Kono Yo no Hate de Koi wo Utau Shoujo YU-NO – cujo nome internacional e YU-NO: A girl who chants love at the bound of this world, YU-NO é só para os “íntimos” – é orginalmente uma visual novel que, não tão surpreendentemente, teve adaptação para hentai há cerca de 20 anos atrás, e um mangá de apenas 2 volumes mais recente.

O anime terá dois cours, cerca de 26 episódios, e o diretor prometeu adaptar todas as rotas do jogo, além de evidenciar certas características dos personagens. E foi isso o que pôde ser visto nessa estreia? Além disso, do que YU-NO trata mesmo?

Não se preocupe, o anime é para um público mais novo e sua trama bagunçada por mundos paralelos e cheia de belas mulheres mostrou suas cores. Indico que veja YU-NO no mundo em que nós estamos? Leia e terá sua resposta!

Eu sei que começar o anime com um fanservice gratuito deixou uma impressão inicial estranha, para não dizer péssima, mas se lembrarmos que o original se trata de um eroge – jogo com cenas de sexo explícito – não é estranho que uma calcinha ou uma pele mais a amostra apareça vez ou outra, nem que o protagonista tenha uma certa malícia no jeito de falar com as mulheres ao seu redor.

Como começamos os trabalhos? Em branco…?

O “teor” erótico estará presente nessa adaptação, mas duvido que acabe em sexo, ou melhor, eu duvido que o sexo desempenhe o mesmo papel que deve ter tido no jogo. Dessa forma, até pelo fato do Takuya não ter um harém de fato, devo ser mais compreensivo com esses detalhes e focar no que “importa”.

O pai de Arima morreu fazendo seu trabalho como historiador e agora ele mora com a madrasta em uma casa enorme que está sempre vazia devido ao trabalho dela, uma premissa de trama dramática, não? Sim, mas não por isso já que o jovem é tudo menos alguém que lamenta a própria sorte.

Nesse primeiro episódio ficou evidente a intenção de ir apresentando uma por uma as garotas e mulheres, tendo no máximo uma clara abertura para desenrolar amoroso em cada lado, que conviverão com o colegial e isso até que foi bem-feito.

O diretor prometeu que ela saria ainda mais tsundere. Ai, ai, ai, ai, ai…

Eu posso achar a roupa da professora um tanto extravagante, e ter achado um pouco demais ver uma mulher mais velha incitando a lascividade no rapaz, mas, isso serviu para que o público fosse avisado qual é a relação dele com elas e se ainda não existe uma – o caso da repórter – como ela se dará.

Cada uma têm uma rota no jogo, isso é certeza, e é o elemento sobrenatural que ligará e, certamente, bagunçara todas essas histórias. Caso contrário seria apenas um slice of life, uma comédia, um romance ou um drama.

Aliás, a série mostrou que pode ter todos esses elementos em sua trama, mas ainda é cedo para indicar qual caminho irá seguir. Por premissa e estreia eu aposto que será um drama sci-fi com uma boa dose de romance e um tanto de comédia,

Enfim, a misteriosa morte do pai – certeza que não há corpo – já dava sinais de que havia algo ali e a condição adversa da construção – como se o tempo estivesse rejeitando – foram suficientes para dar certo contexto ao que ocorre enquanto isso: o recebimento do dispositivo e o trabalho do pai morto.

O garoto não entender o que significava e guardar segredo do colega do pai foi compreensível. Tudo ocorreu muito rápido também, mas o que me incomodou foi o pesquisador ter sacado e apontado a arma para pegar o objeto.

Precisava mesmo disso tudo? Se sim, por quê? Por que as intenções deles para o uso do dispositivo divergem? Ryuzoji será um vilão? E por que o pai confiou o objeto e o texto ao filho? Para que ele encontre os pais nesse mundo paralelo? Mexer nisso é mesmo uma boa ideia?

Em sexto lugar na lista de heroínas temos essa bela madrasta aqui!

O Ryuzoji fala que o pai do garoto percebeu quando a esposa deu à luz, então isso é algo que vem de muito antes desse momento, e há uma boa dose de mistério no desenvolvimento apresentado nesse início.

Quem é YU-NO? Uma elfa de um mundo paralelo? Por que se materializou por um momento e beijou o protagonista? Porque ele é o protagonista.

Okay, mas tirando a praticamente certeza de que os raios têm a ver com ela, são parte dela ou algo assim, qual exatamente é o mundo no qual os pais, ou só o pai mesmo, estão?

Aliás, o final do episódio em que o Ryuzoji e a Ayumi não lembram do que ocorreu na costa deixou claro que aquele era um mundo paralelo, mas sem muitas diferenças se nós o compararmos ao anterior.

You Know uma garota que entoa o amor no limite desse mundo?

Então, ele deverá usar o dispositivo para chegar em um mundo paralelo com diferenças ainda mais significativas no qual o pai se encontra? Como as mulheres entram nisso?

O sistema de rotas é uma das coisas mais comuns em visuais novels, principalmente eroges, então eu aposto que ele terá que resolver um problema de cada uma daquelas personagens e com isso deverá conseguir o resto das pedras para pô-las no dispositivo, mas o que acontecerá em seguida eu não sei.

Talvez o caminho para o mundo no qual pelo menos o pai se encontra finalmente será aberto? Aliás, não é sacanagem ele ter se casado, mas ter ido atrás da mulher que “faleceu”? Como a Ayumi vai se sentir sobre isso caso seja isso mesmo?

Não faço ideia da explicação científica que podem (sequer vão?) dar para isso.

Enfim, muitas perguntas, poucas respostas, muitos mistérios e apenas uma certeza, YU-NO é a chave para todos os mistérios. Não só ela, Quem é Kanna Hatano e o quanto ela sabe? Sua aparição ao longe na hora da mudança de mundo, e o seu jeitinho misterioso mesmo, já davam todos os indícios de que ela vai ser relevante para “abrir” o que tem de encoberto em toda essa história ao menos nesse começo.

Deixando a ficção científica – ou pseudo, já que não é como se tivessem tentando explicar nada de uma forma que fizesse o mínimo sentido – o enredo foi de um provável romcom com ecchi a um mistério que pode ser sim interessante. Mas quanto a esse talento do protagonista no que tece as suas relações interpessoais com garotas? O que isso nos diz?

“Oi, eu sou misteriosa, não se aproxime. Até mais.”

A Shimazu e a Mitsuki demonstraram algum interesse no garoto, ainda que de formas bem adversas. A primeira é uma tsundere que quanto mais é ríspida com uma pessoa, mais é porque tem interesse nela. A segunda entra no estereótipo de “onee-san” sensual que parecia apenas estar atiçando, mas duvido que tenha ficado só nisso no jogo.

Há margem para um desenvolvimento amoroso mais sério no anime? Sim, só duvido que seja com elas. Todas as seis terão suas rotas e, tirando a madrasta, ou quem sabe até na dela, todas terão uma paquerinha com o protagonista. Isso não deve dar em nada, porque o “par romântico” dele deve ser a YU-NO. Pelo menos é o clichê mais frequente em histórias que usam esse tipo de estrutura.

Quanto as personalidades, gostei de todos os personagens – até do amigo que não se tocou que seu crush gosta é do chefe –, mas ainda acho cedo para me apegar – ou me importar de verdade – com qualquer um deles.

Dou risada de cada idiotice.

O clichê da estudante transferida misteriosa e da tsundere que quer se aproximar com a desculpa de ter outro interesse são tão manjados que não me animam muito, então espero um pouco mais da relação dele com as mulheres mais velhas, e dele em si já que se mostrou um protagonista simpático, extrovertido e com bom senso de humor.

Se vai ficar só nessa “primeira camada” e, na verdade, muito dizer e nada fazer, veremos; o importante é que há potencial em YU-NO para ser mais que seu companheiro de casa – ambos do estúdio feel – Island foi – até porque serão dois cours, há tempo para desenvolvimento. Mundos paralelos, belas mulheres e um mistério que une os dois elementos. Como Takuya Arima lidará com isso e achará seu happy end?

E aí moleque, está preparado para seis meses de muita emoção?

  1. Esperava que a estreia deste anime fosse ser fraca, coisa que não foi.
    A história tem o mínimo para agradar quem goste um pouco de sci-fi (ou muito, como é meu caso), e os pequenos dramas que podem surgir, se forem bem trabalhados, podem ser interessantes.
    Este primeiro episódio de Yu No, se tivesse que o descrever, fez uma boa introdução do protagonista, a algumas das personagens que o vão acompanhar. O que me gerou grande interesse no episódio, foi a parte do dispositivo deixado pelo pai do protagonista, pensar que o mesmo permite voltar no tempo e contactar mundos paralelos, dá uma infinidade de possibilidades para a história.
    Tenho que elogiar a parte técnica e a dublagem, o design das personagens é bom e a dublagem, tirando uma excepção ou outra é bem competente.
    Graças ao redactor deste artigo, ter avisado com antecedência que este anime poderia ter uns momentos de fanservice, depois desse aviso vi o episódio com a mente mais calma. Pensava que o fanservice ia ser pior, tirando a sensei vestida como uma mulher vulgar o resto deu para tolerar. Como nem tudo é crítica, as personagens femininas deste episódio são bem bonitas.
    As personagens ainda não dá para dizer nada, o protagonista é expressivo demais, e tem momentos em que a sua língua afiada diz besteira, mas nem tudo é mau, ele parece ter um pouco de coragem.
    As personagens femininas neste anime são mais que muitas, sendo que até o momento a presidente do clube de história não é uma tsundere chata e mimada, é bastante simpática e sabe conversar normalmente. A Hatano, a garota misteriosa também parece ser uma personagem bem interessante.
    Agora é fazer a regra dos 3 episódios, para saber se vale ou não a pena acompanhar este anime nos próximos meses.
    Excelente artigo de primeiras impressões Kakeru17.

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