Diamond no Ace: Act II – ep 10 – Tudo o que vai, volta
Após Sawamura receber um banho de água fria do Okumura no episódio anterior, vem o Miyuki com o seu choque de realidade para fazer com que Eijun percebesse que ele fez igualzinho no passado. O protagonista, muitas vezes, nem percebe que está sendo mal educado e boca suja, então precisou que alguém que o conhecesse mais que ninguém para fazê-lo entender a sua situação.
Como receptor, é dever do Miyuki conhecer o seu arremessador, seja quem for. Até mesmo quando troca de jogador, é essencial que se abra com quem vai ser seu par na bateria. Depois de tanto tempo vendo as besteiras que Sawamura arrumou, logicamente que ele usaria desse artifício para que Eijun se pusesse no lugar do Okumura.
Para falar a verdade, Asada entende perfeitamente a situação em que se encontra e aquele discurso do Sawamura só piorou a situação para ele. De qualquer forma, o novo arremessador iria participar do treino depois de comer, então Eijun não precisava ficar como motivador. Não é à toa que Okumura entendeu tudo errado e se achou no direito de dizer coisas duras ao veterano.
Como Sawamura se esquenta muito fácil, foi logo contar para o Miyuki o que aconteceu (logo, não, teve que fazer escândalo com o Kanemaru para expor parte da sua raiva) e não deu outra: o receptor teve que dizer na lata as coisas que Eijun já fez/falou para um dos veteranos.
Logo no primeiro episódio, Sawamura ofendeu um rebatedor chamado Azuma. Claro que todos iam lembrar dele, não apenas pelo fato de ter mostrado nos flashbacks, mas também pelo seu corpo acima do peso. O desbocado do Eijun usou isso como chacota e deixou o rebatedor, que já era esquentado, mais raivoso ainda. E o Azuma era o quê? Veterano.
Alguns episódios depois, veio o Chris – um dos melhores personagens, por sinal -, que no início era frio e descontente com a vida, principalmente porque tinha perdido toda a sua motivação, e Sawamura teve que receber os treinamentos de arremesso com ele, pois Furuya já estava no time principal e fazia bateria com o Miyuki. Eijun sofreu nas mãos de Chris, pois pensava que todos os exercícios dele eram uma perda de tempo, e estava falando o que dava na cabeça sobre o seu veterano, até que Miyuki o encarou de frente.
Um tempo depois, Sawamura passou a respeitar Chris e os olhos deste até voltaram a se encher de vida após alguns jogos, mas até chegar nesse nível, Eijun não cansava de reclamar do veterano. Então, posso descrever essa situação como “tudo o que vai, volta”. Ele nunca estará livre de reclamações dos novatos e muito menos vai concordar com as críticas voltadas a ele – embora o Okumura tenha exagerado -, porém o que Sawamura já viveu com os seus veteranos voltou à tona desta vez, e acabou entendendo o que pode ter feito de errado.
O que teve de diferente neste episódio foi: o jogo de estreia do Musashi, em que ele acabou se destacando mais pela maneira chamativa em que rebatia as bolas (acho que foi muito desengonçado, acontece, eu acho), e o final do jogo Teitou contra Ugumori, no qual o primeiro citado venceu e foi para as semifinais, e isso me deixou muito triste porque já não basta tudo ser estático agora, mas também vai ser chato.
Teitou vai jogar contra Inashiro, o que pode não vir a ser um jogo fácil, porém não deverá ser tão complicado para o time do Mei, que vem evoluindo cada vez mais a cada entrada dos jogos.
Termos de beisebol citados no episódio:
Changeup: é um dos arremessos mais lentos do beisebol, porém ele engana bastante, já que alguns jogadores costumam rebater antes mesmo dele chegar perto, pois cria um efeito para confundi-lo.
Forkball (arremesso em garfo): bola de efeito que é arremessada da mesma forma que a bola rápida, porém, na hora de soltá-la, o pulso é voltado para baixo. Além disso, quando se permite que a bola gire no dedo médio ou no dedão, pode ter um movimento adicional.
Jogada de Hit and Run: é uma expressão utilizada para uma jogada arriscada no beisebol, que compreende o jogador que está na primeira ou na segunda base, que corre para alcançar a próxima base antes que a bola seja arremessada ao rebatedor. Isso é para forçar o ocupante da próxima base a correr para a seguinte.
Screwball: bola de efeito que é arremessada do lado contrário de uma bola curva, ou até de um slider. Dependendo do ângulo do braço do arremessador, pode haver uma leve queda.
Slider: bola com muita rotação lateral. Assim, o arremesso corre em direção oposta do arremessador e com menor velocidade, confundindo o rebatedor, que acaba ganhando um strike.
Two Seam (duas costuras): o arremessador precisa colocar os dedos em duas costuras. Assim, a bola pende mais para o lado da mão do arremesso e ela perde um pouco a sua altura.
Muito obrigada por ler o artigo até aqui, e nos vemos no próximo! o/