Esse episódio até foi bom, mas também decepcionante. E já está ficando redundante comentar que ele teve seus probleminhas. É praticamente deles que a obra vive. É hora de SAO aqui no Anime21!

A luta não foi ruim, foi bem coreografada e animada, mas é sério que foi só aquilo? Cumprimentos e pompas de lado, foram apenas alguns movimentos e bye! Isso me decepcionou bastante, e como eu já esperava, o Kirito não perdeu!

Muito pelo contrário, pois, apesar de ter sido considerado empate, foi o nosso jovem protagonista que conseguiu “tocar” no oponente. No final, ele fez mais que o Volo.

Essa expressão dele ficou animal, hein!

Não bastasse isso, não foi um pouco arbitraria a forma como o conceito de imaginação foi utilizado? Não faria mais sentido dizer que era a experiência? Afinal, criatividade qualquer um pode ter, mas o que ficou claro é que o Volo só era tão poderoso devido às experiências que ele teve antes de entrar na academia.

Além de que, se tudo depende da imaginação, dos sentimentos, do que a pessoa acha de si – ainda que ela não seja nada daquilo –; quanto tempo até termos o primeiro deux ex machina?

A cena do Volo e do Kirito digladiando as experiências – ou criatividades – que os fortalecem foi bem clichê, aquele típico momento em que o antagonista deixa sua motivação transparecer por meio de sua força e o protagonista revida com poder ainda maior.

Tanto é que a espada do Kirito ficou maior que a do Volo depois que ele pensou nos amigos e na Asuna – velho clichê de um battle shounen, né. Eu sei que light novel não segue demografias, mas se seguisse, SAO poderia ficar na prateleira junto a Dragon Ball e “praticamente qualquer outro battle shounen” numa boa.

e algo nele “cresce”…?!

Enfim, não bastasse os dois empatarem depois de mal terem iniciado a luta, a Liena-senpai age como uma boa figurante que não tem muito a acrescentar mesmo, digo, que quer comemorar com seu kouhai e arma uma celebração para o seu adorado Kirito.

Até aí tudo bem, o trecho foi bom para entender porque ela era a segunda mais forte e porque – para atingir o primeiro lugar – ela precisava mudar o jeito que via suas técnicas de espada, mas ela precisava mesmo dizer que o Estilo Aincrad é um tipo de poder do protagonismo?

“O Kirito tem o poder infinito do protagonismo”. Foi o que eu entendi…

Potencial infinito em um mundo cuja força da imaginação pode fazer alguém que antes mandava mal ao usar magia conseguir “reviver” plantas por meio de um processo um pouco mais complexo não vai me fazer pensar em outra coisa senão que é tudo muito conveniente, é tudo um baita foreshadowing para quando o Kirito precisar tirar poder de onde ele não deveria ter.

Como o público irá reagir a isso não posso prever, mas admito que essa ideia não me agrada, pois os conceitos apresentados não são bem trabalhados. Eles não têm parâmetros que delimitem suas possibilidades até um certo ponto.

O mangá de Tokyo Ghoul, que é meu favorito, tinha conceitos com certos limites, mas havia momentos em que esses mesmos limites se tornavam contraditórios, e esse tipo de coisa eu acho um problema.

Não que não possam existir histórias para as quais parâmetros limitantes não valham, mas hey, esse é um mundo com magia como qualquer outro. Na verdade, é um ambiente virtual criado por humanos usando tecnologia avançada.

Que pode ser avançada, mas até para ela deveriam haver certos limites, e se não tem, é porque o roteiro não vai se importar com isso. Ah, mas é SAO, tudo isso faz “sentido”.

Enfim, não querendo ser chato – mas talvez já sendo –, até direito a voz vinda do além o Kirito teve agora. Eu imagino que, ou era a voz da Alice – não me pareceu a mesma, então não deve ser dela –, ou era uma voz do sistema que age tal qual ao braço direito do Rimuru de Slime, mas por vergonha ela só apareceu agora.

Okay, estou sendo sarcástico. Mas é fato que tudo trabalha a favor do Kirito!

Fazem ele chorar para humanizá-lo, mas as atitudes dele muitas vezes não ajudam…

Ele consegue as flores para presentear sua senpai e ela – sem qualquer aprofundamento que podiam ter dado para isso – supera seus receios e vence o grande rival, se formando em primeiro lugar, indo embora da academia sem declarar seu amor pelo kouhai.

Um final mais do que feliz, não é mesmo? É sim, até porque o Kirito e o Eugeo acabam com duas belas e simpáticas garotas como suas kouhais só por terem avançado e se tornado cadeiras, daquelas com furo de roteiro bem no meio, da academia.

Eu esperava que dessem alguma importância a Liena-senpai, mas isso foi só eu vendo a personagem interessante onde não havia nenhuma personagem interessante mesmo. Mas é, isso é o menos importante no momento, pois, como o ciumento Eugeo bem lembra, eles estão chegando mais perto de seu objetivo.

Como imaginei, eles não estavam balançando espadas à toa, mas custava deixar logo claro como eles vão chegar a Alice assim? Não lembro de terem dito que o caminho mais curto para chegar até ela era pela academia. Acho que eles só queriam brincar de espadinha mesmo.

Para finalizar, apesar de todo o meu sarcasmo, eu até que gostei do episódio. Foi divertido de assistir, mas só isso. Sinceramente, eu não acho que a trama está interessante, tem sido a pior temporada de SAO para mim até agora, mas tenho esperança de que ela melhore, afinal, há tempo para isso.

Torço para que, se for para ter tantos probleminhas, ao menos compensem com mais ação e emoção. Isso é o que espero de uma obra mediana como SAO, mas que é sucesso e tem um belo budget. Até mais!

A Alice tem aparecido menos em SAO que o Gon em Hunter x Hunter. Devemos nos preocupar?

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