De Okinawa à Hokkaido, de uma light novel de imouto com seu nii-san tubarão-baleia a uma história digna de ser ilustrada pelo novo personagem; é entre essas idas e vindas que nos divertimos com esse novo episódio do romcom incestuoso da temporada. Menos que nos anteriores e com menos reflexões a serem extraídas, é verdade, mas ainda mantendo uma qualidade razoável no geral.

Fazer uma viagem do nada para se refrescar é algo que só “faz sentido” caso a pessoa seja meio porra louca mesmo, o que entendo pelo Itsuki e pela Nayuta – duas criaturas aparentemente bem sem noção –, mas não tanto pela Miyako. Contudo, “quem está na chuva é para se molhar” e ela foi junto não só para reforçar o fanservice, como também para proporcionar uma cena bacana pela qual o público já devia estar esperando, mas que infelizmente não teve todo o seu potencial extraído.

Confesso que ainda não entendi o que o impede de dar uma chance à garota…

Sim, falo da conversa dela e do protagonista sobre o porquê de ele viver recusando a Nayuta. Okay, entendemos que ele já a recusou apropriadamente e não está de canalhice, mas se não foi exatamente porque ele não gosta dela, foi por que então? Os telespectadores querem saber e parece que vão segurar isso para ser revelado só mais para frente no anime ou nem ser. Acho isso uma pena, pois é um motivo que tem potencial para desenvolver algo de interessante na trama.

Ao menos a viagem foi divertida, contendo alguns momentos de fanservice que, infelizmente, não agregaram nada demais à história além de um deleite momentâneo de garotas fofas sensualizando. O que no fim não agrega nada demais mesmo, mas é bem “divertido” para quem gosta ( ͡° ͜ʖ ͡°).

O verdadeiro fanservice, esse sorriso lindo, que nós homens amamos!  É sério!

Ah, verdade, teve uma coisa bacana em relação à Miyako nesse episódio, algo que reforçou o que começou a ser trabalhado no episódio anterior – e o qual não comentei melhor por puro desleixo, e peço desculpas por isso –, que foi o fato dela não saber direito o que quer da vida. Começar coisas e não terminar ou fazer coisas sem paixão, apenas por fazer, mostram que apesar de ser mais sensata que seus amigos ela meio que inveja eles por terem uma paixão e se dedicarem de coração a ela.

É bom haver uma personagem assim aqui, pois ela passa por um dilema pessoal que muitos e muitos jovens passam hoje em dia. Eu particularmente me identifico com isso também, não só por ter feito caratê quando criança – e também nunca ter continuado –, mas também por já ter trocado de curso universitário e ter deixado outros tantos projetos incompletos na vida. Eu entendo bem pelo que ela está passando e não é algo legal, acreditem. Espero que ela se aproximar de pessoas obstinadas em seu caminho a ajude a se encontrar na vida, e quero acompanhar seu crescimento pessoal no anime.

Continue seguindo em frente que um dia você chegará lá!

A segunda parte do episódio serviu para apresentar um novo personagem – que eu jurava que era uma mulher pela abertura, o que não deveria ter feito porque o Japão sempre me engana kkk –, Ena Setsuna aka Puriketsu, o ilustrador das novels do Itsuki. Ele mostra que é bem sem noção também e propõe uma viagem do nada, agora para comer ovas de salmão incentivado pela história de amor incestuosa entre espécies do seu sensei. Não preciso falar mais desse momento vergonha alheia, né? Acho que ele fala por si só rs… Aliás, a criatividade inútil do Itsuki como escritor siscon é incrível kkk…

Outro desmiolado pra fortalecer o bonde kkk…

A única coisa interessante a ser pontuada aqui é que o que o ilustrador não tem de idade ele tem de qualidade, pois chega ao ponto do Itsuki dizer que as histórias malucas dele não merecem os desenhos do garoto. É bacana ver que ele quer escrever uma história à altura dos seus colaboradores, aliás, isso me faz pensar que ele não aceita o amor da Nayuta por causa disso também, porque acha que não está à altura dela como escritor. Eu acho isso uma tremenda bobagem, ela com certeza não deve se importar com isso, e espero que ao longo do anime isso seja abordado novamente e minimamente bem trabalhado, e espero também que ele tome vergonha na cara e realmente escreva algo não tão sem noção e que considere digno dos desenhos do Setsuna.

Ele diz isso, mas escreve sobre uma imouto e seu nii-san tubarão-baleia. Não fode Itsuki kkk…

Para fechar com chave de ouro tivemos um belo momento do Chihiro-kun recebendo um pouco de carinho do seu amado nii-san. Fico me perguntando qual o problema que o Itsuki tem com seus pais e espero que isso seja eventualmente abordado e explorado no anime. Me pergunto também qual será a base para o aparentemente forte e bonito elo entre os irmãos e por que o Itsuki não deixa de frescura, sai do armário e fica logo com seu irmãozinho que é tão bonito quanto qualquer irmãzinha. É sério, se ser heterossexual é mais importante que a fixação dele por “imoutos” – apesar dele não ser uma imouto, mas sim um otouto, okay, mas vai, seria uma gambiarra válida, né kkk – é porque essa fixação dele não é tão forte assim e não tem porque ele não dar uma chance para a Nayuta, né!

Trap of Argalia! Você foi atingido em cheio por esse golpe SURPRESA?!

Aliás, achei que o momento em que ela se confessou para ele na mesa de jantar meio perturbador e lindo, é sério, e nem achei isso porque tenho um fraco por amores intensos e malucos como esse dela, mas sim porque é difícil receber tantas declarações consecutivas e não se derreter todo kkk. Ou será que sou eu que sou carente demais? Não sei, só o que sei é que se antes torcia pela escritora boca suja agora torço ainda mais porque odeio quebrar o coração de uma waifu e vou parar por aqui antes que esse artigo vá por ladeira abaixo e não seja nem razoável como o episódio foi rs.

Cuidem bem das suas imoutos – mesmo que não sejam siscons como nosso herói – e até a próxima!

P.S.: Já ia esquecendo de falar do aperto nos prazos de entrega dos manuscritos e como foi legal ver que não só os escritores como também os ilustradores têm problemas com isso. Só queria falar disso porque foi algo que citei no título do artigo para evidenciar um certo contraste dele. No geral, se olharem bem vão perceber que mais elogiei o episódio que reclamei dele; o problema foi que ele não foi tão bom quanto os outros, muito por não ter apresentado um tema forte e que foi sutilmente bem trabalhado em meio aos inúmeros momentos de comédia ou uma cena com forte apelo dramático. Essa obra já provou que consegue balancear melhor suas piadas e reflexões e apesar de ter tido dois momentos com essa pegada – o da Miyako e do Itsuki –, eles não dialogaram entre si e não se destacaram tanto. Foi um bom episódio, mas o anime já provou que consegue fazer melhor e espero que mostre isso de novo. Agora finalmente fico por aqui pessoal. Até a próxima análise desse anime polêmico, mas belo e inspirador!

Se uma 2D 10/10 falasse isso pra mim eu só diria “sim, Sim, SIM”!!! Não, pera…

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