Doukyonin wa Hiza, Tokidoki, Atama no Ue – ep 5 – Todas as coisas se parecem com os seus donos
Essa frase do nosso querido Chaves é bem própria para o que vimos nesse episódio. Com umas pitadas de desenvolvimento aqui, flashbacks ali e um plot twist básico pra movimentar, Doukyonin wa Hiza nos mostra que quanto mais convivem, mais as personalidades de Haru e Subaru vão parelhando e juntos eles vão crescendo e aprendendo com seus pequenos gestos.
Antes de começar a comentar o que eu quero, eu vou puxar rápido só um detalhe que veio no comecinho do episódio e que calhou com uma coisa que eu comentei no outro artigo. Viram que o nome da Nana tinha algo estranho? Parece que diferente da minha ideia inicial, acabou sendo algo que foi de fato pensado e fizeram piadinha de novo com o lado “lobo” da nossa fofíssima vendedora.
Voltando ao prumo do nosso assunto, esse episódio foi bem “movimentado” para o que a série vem oferecendo até aqui. Subaru mostrou que realmente tem levado a sério a coisa de se transformar e aceitar as pessoas – dentro do limite que ele pode suportar, claro.
Pegando o gancho da sua ideia de que Nana era uma pessoa equilibrada pra se ter um diálogo normal, além de ser uma boa instrutora animal, Subaru decide dar uma oportunidade à moça. Além de dicas sobre como cuidar da Haru, ela ainda conta um pouco sobre sua vida – pra dar aquela desenvolvida boa na amizade que todo mundo tava esperando que começasse a ocorrer com os personagens.
É interessante que assim como Subaru tem um julgamento bem rigoroso sobre as pessoas, Haru também tem os seus parâmetros de avaliação. Os dois têm essa coisa do ver outros humanos como invasores intrometidos tiradores da paz alheia e não mudam, ou pelo menos ainda não completamente, e com Nana não foi diferente, mas pelo menos numa primeira instância dá pra notar que ela passou na avaliação de ambos.
Conversar com Nana e observar a delicadeza com que ela lidava com as coisas fez com que o escritor voltasse a pensar nos seus pais e isso levanta uma questão importante: será que Haru sentia falta da família assim como ele? Afinal em algum momento da sua vida ela teve família e ele tem essa noção.
Além de ser uma gata (o que dificulta bastante a interação), ao longo desse tempo ela não deu demonstrações específicas e acho que mesmo se ela o fizesse, ele seria incapaz de entender qualquer sinal – mas tá aí um bom ponto que pelo menos mostra que ele está cada vez mais atento às pessoas.
Apesar dos vários holofotes a MVP verdadeira do episódio foi a chave da casa de Nana, que quando ficou presa as patas de Haru, abriu as portas pra uma oportunidade única. Haru tempos atrás tinha se perdido, mas a esperança de achar seus irmãos menores não tinha sumido de seu coração, olha a surpresa quando um dos gatos da Nana é um dos pequenos!
Subaru pela falta de tato com outros seres vivos não entende como Nana se comunica tão facilmente com o gatinho, e nem o amor que está oculto nos gestos de Haru para com seu recém achado irmãozinho. Haru, por sua vez, também não entende o elo que existe entre os animais e os humanos como vê acontecer ali, logo também não compreendendo Subaru e seus pequenos apelos.
Aí entra mais uma vez o que eu comentei no comecinho: “as coisas se parecem com os seus donos”. Nana é uma pessoa compreensiva e amorosa, uma pessoa assim só tenderia a ser um bom espelho para o seu bichinho que ainda era uma criança, logo se moldando ao que ela lhe ensinava.
Hachi como o bom pet que é ensina a sua irmã a lógica das relações bicho x humano e isso desperta Haru pra subir mais um grau na sua relação com Subaru – e ao mesmo tempo evidenciando a similaridade na ignorância de ambos pra entender o próximo e como chegar um no outro da forma correta.
A cena em que Subaru chama Haru pelo nome e ela passa a entender o significado real daquela curta palavra, que não é comida, tem uma função de mostrar que ele aprende rápido quando põe a cabeça pra funcionar um pouquinho e se empenha em tentar. É uma parte que tem toda uma carga que só fortalece o que vem sendo trabalhado de forma coesa e constante na “reconstrução” da personalidade dos dois.
Outra coisa que o anime tem feito e que eu acho bem interessante é essa coisa de Subaru enxergar nas pequenas ações das pessoas um reflexo dos esforços de sua mãe. Por mais que amasse a mãe, ele não conseguia enxergar o cuidado dela com os olhos certos já que sua má vontade não deixava. Já agora quando para pra analisar por esses gestos alheios ele consegue enxergar aquilo que perdeu e que era tão simples de aceitar, e isso é o que vai conferindo a humanidade e o desejo de mudança constante a ele.
Mesmo com muita coisa legal acontecendo, minha única pulga na orelha nesse episódio foi o carinha que apareceu no final. Quem é aquele sujeito? Espero que não seja um namorado ou ex – porque vai acabar com a magia do ship de todo mundo, pelo amor de Deus.
Estou confiante que é um primo chato ou então irmão siscon, que parece bem revoltado por sinal. Se for, acho que pode ser uma boa adição até pro lado cômico da história, pra ficar tipo o irmão idol da Teruhashi (Saiki Kusuo) ou aquela imouto possessiva de Tsurezure Children – eu adorava os chiliques daquela pirralha e o cinismo de Minagawa; seria divertido ter um revival daquelas reações aqui.
Enfim, os gatinhos são uns amores e ainda tem os novos que parecem bem doidões pra variar um pouco todas essas fofuras – um é o outro gato da Nana que chegou rápido nos acréscimos do segundo tempo e o outro apareceu no preview do próximo, estou ansioso pra conhecer essa peça.
Mais um bom episódio e eu mais feliz com esse anime a cada quarta-feira, minha dose de alegria certa. Até o próximo artigo!