Garo: Vanishing Line – ep 4 – Freiras lutadoras e padres opressores
Sophie continua a sua busca incansável por seu irmão. Agora sabemos um pouco mais sobre Martin. Porém, para ter mais pistas sobre Eldorado, ela precisa achar nosso Garo primeiro, Sword. E como rumores normalmente são verdade, ou ao menos têm alguma base verdadeira, ela decide ir atrás da irmã de um Padre desaparecido, e claro, mais cedo ou mais tarde Sword daria as caras por lá.
E a revelação mais importante do episódio com certeza foi sobre a Freira que cuida da Sophie. Senhoras e senhores, não se metam com ela, ou podem sair muito machucados, isso eu garanto, esta Freira é casca grossa.
Os primeiros 10 minutos do episódio foram relativamente parados, no entanto ele acabou desenvolvendo a relação da Sophie com o irmão dela, o que foi muito bem feito, agora sim a gente já começa a se importar um pouco não só com ela, mas talvez com Martin também. Tivemos também a apresentação de Marie, uma moça aparentemente solitária, porém gentil, tão gentil que convida uma estranha para entrar na sua casa, conta coisas da sua vida pessoal, expõe o quão machista seu irmão Padre era e tenta “comer o futuro” da Sophie, como dito pela própria Marie, já em estado de revelação da sua forma Horror.
O Padre Ripley não era santo como parecia, ele tinha ciúmes de sua irmã e por isso trancou-a no porão ao longo de sua juventude para que nenhum homem chegasse perto dela. E claro, não é a coisa mais inteligente e certa a se fazer. Marie ficou cada vez mais triste e a sua tristeza acabou virando raiva, ressentimento e claro, ela acabou virando um Horror, como já era de se esperar.
E aqui vai um aviso: se você conhece um homem que por acaso usa uma armadura e luta contra monstros, siga o conselho de ir para casa na hora aconselhada por ele, caso contrário, você pode ver cadáveres de Padres opressores e quase ser morto por um Horror.
Com a sua visita à Marie, Sword provavelmente já havia percebido sua real natureza, daí o aviso para Sophie ir embora antes que a noite chegasse, e como ela não obedeceu, quase morreu devorada pelo Homem-Aranha em forma demoníaca.
E a sequência do porão foi realmente interessante, onde vemos o verdadeiro destino do Padre Ripley ao vermos a Sophie se deparando com o seu crânio parcialmente deteriorado pelo processo de decomposição. E aquelas facas, cadeira de tortura e coisas do tipo que havia no porão, acho que já sabemos para o que elas eram usadas, certo?
Com certeza este episódio foi o melhor do anime até agora. Ele conseguiu desenvolver um pouco melhor a Sophie e a relação dela com o irmão, além de ter apresentado uma personagem que só vai aparecer neste episódio, mas que com certeza já é mais desenvolvida que o nosso Zoro da vez, Luke, e que a Alquimista Makai da última semana, Gina.
O anime continua mantendo a qualidade na animação, isso é bonito de se ver, e com certeza ele não é deficiente neste quesito. E novamente o diretor acertou na parte da luta, aparentemente ele está cada vez mais se distanciando no parkinson na “câmera” na hora da luta, o que certamente deixa a cena relativamente menos emocionante, mas que nos possibilita maior entendimento.
Agora só nos resta esperar. Ao que parece, nos próximos episódios a história vai engrenar de vez e logo logo saberemos o paradeiro do Martin e saberemos o que realmente é o Eldorado e talvez, só talvez, o Luke apareça e faça com que eu tenha algum tipo de empatia por ele.
E fica aqui um breve e talvez importante questionamento: Marie se tornou um Horror antes ou depois de ter matado seu irmão? Ela se transformou em um por vingança ou pelo ressentimento que ainda há dentro de si? Uma bela questão, creio.
Escritora
E a história finalmente começa a engrenar, o ritmo desta série difere bastante dos dois animes anteriores, o que muda completamente nossa perspectiva quanto ao seu contexto. Pela prévia do episódio seguinte, a Sophie vai passar a ajudar o Sword e é interessante termos uma personagem normal no elenco principal, novamente saindo do visto, já que nas outras, o pessoal está dentro destes embates contra os horrors.
Quanto a animação em si, está melhor e mais vívida, deve pelo estúdio do live-action estar envolvido. Lembro que na primeira série animada, o estúdio só passou a ser creditado apenas depois de oito a nove episódios, melhorando o orçamento da série; na seguinte, aí sim, estão creditados desde o começo e fora o traço ser do mangaká do “Zetman”. De todo jeito, está sendo muito bom esta nova série animada do “Garo”.
Carlos Sousa
Com certeza tem sido interessante ver a Sophie se tornando cada vez mais importante e se juntando ao elenco principal, isso contrasta bem com os outros.
E quanto a animação e traço, Vanishing Line não incomoda como a primeira série me incomodava, a história era muito boa mas os traços eram sem sombra de dúvidas, simples demais.
Obrigado pelo comentário, até a próxima!