, a qual seria usada como base para dar vasão aos sentimentos negativos que começaram a se apoderar da protagonista. Um caminho natural para algo que já tinha sido indicado desde antes.

Quem está pronto pra levantar sua espada (eu sei que essa memória foi distorcida)…

Quanto a Nozomi, restou a ela levar os amigos para onde ela estava e lá começar a lutar com a ajuda dos outros dois vilãozinho mequetrefes, algo já previsível e de pouca relevância, mas que até foi bem usado para propiciar a situação em que o Takanori salva ela. Te cuida Haruto, assim o Takanori vira o herói principal, hein! Brincadeiras à parte, o ponto alto desse episódio foi a forma incomum como ele ficou mais forte – aquele “ki” e seu poder ser capaz de fazer mais coisas são as provas –, não lutando, mas se abstendo da luta para compreender os sentimentos da amiga, o que só foi possível por ele ter passado por uma situação bastante similar a dela. Seria vazio se outro personagem fizesse o mesmo.

Adoro o design, não gosto das olheiras e odeio a atuação da personagem. #vaidormirnozomi

É verdade que a Satsuki também passou por algo parecido, mas, diferente do Takanori, ela reagiu de uma maneira sempre menos agressiva, ainda tentando preservar suas amizades e não as afastar. Já a Nozomi e o Takanori buscaram o isolamento e o desafeto, o Takanori achando que assim conseguiria proteger a amada, e a Nozomi sem mais esperanças de ter quem ela gostava ao seu lado, além de ter estado sob controle de algum SNI (sense não identificado). Isso significa que a Nozomi foi o Takanori piorado ao cair nas garras da Gnosis e se deixar induzir, manipular, usar?

Sim, e por isso o diálogo era mesmo a melhor forma de tentar resolver a situação. Some isso ao poder desperto na hora H e foi o ápice desse episódio. Conveniente? Não exatamente, afinal, se trata de um adolescente que acabou de ser chutado pela amiga de infância, mas que tem na sua frente uma garota que o ama e “cortou um dobrado” para ter sua atenção. Então não acho tão estranho – mas um pouco forçado sim – ele ir abraçar ela, praticamente dizendo que está “assumindo a responsabilidade” ao buscar tal intimidade.

Temos que lembrar também que o Takanori é bem certinho – ao menos quando não estava tentando forçar o que ele sentia para cima dos outros, o que acredito ter ficado mesmo no passado –, então de todas as reações que ele poderia ter tido essa não foi a pior e, sinceramente, esse é o tipo do anime em que todo mundo do elenco principal deve acabar formando “casalzinho”. Não vou estranhar se o Clive namorar a Satsuki, ou a Elicia, até o fim da novel. Cito ela, pois o anime não deve alcançá-la, né.

Foi um desfecho bom, rápido e objetivo para o arco dos dois personagens? Foi. De resto só tivemos a mais nova bait (isca) que não vou “morder” porque está muito na cara que não vai dar em nada. Mas admito que gostei da Asahi ser aquela que provocou a desgraça do seu adorado Haruto. Da primeira vez foi ela quem o salvou ao ativar seu sense, agora ou ela ativa ele ou eles vão ter que buscar outra forma de salvar o protagonista. Pelo menos daquela vez ele conseguiu voltar sozinho, então não vai ficar repetitivo caso ele tenha que ser resgatado no fatídico último episódio do anime. Seria anormal justo o protagonista ser a “donzela em perigo” que tem que ser resgatada nesse final, e eu acho isso menos previsível/comum que ele “salvar a pátria” o episódio todo, então torço para algo desse tipo.

Takanori pode até ter levado um toco, mas também sabe como arrasar corações 😎 hehehe…

Ademais, não posso afirmar que não houve foreshadowing para o tiro – um que saiu, mas ao mesmo tempo não saiu, pela culatra – da nossa ainda amável protagonista, porque desde o episódio anterior foi destacado o conflito dela com o Haruto, e como as emoções dela ficaram à flor da pele com ele. É por isso que eu estou gostando de Subaru – apesar dos vilões serem piores que eu fazendo maldades –, porque em vários momentos quem está por trás da trama se esforça para entregar algo que não é o reflexo de uma preguiça criativa, mas de uma vontade de tornar a história consistente e agradável

Não é como se estivessem sendo geniais nisso, Subaru também ainda está longe de ser inesquecível, mas pelo menos ele não está sendo ruim – não em sua maior parte. Não é um entretenimento ruim e ainda tem a chance de passar uma mensagem bacana – ainda que isso fique bastante comprometido pelo anime não ter o mesmo final do material original. Falta apenas um episódio para que termine a adaptação de Subaru e espero que esse final reviva os melhores momentos do anime. Até a próxima!

… tem que estar pronto pra tomar um tiro, não é mesmo?!

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