Esse episódio até que foi legal, mas teve algumas coisas que me incomodaram e tentaram dramatizar uma morte que será revertida facilmente no seguinte, ao menos segundo o ponto de vista do Takuya – que é o que nós telespectadores acompanhamos.

A abordagem “equivocada” de certos elementos, importantes para alavancar a qualidade da trama, tem minado o potencial do anime, mas, ainda com isso, a trama está interessante – mesmo que mediana como o Takuya. É hora de YU-NO no Anime21!

Que alguma hora ele revelaria a alguém que ele tem um dispositivo que salta entre mundos paralelos já era de se esperar, felizmente ele fez isso em um momento que fazia sentido e revelou para alguém digno de confiança.

Até aí tudo certo. Sobre o sonho, ele certamente não foi só sonho, a mãe dele foi até a cachoeira de alguma forma, ou foi até dentro da mente do filho mesmo, e guiou indiretamente, deve ter recebido uma dica do pai que conhece melhor o garoto, suas ações. Como ela fez isso ponho na conta de que ela vive em um mundo paralelo e em uma civilização que parece tecnologicamente à frente da do filho.

Entretanto, minhas suposições não param aí! Como ela sabe que ele ama a Mio? O pai que contou? Ou ela estava observando a conversa dos dois e pulou para essa conclusão? Tenho a suspeita do seguinte, a mãe que apareceu no sonho dele nada mais era que uma reação da mente do Takuya ao entrar em contato com aquele lugar naquela situação, algo como ocorre com o pai dele na correção do caos.

E pode ser uma soma dos dois, a ocorrência do fenômeno faz o contato consciente entre pessoas em dimensões diferentes ser possível. A segunda suposição justificaria a veracidade da primeira ou a primeira se dá por outro meio? Ou a segunda que está certa? Não sei, mas é por aí que a linha de raciocínio faz mais sentido.

É só impressão minha ou as zoeiras dele tão ficando cada vez mais idiotas?

Enfim, a Hatano aparece e se ela deixa claro que sabe demais e não quer explicar o motivo, ao menos ajuda o Takuya e a Mio, assim como os trabalhadores da obra, fazendo o mínimo que eu espero de uma personagem que faz o papel de “princesa aprisionada”; é o que a trama dá a entender que ela é.

Não duvido nada que o próximo arco seja o dela, afinal, a Mio é a bola da vez, a madrasta já foi, a repórter e a Mitsuki já apareceram muito nos últimos episódios e a YU-NO deve ficar só para o final. Se não inventarem um arco com a professora, só sobre ela mesmo; e saber mais dela deve complementar o que foi revelado até então na trama.

Fiu Fiu!

Voltando ao Rei Arthur, o Takuya, a Excalibur de araque só serviu mesmo para abrir a passagem, pois nada poderia fazer contra uma pessoa armada e, tirando não terem explicado como ela chegou ali, o papel da Mitsuki como um fantoche do Ryuzoji nem foi ruim ou mal executado, já o que se sucedeu sim.

Ela se matar entendo, a pedra gigante cair em cima dela foi bobo, forçado, muito desnecessário. E não reclamo da reação dos dois – não era para ser emotiva demais, mas engulo o Takuya mais engolir em seco que ficar chocado e a Mio chorar, pois nunca tinha passado por algo do tipo.

As revelações sobre o dispositivo gigante e o fato da saída do Monte parar na casa do Ryuzoji meio que só transcrevem o mostrado na tapeçaria, mas não é como se eu tivesse suposto que seria exatamente assim antes, então são informações que encaixaram mais coisas e são algo que o Takuya explorará no mundo para o qual voltou.

Os mistérios que ficam são a verdadeira natureza do Ryuzoji, quem está dentro de seu corpo, e o papel da Hatano nisso tudo. Não é possível que o garoto ignore isso, né.

Além disso, o problema em torno da Mio será resolvido de uma forma bem mais prática, é o que o caso da Ayumi nos leva a pensar, e apesar de ser o esperado acho uma pena, pois o Takuya e a garota não devem se aproximar tanto como fizeram na rota que em teoria é a dela.

Talvez até esqueçam de explicar melhor a relação dele com a Mitsuki. Eu acharia uma pena, já que desfazer esse muito provável mal-entendido ajudaria a aproximar os dois e aí veríamos o protagonista ser mais transparente quanto ao que ele sente. Até agora ele amar a Mio é mais dito por outros do que mostrado por ele, mas já que nunca negou, algum sentimento deve ter pela garota.

Quando você vai falar, mas tá sem moral no rolê.

Como último adendo, o Takuya caiu de uma grande altura e foi parar em um lago, daí os adolescentes apaixonados, ele e a Mio, descobrem um caminho e acabam indo parar no dispositivo e lá descobrem uma passagem para outro lugar que dá na casa do Ryuzoji.

Não há um probleminha de geografia aí não, além de parecer extremamente conveniente a saída que arranjaram? Alguma coisa não bate, mas não bate por muito. Espero que o fato do local ser uma interseção entre dois mundos seja o suficiente para explicar essa geografia que não faz sentido algum já que dão a entender que o pilar que produz raios, mais um sistema de defesa natural que qualquer outra coisa, está no topo do monte.

Por fim, a correção do caos me parece bem conveniente, né? Ela sempre age quando apenas volta para o save point não parece o suficiente para resolver o problema, mas por ser uma correção de algo que parece pré-determinado a ser de uma forma – ou de um número de formas limitado –, é até compreensível que só aconteça quando o Takuya foi muito além em mexer com a “estrutura” do mundo paralelo no qual aportou.

Quem precisa de dispositivo quando se tem a correção do caos, né?

Porque o pai do garoto dá a entender que ele deve fazer pequenos ajustes e apenas isso, a fim de fazer com que o mundo continue próspero – ao menos sob o ponto de vista dele –, mas a gente sabe que em alguma hora a coisa vai desandar e uma mudança radical deve acontecer.

Takuya vai parar no mundo alternativo das loiras de orelhas pontiagudas – o formato das orelhas da mãe dele foi escondido pelo cabelo de propósito, será? –, e lá terminar seu trabalho como garoto de recados do pai ou vai acontecer algo tão “grande” quanto?

A única certeza que tenho é de que o anime deve ter um happy end e que a fofa da Mio merece um final feliz. O resto não ligo muito como vai acabar porque YU-NO nem é ruim, mas não me cativou tanto pelos personagens ou enredo; tirando a Mio, mas ela mesma está aquém do que poderia ser uma das principais heroínas desse tipo de obra.

Mesmo sem Excalibur o Takuya salvará o dia? É o que nós veremos!

Até o próximo episódio!

Ih ala, o moleque quer ser o Rei Arthur.

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