Infelizmente não parece que o formato atual que carece de surpresa quanto às mortes após um flashback tenha mudado, mas nesse episódio sequer tivemos espaço para isso. Foi um flashback interessante, afinal, nem só de batalhas vive o homem ou a mulher (há controvérsias, mas enfim). O foco foi mostrar a história da Macaca-chan e sua filosofia de vida enquanto que seu aliado, Nezumi-kun, estava questionando-a com um pensamento lógico, oposto e talvez mais coerente. Não houve lutas e nem mortes, mas mesmo assim não tivemos algo entediante. Vamos lá?

Esse episódio foi, pelo menos para mim, o mais interessante até agora. Não foi recheado de lutas com pessoas de sanidade questionável e com objetivos incomuns. Tivemos a história de uma guerreira que apesar de sua força de batalha, prefere usar outra arma que muitos usam contra si mesmos mundo afora: as palavras. Ao escolher usar tal arma ela entende que suas tentativas podem ser completamente frustradas simplesmente por egoísmo humano e ainda sim, ela toma a responsabilidade disso e carrega o peso consigo a fim de evitar novos erros e por fim, cumprir seu objetivo final.

Ela sabe usar suas armas e está disposta a fazer o necessário para alcançar seus objetivos. Ter consciência que suas escolhas e talvez seu egoísmo gerado por sua ambição em busca da paz é algo que salva e ao mesmo tempo mata, chamou e muito a minha atenção. Certa vez li num artigo por aí (de uma fonte confiável) que em 5000 anos de história humana tivemos apenas 250 anos de paz por completo. Vocês entendem o que eu quero dizer com isso, né? O ser humano simplesmente não consegue viver em paz e temos alguém que apesar de dispor de uma grande quantidade de força, prefere buscar este algo que nossa raça não consegue manter. É loucura, algo que simplesmente não faz sentido, mas se ela conseguiu até agora, quem sou eu para questionar, não é mesmo?

E claro que apesar de talvez ser imaturo, Nezumi-kun soube levantar contra-pontos coerentes o bastante para “forçar” uma breve auto-reflexão em alguém que possui tanta convicção naquilo que acredita. E no fim o que mais me interessa nisso tudo é: até onde as convicções deles os levará? Será que no fim isso tudo não passa de um clichê idealizado por eles? Infelizmente teremos que descobrir apenas na semana que vem e sinceramente espero que a morte sorria para o maldito coelho – que eu odeio muito e me dá nojo -, pois se tem alguém que despertou meu interesse profundamente foi a Macaca-chan, ou melhor, Yuki Misaki, a guerreira que vai muito além de matar pacificamente.

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