Depois de um episódio cheio de revelações para nós, espectadores do anime e para Yuta, Gridman trouxe um desenvolvimento para lá de doido do começo ao fim. Foi bem interessante ver como algumas coisas foram construídas para chegar nesse ponto, o encontro entre protagonista e vilões e o contraponto disso em algumas atitudes “desagradáveis”, mas entendíveis, de alguns personagens. Enfim, depois desse episódio a ansiedade de ver o próximo para descobrir o que vai acontecer aumentou bastante, assim como a expectativa.

O episódio já começou indo direto ao ponto: Yuta revela aos seus amigos (Utsumi e Rikka) sobre a Akane e seu modo de “governar”. É entendível que ambos achem absurdo tudo aquilo que está sendo contado, mas acho que faltou um pouco de fé em seu companheiro, ou melhor, salvador. Yuta não tem e nunca teve motivos para difamar ou prejudicar de alguma forma a Akane e por isso ele não teria motivos para dizer uma mentira desse tipo. Ok, a informação veio de uma fonte “aleatória” e não existiam provas concretas, mas desacreditar por completo e repetidamente dizer que é um absurdo acabou sendo exagerado. Outro ponto que devemos considerar é que Rikka nem motivos tem para suspeitar de algo, diferente do Utsumi que em dois momentos percebe que tudo aquilo podia fazer sentido, mas até o fim ele esconde isso do resto.

E tocando nesse ponto me faz lembrar o quanto eu não gosto do Utsumi. Ele parece ser o grande entusiasta dessa situação toda, mas fora isso, além de muitas vezes apenas atrapalhar, ele não é verdadeiro e esconde informações que viriam a calhar em certas situações, inclusive nessa em que Yuta teria sido taxado de louco se o Max não fosse uma testemunha. É engraçado pensar que em dois momentos distintos (que eu me lembre) ele poderia contar o que ocorreu (que inclusive não foi nada relevante) e que tal evento poderia ter relação com a “teoria” de Yuta. O bom é que o episódio tratou de mostrar que Yuta estava certo.

Aliás, eu critiquei o Utsumi, mas o Yuta também faz um vacilo atrás do outro. Suponhamos que você é o herói da cidade (e ninguém sabe disso) e encontra um vilão, o que você faz? Então, Yuta corre desse vilão, que é uma criança praticamente, solta uma informação útil para o inimigo e é roubado. Só isso. Apesar de que, pelo amor de Deus, eu já estou cansado de ver o Anti aparecendo e enchendo o saco (e ser surrado, algo que vale a pena no fim das contas). Já parou para pensar que ele nunca faz nada além de apanhar? Chega nas lutas ele só apanha e desaparece, chega perto da Akane e ela simplesmente o trata como lixo.

Mas voltando a situação de Yuta e seus aliados, é interessante pensar como cada um dos protagonistas são imaturos demais. Claro, não estou aqui cobrando maturidade de adolescentes, mas mesmo tendo uma testemunha, eles não conseguiam acreditar no Yuta simplesmente por achar absurdo, e claro, ter algum tipo de conexão com a Akane. Rikka era amiga dela e pode ser que algo aconteceu entre as duas para ocorrer um afastamento, situação diferente do Utsumi, que aparentemente tem algum sentimento amoroso por ela (fora a “personalidade ruim” dele) que o impede de contar o que sabe.

Aquele “herói” mega inteligente que nem conversar com sua possível inimiga consegue

Enfim, vamos “falar” sobre o que realmente importa: Akane e Alexis. Ela entrou no apartamento do Yuta, foi servida e sugeriu uma aliança. Seria o famoso: “se não pode vencer, junte-se a eles”? Mesmo ela sendo uma deusa é estranho acreditar nisso (na verdade eu tenho dúvidas sobre isso) e as reações de ambos durante a conversa foram fora do comum, afinal, a situação em si é anormal. Eu não me recordo de ver um vilão jantando junto do protagonista enquanto falam sobre seus confrontos e certos segredos que não possuem tanta importância. Porém, essa situação destacou alguns pontos que seriam importantes logo mais.

Eu achei incrível que ela ficou decepcionada ao saber que não era amiga do Yuta

A criação de um Kaiju tendo como idealizador o Anti foi algo impactante para Akane. Ela, uma garota mimada, perdeu temporariamente seu posto de criadora/deusa/controladora para apenas ser uma garota frustrada por ter sido trocada. Me pergunto se a surpresa negativa e a indignação irão ter algum efeito nessa história toda ou se serão colocados panos quentes (independente da forma) e tudo vai continuar do mesmo jeito. Fato é que foi um kaiju bem pensado/projetado e com um ódio maior como combustível, o que deveria ter sido um desafio decente, afinal, seria interessante ver a Akane numa situação crítica após perder seu posto.

Me pergunto se o Alexis realmente precisa dela para realizar seus planos (seja lá o que for)

No fim das contas, não sabemos o que significa a Akane ser um humano de verdade (dá pra ter uma ideia, mas nada concreto), a cidade lá no céu é uma incógnita e a verdadeira missão de Yuta e cia acaba sendo um pouco diferente do original. Ou seja, muitas respostas e agora, veremos apenas o desenrolar de tudo isso.

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