“O fato de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais.”

1 Litre No Namida é baseado na história real da jovem Aya Kito. O comovente enredo gerou uma adaptação tanto para filme quanto para um Dorama, e graças ao trabalho de Kita Konna, houve a criação de um mangá. Tudo isso foi colocado em prática através do grande trabalho da própria Aya. A brusca mudança na sua vida foi escrita num diário – sugerido por sua mãe – pegou em cheio os japoneses, onde mais litros de lágrimas foram derramados.

Aya era uma garota simples, ela morava com os pais e seus 3 irmãos. Era uma família muito unida, não havia problemas entre eles, todos se amavam. A moça também era muito dedicada aos estudos, logo se mudaria para uma nova escola para dar mais um passo na carreira escolar. Sua vida estava indo tranquila, exceto pelas quedas e sintomas de pressão baixa.

A mãe resolve levá-la ao médico e acaba descobrindo que a filha apresenta Degeneração Espinocerebelar. Logo, Aya iria perder os movimentos gradativamente e então chegará num tempo em que ela não poderá andar, falar ou comer. Ela começa a ter problemas com isso, já estava caminhando mal, mas o pior não era isso, seu psicológico já estava se destruindo.

Podemos perceber que Aya é muito carismática, ela demonstra grande empatia em toda a história. Seus “obrigados” sempre mostram grande sinceridade. É normal a personagem sempre mostrar sua tristeza profunda. Sua indagação pelo motivo da sua doença, a angústia por não poder participar ou ajudar nos movimentos da escola, a batalha da família para tentar lhe ajudar, uma lágrima sempre escorria.

Mesmo que a parte física de Aya estivesse se comprometendo cada vez mais, o psicológico é a coisa que mais sofre uma mudança de estado. Ela sofre com a opinião dos outros, sempre zombavam dela pela forma de andar, as meninas ficavam com inveja dela por não poderem ficar sem fazer as  atividades físicas da escola, mas elas não sabiam o quão era difícil o modo como a garota estava vivendo e sofrendo com tudo isso.

Em sua nova escola, as coisas mudam um pouco. Ela acaba conhecendo grandes pessoas, estas que sempre estão à disposição para auxiliar. Aya estava se sentido melhor, mas não sabia agradecer. No entanto, as amigas começaram a se interessar pelos livros que a jovem lia, e isso despertou a vontade de ler entre elas. Se percebe que a protagonista não estava só sendo ajudada, mas de alguma forma ela ajudava quem estava ao seu redor.

São modos simples, mas que de nenhuma forma esquecia sua dor e os seus problemas. É muito difícil viver numa sociedade com pensamentos fúteis, e isso incomodava Aya. Já não bastava o seu problema para destruir seus pensamentos, a garota ainda precisava aguentar os pequenos modos e falas dos indivíduos que de uma hora ou outra apareciam.

Diferente das pessoas que já nasceram deficientes, Aya tinha as lembranças de quando ainda não possuía tal problema, seus pensamentos já estavam tomados com o desejo de se tornar “normal” novamente. Com a recomendação da escola de transferi-la para uma escola com deficientes, ela começa a presenciar mais ainda a ideia de ser um peso para os seus colegas.

Era uma decisão que só Aya poderia tomar, será mesmo que ela é um grande peso para os outros? Será que se comportam assim por pena? Toda a experiência que ela passa revela que não, o peso que todos têm é a responsabilidade. A empatia é o maior presente que todos dão, seus colegas realmente se sentem preocupados.

1 Litre No Namida é um comovente enredo, mais do que ser uma história real, a protagonista nos faz buscar a perseverança, a simples vontade de viver é uma grande experiência. Por mais que tenhamos obstáculos, a vida nos dá infinitas possibilidades de buscar caminhos neste trilho sem fim, mesmo que não esteja diante de nossos olhos, precisamos dar significado à nós e ao nosso redor como fator de embarque para o grande trem.

Lembrando que tanto o mangá, quanto o livro que o inspirou, foram lançados no Brasil pela editora New Pop.

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