Aventuras normalmente despertam o fascínio e interesse nas pessoas, tanto que algumas pessoas fazem da sua própria vida uma aventura. Portanto, não é à toa que o gênero aventura atrai o público e costuma fazer sucesso, não importando a mídia (livros, filmes, séries, mangás e animes).

Bem-vindo ao abismo

Através desse anime podemos acompanhar a aventura de uma simpática garotinha cheia de energia chamada Riko, que mora num orfanato junto com outras crianças. Os moradores do orfanato são aprendizes de exploradores de cavernas que coletam relíquias para manter o lar no qual eles habitam.

Riko e as outras crianças podem explorar cavernas de um imenso abismo até determinada profundidade. É interessante o fato de existir um sistema de classes que determina até que profundidade o aventureiro pode explorar. Essa divisão se dá pela cor dos apitos (que servem para casos de emergência) que o explorador carrega consigo: a classe mais alta porta o apito branco e a mais baixa (iniciantes) porta o apito vermelho. Esses detalhes mostram o nível de organização entre as pessoas que exploram o tal abismo. Não à toa que foi fundada uma cidade em torno desse local.

Ela não é uma fofura?

A expressão popular “O buraco é mais embaixo” nunca esteve tão correta quanto nesse anime (tanto no sentido denotativo quanto no conotativo). Pode até parecer que estou fazendo piada devido ao anime girar em torno de um abismo, mas para quem pensava que a história fosse boba, esse primeiro episódio mostra o contrário, e a minha impressão é que conforme adentrarmos naquele abismo, mais dark a história deve ficar. Nesse episódio de estreia tivemos uma pequena amostra dos perigos que virão pela frente.

Vale ressaltar que até mesmo numa área considerada segura existem perigos capazes de levar uma pessoa ao óbito, ou seja, mesmo que os personagens principais sejam crianças, eles não estão dentro de uma zona de conforto. A prova disso é que por muito pouco não tivemos uma morte logo no primeiro episódio, se não fosse a protagonista, e logo em seguida, um simpático e misterioso robô.

A essa altura do artigo chegamos num ponto importante que é a inserção do robô na história. De onde ele veio? Com qual finalidade ele foi construído? Ele veio mesmo do abismo? Tais perguntam instigam o espectador a continuar a ver o show.

Se ele não sabia nem o que ele era, imagina controlar sua habilidades

Foi divertido ver Riko e seus companheiros agindo como crianças (enquanto podem), ou seja, aprontando com a finalidade de esconder e descobrir mais sobre o menino robô. De certa forma isso foi um tipo de aventura que serviu para mostrar que a protagonista é curiosa e agitada.

Os personagens apresentados são, em sua maioria, simpáticos, especialmente a Riko e o garoto robô. Os cenários são bonitos e a paleta de cores neutra. A trilha sonora é interessante, sendo pontual quando necessário.

É interessante e ao mesmo tempo fascinante como o local chamado de Abyss (abismo) consegue atrair a nossa atenção, pois um lugar que foi descoberto há quase 2 milênios deve ter muitas relíquias valiosas, criaturas únicas, e claro, muita história para contar. Muitos aventureiros foram engolidos pelos mistérios e perigos daquele lugar, e agora chegou a vez da Riko e seu parceiro, Regu (coitado dele, recebeu o nome do cachorro que ela tinha), se aventurarem por aquele temido e tenebroso abismo.

Essa parte foi tensa

Por último, quero convidar vocês, meus caros leitores, a me acompanhar semanalmente nessa aventura por esse lugar fascinante e ao mesmo tempo assustador, chamado Abyss.

Muito obrigado a todos que leram este artigo, e até a próxima!

  1. Este primeiro episódio de Made In Abyss, foi excelente (quiçá, a estreia que mais gostei de ver até ao momento). Começando pela parte técnica, fiquei surpreendido pela positiva, o design fora do normal das personagens (que diria que é um design muito simples, mas funcional) assenta que nem uma luva, nos belos cenários do anime. Por falar em cenários, nunca pensei ver cenários tão simples, serem tão bonitos, cada detalhe dos mesmos, deixou-me com um sorriso de orelha a orelha. Tenho que elogiar, a parte da aparição do monstro que atacou a Riko, ele no trailer estava feito em computação gráfica, mas o estúdio fez o esforço de colocar o monstro em 2D no anime e isso eu aprecio muito, tal esforço demonstra que o estúdio quer fazer uma boa adaptação da obra. A paleta de cores, é bem neutra, mas acredito que à medida que o anime for avançando, esta passe a ser mais dark, ao ponto de mudar o clima de paz do anime, para algo mais tenso.
    Passando à história do anime, para quem leu a sinopse, parece que a história do anime é bastante simples e leve, que o anime seria apenas a demonstração das aventuras das crianças pelo abismo a fora, enganou-se redondamente. Já por este primeiro episódio dá para atender, que nem tudo vai ser flores ao longo do anime, a fuga da Riko do monstro voador é uma pequena prova disso, além do famoso e infame, abismo, este sim vai ser o motivo principal da tragédia. A premissa do anime é tão simples (assim pensei eu, quando li a sinopse), mas para minha grande surpresa, fiquei perplexo em relação à complexidade da forma como os aventureiros daquela cidade, se organizam. Geralmente quando se pensa em aventureiros, as palavras organização hierárquica e disciplina não nos passam pela cabeça. Além que a existência da divisão da exploração do abismo, pelas várias classes de aventureiros, foi bem interessante. Mas o anime fez questão de me surpreender, ao mostrar que os aventureiros veteranos usam um apito branco e os novatos/iniciantes usam um apito vermelho, como uma coisa tão simples pode melhorar o entendimento da história. Mas é o abismo, que me desperta a curiosidade, passados quase dois milénios, ninguém sabe a profundidade do mesmo, muitos aventureiros perderam a vida lá à procura de artefactos e riquezas, imagine-se as tecnologias, riquezas e artefactos que jazem nas entranhas daquele abismo.
    Os personagens de Made In Abyss, são das coisas que mais gostei no anime, a Riko, a típica protagonista curiosa e sonhadora, o Nat, personagem mais reservado, mas ainda assim ajuda os seus amigos, a Sygi, a típica personagem que auxilia a protagonista. O líder das crianças do orfanato, parece ser um personagem interessante, só é pena ter que seguir as da directora do orfanato, ela parece ser má com as crianças. O facto das crianças terem que arriscar a sua vida, para encontrar artefactos e relíquias para sustentar o orfanato, isto não parece exploração de trabalho infantil. As crianças mesmo trazendo o sustento para o orfanato, não parecem viver bem ou minimamente bem, fiquei chocado, por ver que a Riko tem que dormir numa antiga câmara de tortura. O Regu, o misterioso robô que salvou a Riko, no abismo, é que desperta a curiosidade, ele provavelmente é uma das relíquias do abismo e se for, é inegável que o conhecimento enterrado naquele abismo pode ser infinito.
    Antes de acabar o meu comentário, a ost de Made in Abyss é muito bem feita e aplicada no anime.
    Excelente artigo, de primeiras impressões de Made In Abyss Flávio. E será um gosto, acompanhar os teus artigos deste anime.

    • O mundo de Made in Abyss é fascinante, os personagens até agora mostrados são excelentes (com a exceção da diretora do orfanato), os cenários lindíssimos e ost muito boa. Emfim, o que não falta é elogio a esta obra que promete ser uma das melhores da temporada, e quiçá uma das melhores do ano.
      A cada episódio estou cada vez mais encantado com este anime.
      Muito obrigado pelo comentário!

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