A Mia foi para o Velho Oeste!

Bom dia!

Mia, a amiga mais tímida da Asuka, é fã de faroeste! Aparentemente, não por causa da estética ou dos tiroteios típicos, mas porque gosta de justiça e se identifica com o conceito de justiça dos filmes de faroeste que assiste.

Bom, não vou poder julgá-la porque sei muito pouco sobre o gênero, mas afirmo sem medo de errar que é perfeitamente possível gostar de um gênero em particular por algum detalhe que na verdade é pouco relevante para ele, ou até mesmo gostar sem saber o que ele realmente significa – o que poderia ser descrito como “gostar pelo motivo errado”.

Isso na verdade é bastante comum. Então independente de filmes de bangue-bangue oferecerem ou não (eu não sei) bons modelos de justiça, a Mia enxerga isso neles e é por isso que ela gosta. Ela não precisa estar “certa” para gostar. Ela apenas gosta, e é isso o que importa.

E claro que elas vão para um mundo paralelo que é idêntico ao oeste selvagem. Ou quase: esteticamente é igual, mas tecnologicamente esse mundo parece ser tão avançado quanto o mundo delas, com automóveis e telefones celulares e transmissão ao vivo de duelos mortais em uma arena.

Note que a mãe da Mia não gosta de filmes violentos no mundo original, e mesmo no mundo muito mais violento para o qual elas vão, sua mãe é contra Mia se tornar assistente de xerife. No fundo, ela só estava preocupada com a filha – e provavelmente é esse o caso do mundo original também?

 

É a mãe da Mia

 

Nenhum sinal do pai dela em nenhum dos casos. Será que ele morreu? Será que ele é um pai ausente? Ela se chama Mia Silverstone, possui um sobrenome estrangeiro, talvez seja mestiça. Nesse caso, duas possibilidades:

  1. Seu pai trabalha no exterior.
  2. Seu pai é um soldado americano que teve um caso com sua mãe e a abandonou. Não sei qual a prevalência de casos assim hoje em dia, mas no auge da ocupação americana do Japão era um problema real.

De todo modo, Mia se tornou assistente de xerife. A Mia do outro mundo queria muito isso e fez um discurso comovente que convenceu sua mãe não apenas a permitir, como a apoiá-la – ainda que continue se preocupando.

Deve custar um discurso comovente mesmo para convencer uma mãe a permitir que sua filha única e menor de idade se torne uma agente da lei em um mundo violento.

Os duelos, por exemplo, sequer são por causa de crimes. O crime do outro mundo tem o mesmo tratamento que nesse mundo, é punido e pronto. Os duelos servem para resolver disputas civis.

Isso significa que bater o carro é muito mais perigoso do que roubar um banco.

Qualquer sistema de justiça assim está fundamentalmente errado, e não é justiça o que ele serve. O que ele serve então, ou a quem ele serve? Parece que a juíza que “julga” os casos civis está interessada na popularidade dos duelos.

Eles são em uma arena com arquibancadas e são transmitidos, afinal. Ela ganha com isso? Dinheiro? Para não julgar? Afinal, o “julgamento” é pura sorte: quem acertar um tiro no outro, “ganha” o caso.

Eu tenho certeza que ela é a clutter desse mundo.

E é lógico que as garotas não vão embora sem servir a justiça que esse mundo merece. A Nana agora tem um Walkman (elas chamam por outro nome, mas aquilo é obviamente um Walkman, tem até o logotipo da Sony) para se transformar.

 

É um Sony Walkman

 

Aparentemente, a única diferença do walkman dela para o da Asuka-guerreira é que ele só pode detectar clutters no mundo em que ela se encontra (ou só no mundo original dela, o que o tornaria ainda menos útil), enquanto o walkman da Asuka pode rastrear clutters em outros mundos.

Aliás, a Asuka de outro mundo não foi para o Velho Oeste com o resto das garotas, o que aumenta as chances de que elas resolvam o caso sozinhas. A Nana tem seu walkman, afinal.

Mas aposto que não será ela a derrotar a juíza-clutter, e sim a Mia. A Mia deve conseguir ganhar sua fita cassete da transformação e a usará no walkman da Nana quando ela inevitavelmente for derrotada, seguindo exatamente o mesmo roteiro da luta contra o primeiro clutter.

Ou talvez quem as salve seja a Yuu-misteriosa? Eu já estava com a impressão de que a garota que as estava seguindo e assoprando as frequências dos outros mundos era uma Yuu de outro mundo, mas a confirmação só veio nesse episódio.

Da onde é aquela Yuu? O que ela quer? Qual a relação dela com a Asuka de outro mundo? Ela é amiga ou inimiga no final das contas?

Parece estar agindo deliberadamente para que cada uma delas ganhe um walkman. E a Asuka, vai ganhar um também? Haverá duas Asukas capazes de se transformar? Ou … talvez isso não seja possível? Bom, não deve ser o caso, afinal existe a Yuu do mundo original. A não ser que um destino sinistro a aguarde.

Enfim, não vejo muito propósito em especular sem nenhuma informação ainda. Ela é alguma dessas coisas aí ou nenhuma delas. Provavelmente ela é alguma coisa.

 

É a Yuu

 

Encerrando, esse mundo é bastante diferente do original e do anterior. O mundo da Nana era idêntico ao original, só era uma distopia estilo Koi to Uso, em que adolescentes são obrigados a se casar e tal. Mas esse é bem diferente, e nem preciso explicar por quê, preciso?

Tantos mundos em tão pouco tempo, cada um com suas próprias regras e personagens, está se tornando cansativo. Mas acho que não há o que fazer a respeito já que essa é a proposta de Akanesasu Shoujo, então vamos respirar fundo e apenas aguentar isso até o final.

Nos vemos no próximo episódio!

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