Bom dia!

Nessa semana em Toji no Miko uma garota loira, de busto avantajado e miscigenada tomou uma decisão estúpida, que poderia ter-lhe custado a vida, por nada. Pior: se não lhe custou a vida, no mínimo já lhe custou a liberdade de andar por aí insuspeita, o que sem dúvida era muito útil.

Por que ela precisava se deixar capturar? Para que nós, expectadores, soubéssemos que as guardas de elite usam drogas.

Tecnicamente não são drogas, mas sim noro, a substância da qual aradamas são feitos. Assim, elas se tornam meio-aradamas, como sua mestra Yukari Origami. A Yomi é a que faz uso mais ostensivo de noro, com o qual cria e controla um enxame de pequenos aradamas mais do que melhora seu próprio poder de combate. Os olhos vermelhos de Maki e Suzuka não enganam: elas também estão injetando noro na veia. No caso delas, provavelmente só para aumentar o poder de combate mesmo. Curiosamente, a mais psicopata das guardas de elite, Yume, não foi exibida com olhos vermelhos ou qualquer outra prova de que use noro também. Ela tem um parafuso a menos, ataca Yukari sem mais nem menos e é considerada uma “estranha” e mais ou menos ostracizada até mesmo pelas demais guardas de elite e outros aliados de Yukari. Pode ter uma reviravolta aí? Pode, mas duvido.

E isso explica também os olhos vermelhos da Sayaka, não é? A Yukina, diretora do Renpu, quer desesperadamente ser reconhecida pela Yukari e está “treinando” sua aluna para que passe a fazer parte da guarda de elite. Provavelmente já está aplicando noro nela também. Seu caso, porém, é curioso, já que parece que enquanto lutava sob efeito do noro ela não estava no controle de seu próprio corpo. É como se estivesse sendo comandada por uma força externa. Drogas também servem para explicar esse tipo de comportamento. Mas por que a Yukina, sabendo do uso heterodoxo que Yukari faz do noro, faz tanta questão de continuar próxima a ela? Quer até se aproximar mais, na verdade. Bom, suponho que ela apenas não se importe com a tradição ou com os riscos, só quer saber de poder. Explicação simples e eficaz. Sem criatividade e sem muita graça, mas ela não é um personagem central, então tudo bem.

Mas bom, chegou a hora de entrar no cerne desse artigo: porque eu acho que a Eren foi uma idiota, e tudo o que ela fez não tem sentido. Ela queria levar provas para a Mokusa de que a Yukari estivesse mesmo fazendo experimentos humanos com noro. Por que, mesmo? Se ela não conseguisse achar tais provas, a Mokusa iria fazer uma reunião interna de avaliação, concluir que julgaram mal a Yukari e mandar uma carta de desculpas? Havia o menor risco da organização mudar de planos? Mesmo se, preste atenção, mesmo se a Yukari não drogasse suas guardas de elite com noro, a Mokusa não recuaria. Por que não recuaria? Ora, a Eren mesmo disse isso no episódio anterior: o problema da Mokusa não é só uso de substâncias proibidas. É que a Yukari está rejeitando a tradição das tojis. E tem mais: a própria Yukari é um aradama. Será que ninguém na Mokusa sabe disso? A mãe da Hiyori sabia, a Hiyori sabe, e até a Kanami conseguiu ver. E as duas estão indo para a Mokusa.

O grande plano da Eren

Se não havia qualquer chance da Mokusa mudar de planos, buscar provas a mais foi obviamente um exagero. Mais do que exagero: a Eren e a Kaoru se expuseram e agora são procuradas também. Por causa da imprudência da Mokusa, que enviou os tais Equipamentos S só para testar Hiyori e Kanami, agora a Yukari Origami sabe mais sobre seus inimigos. Tudo para quê? Pra nada! Vá lá, talvez não quisessem apenas provas, mas uma amostra para testar e descobrir do que a Yukari é capaz e o que exatamente ela está fazendo. Se for isso, mordo a minha língua. Por enquanto, a minha avaliação é de que a Mokusa se expôs para nada e ganhando muito pouco. Serviu para quê, no final das contas? Para o anime mostrar para nós, que estamos assistindo, que as guardas de elite estão injetando noro. É isso aí. Até semana que vem!

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