Hello pessoal, como estão? Espero que estejam bem.

É a Bruna do lado de cá, e hoje estou trazendo mais um mangá do gênero horror. Como eu havia mencionado lá no artigo American Ghost Jack, esse mês vou tentar trazer narrativas com esta pegada, então não fiquem confusos por me verem com histórias de temática terror.

Hoje comentarei a respeito da obra de Ito Junji, Tomie. Eu comecei a ler este mangá por causa de um amigo, como ele percebeu que a pessoa aqui estava na vibe Halloween-não-Halloween acabou me indicando as produções deste autor. Para ser sincera, eu fiquei um pouco confusa com a história em si, estranhei o traço a princípio e depois comecei a gostar.

O mangá é um compilado de narrativas sobre a Tomie em diferentes contextos: algumas pessoas a amam enquanto outras a odeiam, alguns tentam mantê-la viva e outros matá-la. Porém isto não faz muita diferença por ela sempre voltar para vê-los no final de cada história. A garota é bonita e misteriosa, mas este fato esconde ou dá um certo charme para o monstro que realmente é; independentemente do tamanho do envolvimento de uma pessoa com a moça, não irá conseguir se livrar dela. Não há forma alguma de fazer isso e você enlouquece no final.

Com um traço muito característico, a narrativa não põe medo no leitor, mas faz criar expectativas de quem é o próximo a morrer ou quando ela vai parar. Na verdade, particularmente, eu não queria que ela parasse de matar as pessoas e enlouquecê-las, é muito legal observar como as relações vão sendo formadas e como Tomie controla tudo, por isso digo que vale a pensa conferir essa coletânea de histórias.

O plot de Ito Junji não é a coisa mais incrível do mundo, porém é algo bom o suficiente para te prender, principalmente nas cenas onde não há diálogos e apenas uma sequência de imagens da Tomie atraindo ou matando alguém. Quando as pessoas cortam a cabeça dela e, ela própria, fica falando sobre “tirar esse tumor” de si, é o tipo de coisa que faz o leitor se encher de expectativas. Acredito que isto aconteça por conta da áurea sombria (obviamente) entre um quadrinho e outro.

Esta narrativa é bem gostosa de ler por mudar a cada capítulo o contexto em que a Tomie está inserida. Você não consegue parar de tentar descobrir quem é o próximo a interagir com ela, tampouco deixar de desejar saber mais sobre a mulher.

As histórias não dão medo, então não vá ler com esta intenção. Para ler Tomie você precisa largar alguns sensos estéticos (se você tiver, é claro) e não ligar para algumas coisas que aparecem, elas são bem bizarras, mas em terra de mangá tudo é liberado. 

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