Kino no Tabi – ep 4 – A vida é trem bala, parceiro
Que episódio… RÁPIDO! Não achou? Ei, eu não posso ter sido o único que se incomodou com isso… Posso?! De verdade, esse episódio foi completamente rushado! Digo, os outros episódios de Kino também foram assim — de certa forma — mas esse ultrapassou as minhas expectativas — que nem deveriam existir. Mais uma vez tivemos um episódio que não havia aparecido na animação antiga, deixando ainda mais claro que essa temporada NÃO é um remake, sendo na verdade um reboot, assim como eu já tinha dito há umas 4 semanas. O episódio em si não foi ruim, mas também não foi bom, foi completamente aceitável, mas poderia ter sido melhor.
Bom, pra início de conversa, esse episódio não foi da Kino. O quê? Como assim? Exato, não vimos uma história da Kino aqui, vimos uma história do Shizu — aquele personagem apresentado no Coliseu. Na animação antiga, conforme meus informantes de elite, nenhum episódio em si se focou no Shizu, nem mesmo os dois episódios gastos com ele (Coliseu). Dessa forma, pudemos ver uma história por outro ponto de vista, que querendo ou não, no fim, acabou se conectando a Kino, de qualquer forma.
Neste episódio, Shizu entrou a bordo de um país-navio, que assim como o nome já diz, é um navio. O país viaja por aí com um aglomerado de favelas dentro de si. Junto disso, também temos um grupo de conselheiros que governam o país sem qualquer tipo de oposição. Pelo país ser uma zona, Shizu se revoltou e foi contra os conselheiros e a história desse episódio se desenrolou junto disso. Aliás, apenas por curiosidade, essa história é contada no volume 8 da light novel de Kino no Tabi, ou seja, essa nova animação realmente está completamente aleatória; tenho a sensação que eles foram pegando umas historinhas que provavelmente ficariam legais e fim, nem pensaram muito sobre isso.
O país em si é muito liberal com viajantes, caso trabalhem, obviamente. Aparentemente, pelo que entendi, os viajantes apenas se aproveitam do país pra poder chegar em outros continente, daí acabam que ficam por lá por alguns dias, assim como Shizu fez. Apesar do objetivo do Shizu ter sido apenas chegar até outro continente, por conta de uma série de fatores envolvendo o navio em si, Shizu se revoltou com os conselheiros, que basicamente estavam pouco se importando se o navio iria ou não continuar flutuando na água. O interessante dessa parte foi que inesperadamente ele encontrou Kino, que por algum motivo estava vestida como um dos conselheiros. O que diabos ela estava fazendo? Eu definitivamente não faço ideia e acho que nunca saberei. No fim, Kino ajudou Shizu a derrotar os conselheiros e “libertar” o país das mãos deles.
Entretanto, essa liberdade era mesmo necessária? Mesmo sem qualquer tipo de voz, a população se incomodava em ser governada pelos conselheiros, e mesmo após a queda deles, continuaram apenas querendo segui-los. A população basicamente é massa de manobra, não sabia de nada, apenas continua obedecendo, então é óbvio que não iriam acreditar que o navio em algum momento iria afundar. Mesmo livres para fazerem o que bem entender, resolveram voltar para o mar, pois era assim que gostavam de viver. Então, volto à pergunta: a liberdade que Shizu almejava era realmente necessária para aquele povo? O conceito de liberdade é muito amplo, não pode ser baseado apenas no ponto de vista de uma única pessoa.
No geral, o episódio foi bem “ok”. Sendo sincero, achei a progressão dele rápida demais, isso realmente foi um problema, pois sinto que o episódio não se desenvolveu tão bem quanto deveria. Os outros episódios também foram rápidos, mas pelo menos conseguiram passar o que devia — menos o episódio do Coliseu. Além disso, não entendi bem a mensagem que este episódio quis passar, a não ser que realmente estivesse apenas falando sobre “liberdade” mesmo. Também não tenho muitas coisas para destacar na parte técnica, então vou deixar quieto dessa vez. No próximo artigo, reúno tudo o que teve até agora e falo mais um pouco da parte técnica.