Fomos deixados, no final do ultimo episódio, daquele jeitinho que só quem viu aquela transformação do Elias poderia saber do que eu estou falando. Quais os verdadeiros poderes daquele feiticeirozinho? Quais os verdadeiros poderes do nosso Magus Bride? Qual a capacidade da direção em nos proporcionar uma cena de ação fluída e com uma boa fotografia e coreografia? Essas e outras perguntas que ficaram na mente de todos que viram o episódio 7 se encaminham para um clímax bem interessante!!! Então, vamos a ele.

Num plano secundário, tratemos assim, o desenrolar do arco do metamorfo toma alguns minutos de tela. Amizade e companheirismo são alguns dos temas que vem à tona, acompanhados, como sempre, por algum viés causado ou relacionado a perdas (e como sua madrinha é a dona morte, ela não poderia estar de fora dessa miríade de sensações). Os laços dele com Chise vão se estreitando de uma maneira mais natural do que o modo como começaram a interagir, o que já é um avanço.

Quando seu inimigo mortal descobre seu nome lindo

Esse episódio tem servido para mostrar do que um mago e um feiticeiro motivado são capazes de realizar em termos de poder de luta e afins. Teve até direito a quimerização (o que me deu um pouco de saudade de FMA – Brotherhood, obviamente, rsrs). O conflito que inicialmente se focava mais em um preto no branco, passa a adquirir mais nuances (mais “tons de cinza”). Isso serve pra agigantar as possibilidades que a trama dispõe bem como afunila personagens, perspectivas e intenções, aproximando-os em meio a um algoz potencialmente perigoso e completamente sádico.

Estou puto!

O metamorfo toma um lugar importante nisso, a partir do momento em que “sua” Isabelle aparece pra lhe dar as boas vindas à festinha particular:

A materialização da dor

A primeira fase, digamos assim, da batalha foi brutalmente anticlimática. O que me deixou decepcionadíssimo com a escolha da direção. Contudo, não foi preciso ver muito da “segunda fase” para ter certeza do que Mahou Tsukai no Yome se baseou para elaborar essa interação: potencial. O mangá se utiliza de um recurso que limita as dificuldades ao mesmo tempo em que potencializa as opções e as motivações. Ao escolher essa linha narrativa, nos privamos de coreografias e trilha sonora instigante envolta em muitos disparos e luzes. Mas ganhamos em análises; em nuances. E como já deve ter percebido, esse anime tem sua fundamentação em valores humanos que não poderiam ser bem elucidados ou aprofundados de outra forma. Assim, concordo com a direção, que fez o possível no que lhe concernia com relação a esse aspecto e conseguiu tirar muitas coisas interessantes no decorrer de tudo isso.

A figura da anãzinha de fogo azul foi direta em sua função: “cresça e deixe de depender de pessoas mortas”. Seu papel foi duplo: livrá-los do conflito iminente (deixando espaço para evolução ao longo disso) e nortear os envolvidos, em especial o metamorfo, em sua conduta. O mais interessante é que a direção abona toda a sutileza que costuma usar para transmitir seus temas (como já trabalhados em outras análises de Mahou por aqui) e resolve apresentar uma mulher (idosa? Talvez. Madura? Com certeza) para guiá-los de uma maneira mais direta impossível. Isso evidencia a forma versátil de desenvolver o enredo que o autor pode se orgulhar. Além disso, ela se torna uma peça fundamental no arco para Chise e suas intenções de ter um familiar.

A auxiliar de enredo

Depois de todo o desenrolar e toda a superação, o diálogo final coloca a humanidade na perspectiva de um homicida sem coração. A partir disso não foi difícil prever a relação que o autor com certeza fez em seguir. Então foi isso: pacto feito; personagem novo no bando; antagonista mostrando seus tons de cinza… Tudo muito legal. Agora, aguardar o próximo arco e ver como tudo isso vai evoluir.

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