Pouco mais de três meses. Exato. Esse foi o tempo no qual gastei preciosos 25 minutos dos meus dias para assistir Altair. Se me arrependo disso? Com certeza! Admito que nesta reta final, Altair conseguiu melhorar, mas não tenho confiança o suficiente para continuar escrevendo sobre os próximos 12 episódios de Altair que estão por vir. Enfim, deixando esse papo de lado, vamos nos focar no que interessa, certo? E então, como foi esse último episódio da 1ª cour de Altair? O EPISÓDIO FOI… ruim. Mentira, não foi ruim, mas também não foi bom, eu diria que foi consideravelmente “ok”. E, sim, eu tenho motivos para não ter gostado tanto desse episódio. Se me permitem, irei explicá-los logo abaixo.

Hoje é dia de festa! Este é o meu último artigo sobre Altair! Eu acho… bom, enfim, haha! Vamos deixar essa comemoração para depois, agora o que importa são os meus motivos para não ter gostado tanto assim desse episódio.

  • Números não ganham batalhas

Como já sabemos, no final do último episódio, o sultanato do sultão mascarado — agora em mãos do seu filho — foi sitiado pelo exército coligado dos três sultões restantes; esse exército contabilizava em torno de 20 mil homens. Em contra partida, para realizar a defesa da cidade, apenas 5 mil homens estavam disponíveis para darem suas vidas pelo povo. Inicialmente, pelo menos para mim, era óbvio que todos se manteriam dentro das muralhas da cidade e usariam isso como uma vantagem, já que seria muito mais “seguro” se defender a partir dessas muralhas, pois teriam a vantagem da altura, etc. Porém, para a minha surpresa, Mahmut — com um plano mirabolante — resolveu bater de frente com o exército inimigo do lado de fora da cidade, sem a proteção das muralhas. Antes de seguir, gostaria de dizer o quão idiota e arriscado foi esse plano do protagonista; ele não estava atacando, ele estava sendo atacado, então prezar pela defesa da cidade e da população seria o ideal a se fazer, mesmo que em tamanha desvantagem numéria, Mahmut poderia se aproveitar da proteção das muralhas e da diferença de altura para aos poucos fazê-los recuar, mas como já citei, o protagonista foi contra essa ideia — talvez até mesmo genérica — e preferiu bater de frente com o exército coligado de 20 mil homens dos sultões.

  • Se fazer de idiota é ainda mais idiota do que realmente ser um idiota

Ao ver que Mahmut estava preparado para guerrear com apenas 5 mil homens, o sultão Balaban (ruivo), aparentemente responsável pelas tropas, teve a brilhante ideia de partir para cima com apenas 5 mil homens também. Certo, ele tinha o quádruplo de tropas, poderia fazer algo desse tipo, mantendo sempre uma reserva de algumas centenas de homens, mas… ele poderia ter ido com 10 mil homens, não poderia? Ele teria o dobro de homens como uma vantagem, além de ter outros 10 mil homens como uma espécie de reserva. Entretanto, pelo que deu a entender, ele queria guerrear de forma justa ou qualquer bullshit desse tipo e, por conta disso, preferiu atacar com apenas 5 mil homens. Isso é simplesmente muito IDIOTA! Para início de conversa, eles já deveriam ter sitiado a cidade desde que chegaram no local, mas por algum motivo ainda mais idiota, o sultão preferiu ficar de longe com seu exército observando os movimentos inimigos; além do mais, deram tempo para se preparem e formarem uma estratégia (de meio minuto), fazendo com que sua vantagem fosse jogada no lixo. É idiota ou não é? Eu não sei quem é mais idiota: o sultão ruivo ou o autor. Sinceramente, eu acho que tanto o personagem e o autor são idiotas, mas creio que o mais idiota dessa história seja você mesmo, que tem que ver esse tipo de coisa e permanecer calado.


  • Genialidade ou besteira? As faces da estratégia de Mahmut

Lembra que eu disse que Balaban deu tempo para que o exército de Mahmut se organizasse? Mesmo que isso tenha acontecido, não acho que Balaban e seu exército tenham ficado cegos, pois por algum motivo misterioso, sua derrota foi anunciada após ele cair em uma série de armadilhas colocadas “em lugares estratégicos” por Mahmut. Veja bem, era aceitável até a parte que eles utilizaram folhas para distrair os inimigos, mas depois disso ficou difícil de engolir. Teve até mesmo lanceiros pulando do chão e se chocando com a cavalaria inimiga! Como diabos isso foi possível? COMO DIABOS ESSES LANCEIROS FORAM PARAR EMBAIXO DA TERRA SEM NINGUÉM DO EXÉRCITO INIMIGO PERCEBER?! É a famosa forçação de barra! Em Altair, ela nunca nos abandona! Bom, resumindo, Mahmut conseguiu vencer um exército de 20 mil homens com truques e uma estratégia montada na hora. Aliás, no fim, por algum motivo IDIOTA, Balaban resolveu perseguir o exército de Mahmut e, no fim, acabou encurralado e “fuzilado” por seu irmão e alguns soldados — por parte daquele personagem loiro que surgiu do chão.

Posso estar parecendo fresco — e provavelmente estou sendo — mas esses três pontos que citei me incomodaram de maneira colossal; houve outras coisas irritantes também, mas eram mínimas, então vou ignorá-las. Bom, o episódio foi isso: uma série de coisas idiotas e uma resolução previsível. As tropas de Balaban foram derrotadas e o próprio acabou morto — pelas mãos do próprio irmão. Não foi dito se a Turquia conseguiu dominar os outros sultanatos, mas provavelmente não será um problema para a Turquia, tendo em vista que o exército turco é poderoso. Outra coisa, o Império foi citado, mas por algum motivo nem deram as caras… será que resolveu não participar da batalha? Ou simplesmente foi esquecido pelo autor? Sei lá!

E então? Por que eu não continuarei a escrever sobre Altair? Porque não gostei do anime, talvez? Além do mais, mesmo que esse arco tenha sido minimamente bom, eu não vou me arriscar, já sofri bastante com Sagrada Reset. Caso alguma alma sadomasoquista queira que eu escreva (depois) um artigo falando sobre os próximos 12 episódios dessa 2ª temporada, tentarei ao máximo fazer isso, mas eu definitivamente não acompanharei mais Altair semanalmente. Em contrapartida, agora estou livre para escrever sobre dois animes novos! Vejamos o que o senhor Mexicano irá me reservar! Obrigado a todos que me acompanharam nesta triste jornada até aqui, espero que não fiquem magoados comigo por abandonar Altair!

Ah, é, caso queiram, continuem me acompanhando com outros animes, será bem legal! Altair não foi a melhor experiência possível, mas pelo menos não foi tão decepcionante assim — no fim.


    • Me desculpe, mas achei mais viável analisar outros dois animes que acho que posso gostar do que continuar com Altair — que não sou muito fã — mas nada impede que eu possa fazer um artigo analisando os 12 episódios finais depois. Aliás, se quiser, pode continuar me acompanhando, apesar de estar falando de outros animes, as análises continuarão sendo minhas! Muito obrigado pelo comentário~!

      • Tranquilo cara , não vou ser a alma sadomasoquista que vai pedir para fazer um artigo do final do anime haha, sei que tem um monte de falha no anime , mas eu gostei da temática de altair . Vc já tem ideia quais são os animes dessa temporada que vc vai fazer analises ?

    • Cara, eu queria analisar Kino no Tabi, Kekkai Sensen 2 ou Juuni Taisen, mas isso aí é com o Mexicano. Bom, creio que nesta semana saberei o que irei analisar, mas provavelmente farei o artigo de primeiras impressões de Kino no Tabi.

  1. Não podia estar mais de acordo com a tua opinião negativa sobre este anime, Nomichi. Eu como grande fã de história militar, este episódio foi um tormento. Achei ridículas as estratégias do Mahamut, o que o poder do protagonismo não faz.
    Nem o melhor general, conseguiria enfrentar frente a frente um exército com o quadruplo dos homens. A estratégia do Mahamut, foi estúpida, mal pensada e forçou a barra das estratégias mirabolantes aceitáveis. Aquela fortaleza tinha tudo, para derrotar os vinte mil homens dos três sultões sem grande esforço (grande parte da força ofensiva dos sultões era constituída por cavalaria, cavalaria e muralhas com arqueiros não dá bom resultado). Outra coisa que eu achei estúpida e mal feita, foram os exércitos dos sultões, os soldados não usavam armadura nem cota de malha, onde isto já se viu, naquela altura, todos os exércitos no médio oriente e Europa usavam armaduras (excepto o exército inglês). Os soldados que combateram ao lado do Mahamut, até estava bem fieis com os exércitos do médio oriente. Aquela fortaleza onde o Mahamut estava, era excelente em termos de defesa (como é óbvio não podia ter um fosso, já que no médio Oriente a água é escassa), tinha muralhas altas, um portão reforçado, as forças de Mahamut podiam ter ganho a investida dos sultões numa guerra de atrito. A única coisa que vou discordar, é aquela parte dos lanceiros que saíram do chão para impedir a carga da cavalaria chefiada por Balaban. Os buracos camuflados de onde saíram esses lanceiros, chamavam-se “bocas de lobo), onde geralmente se colocavam lanceiros ou armadilhas, para impedir o avanço tanto da cavalaria como da infantaria (essa táctica de guerrilha foi muito usada pelos ingleses e mesmo pelos portugueses na Batalha de Aljubarrota). Esses buracos, quando usados perto de um castelo ou fortaleza, costumam estar ligados aos mesmos, por túneis (que podiam ser usados, como rota de fuga, ou como meio de enviar soldados para fora das muralhas sem estes serem vistos).
    Deixando o poder do protagonismo do Mahamut, vamos passar para o Balaban, ele foi muito estúpido e mimado quando decidiu (decidiu não, pensou) que o Mahamut ia jogar limpo. Estava na cara que o Mahamut estava cheio de artimanhas e estratagemas para derrotar a investida do Balaban (só que este, no auge da sua luxúria e falta de capacidade de liderança não percebeu). Foi agradável ver a desgraça do Balaban, ele não foi feito para ser líder, a ganância dele não conhecia limites e isso foi a queda dele. Se ele tivesse ouvido os conselhos sábios do seu irmão mais novo, ele podia ter sido um grande líder e governante.
    Aquela parte, em que Balaban é encurralado naquele desfiladeiro, ou ele era surdo, ou fez-se de surdo, pois os tiros de uma arma de fogo, são bem sonoros, ao contrário de tiros com arcos e o Balaban decidiu avançar na mesma. Mas o pior e mais estúpido ainda estava para acontecer, que ideia estúpida foi aquela do Balaban de mandar os seus homens fazer a formação de tartaruga, contra armas de fogo, a melhor estratégia é mandar os homens fazerem uma formação dispersa, aquelas armas de fogo tinham pouca precisão, se o Balaban tivesse mandado os seus homens fazerem uma formação dispersa, talvez ele nem os seus homens tivessem morrido. Mas não ele decidiu mandar fazer a formação tartaruga, o que fez com que ele e os seus homens se tornassem um alvo enorme, nunca na vida, um escudo ia aguentar com uma esfera metálica equivalente a uma bala de calibre .50, os escudos contra um tiro de uma arma de fogo eram como roupa, eram trespassados com facilidade. Claro que a estratégia do Balaban, podia e funcionaria numa guerra com espadas, lanças e arcos, mas nunca contra as armas de fogo (a táctica da formação de Tartaruga, foi usada pelos chineses, muito depois, pelos romanos e mais tarde pelos vikings, com a sua formação de ” muralha de escudos).
    Bom, posto isto, admiro muito a tua paciência com este anime nos últimos três meses e acho que fazes bem em deixar de comentá-lo. Para quem comparou Altair com Arslan Senki, é uma ofensa para Arslan, este sim tinha estratégias e lutas mais interessantes.

    • Sobre a parte do “bocas de lobo”, eu certamente não sabia sobre o que você me contou, obrigado pela adição intelectual! Mas, mesmo assim, poderiam ter dando uma dica de como chegaram até lá, não? Pelo menos mostrado algo! E sobre a parte que o Balaban ordena o pessoal fazer a formação da tartaruga, pelo que eu me lembre, a galerinha do Mahmut utilizou flechas antes, forçando ele a utilizar essa formação. Daí, em seguida, quando já estavam preparados para se defender das flechas, o tiroteio se iniciou. De qualquer forma, obrigado pelo comentário e pela adição intelectual! Espero que continue me acompanhando nesta nova temporada!

      • Pode ter sido impressão minha, mas quando a esquadra de escolta do Balaban ficou cercada, já tinha sido disparados tiros de arma de fogo (tanto que quando o Balaban avançava se ouvia o eco dos tiros), mas tens razão nessa altura os homens do Mahamut também dispararam flechas. Mas no final o Balaban teve o que mereceu.
        Sim, o episódio podia ter mostrado, como as tropas do Mahamut se organizaram na parte de fora das muralhas, mas não mostrou (colocar tropas na parte de fora das muralhas é quase sinónimo de morte por dois lados, já que as mesmas podiam ser atingidas por fogo aliado).
        Com certeza acompanharei os teus artigos nesta nova temporada (e se tiver tempo, com certeza comentá-los).

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