Bungou Stray Dogs 3 – ep 6 – Órfãos
O episódio desta semana de Bungou Stray Dogs não avançou na trama principal, envolvendo a busca pelo Fyodor, mas ainda foi bem legal. Ele explorou o passado de Atsushi e Kyouka, mostrando outro ponto de vista de momentos trágicos de suas infâncias.
Tudo começou de forma bem humorada, com a relação de Kyouka e seu Demônio da Neve. É bem legal ver o quanto ela está controlando bem sua habilidade, principalmente se pensarmos em como era usada na primeira temporada. Outro ponto que também sempre chamou atenção é o fato dela usar uma habilidade que foi responsável pela morte dos seus pais. E foi justamente esse ponto que a primeira parte do episódio tocou.
Após receberem um envelope misterioso que os levou até um barco e, consequentemente, até um relatório com a frase: “Presente pelo emprego”, Kyouka descobriu a verdade sobre o dia em que seus pais morreram: há três anos, uma pessoa com a habilidade de controlar as pessoas pelo sangue invadiu a casa dela e atacou seus pais. Com isso, a única forma de Kyouka sair viva era se o Demônio da Neve a protegesse, matando-os. Também foi interessante descobrir que o pai de Kyouka era um espião e sua mãe a usuária do Demônio da Neve. Este ato foi resumido muito bem por Lucy:
Isso me faz lembrar um pouco de Naruto, já que Kushina era a usuária da Kyuubi antes de nosso protagonista, e seus pais fizeram um sacrifício para manter o filho vivo. Outra coisa que também me chamou atenção nessa história é a habilidade de controlar as pessoas. Será que ela sumiu desde aquele dia ou seu usuário ainda está por aí? O assassino que tentou matar os pais de Kyouka pode ser só um subordinado de alguém mais poderoso que pode estar à solta.
Outra relação que ganhou atenção nessa primeira parte foi entre Atsushi e Lucy. Desde que ela apareceu nessa temporada, já sabíamos que ganharia certo destaque, e até está trabalhando com os mocinhos como previsto. Também foi uma ótima forma de trazer situações mais leves e descontraídas com o possível romance entre os dois. O ápice foi a cena em que ela tenta secar a roupa e, obviamente, dá errado. Aquilo foi típico de uma comédia romântica.
Já na segunda metade do episódio, as coisas começaram a ficar mais dramáticas, desta vez mostrando o passado de Atsushi de outro ponto de vista: a pessoa que o maltratou durante anos no orfanato na verdade fez aquilo para torná-lo forte hoje, como destacou Dazai. Inclusive, foi bem legal sua participação neste episódio, principalmente na última cena. Apesar de curta, tem uma força dramática incrível.
Como falei no início do artigo, o episódio avançou na trama? Não. Mas isso não reduziu sua qualidade. Em relação à história da Kyouka, foi legal finalmente entender direito seu passado, pois sempre foi tratado de forma nebulosa. Já a tragédia de Atsushi pode ser considerada um estímulo pra mostrar de onde vem a sua força de vontade para ajudar os outros, pois ele entende o sofrimento que passaram.
lucas guimaraesda rocha
Como o Dazai preenche as cenas é incrível, outro personagem magnético assim é a Kyouko de Sangatsu no lion.