Uma viagem é uma oportunidade perfeita para fazer várias descobertas, que vão desde conhecer uma determinada localidade até conhecer mais sobre sua cultura.

A empolgação de Latina por cada novidade que descobre é contagiante. Já o experiente aventureiro Dale não se surpreende tanto com os locais que visita. Cada vilarejo ou cidade que ele visita é só mais uma no meio de tantas que o mesmo já visitou.

Essa viagem poderia ser apenas mais uma em sua vida, mas o que torna essa viagem especial é a presença da pequena Latina.

A curiosidade infantil e a sensação de conhecer algo novo é um charme que Latina possui e que deixa a viagem mais interessante.

O fascínio da menina quando vê o desabrochar das flores de cerejeira é uma cena fofa. Por mais bonito que esse espetáculo natural seja, isso não causa a mesma comoção em Dale, que já deve ter visto várias e várias vezes. Acho que é a primeira vez que ela contempla esse fenômeno. A cena em si é bonita e reforça ainda mais o comportamento fofo da menina.

No geral, é um episódio tranquilo e que segue o tom que se espera dessa obra. As paisagens dos locais visitados são bonitas e dar vontade de embarcar nessa viagem junto com os personagens. Como eles estão numa viagem que não é curta, existe uma sensação de aventura, o que deixa anime mais divertido.

Essa viagem é uma oportunidade boa para ver o aventureiro e a garotinha interagirem bastante, o que é algo tão ( ou mais) positivo quanto os momentos em que eles estão distantes um do outro.

O encontro ocasional entre os personagens principais com uma pessoa da mesma raça de Latina foi o ponto chave do episódio. Tanto eles como nós, público, ficamos a saber mais informações a respeito dos meio-demônios e dos reis demônios. Para Latina é importante que ela saiba mais sobre si própria, pois se trata de uma questão de identidade, e o Dale sabe da importância disso, tão tal que conseguiu ter contato com uma mulher da mesma raça da menina.

Vale ressaltar um momento curioso no qual Latina diz a respeito de algo que surpreendeu tanto a cantora meio-demônio, quanto o Dale. Pela reação da mulher, Latina sabe de algo que nem todo mundo sabe, especialmente os meio-demônios mais jovens. Será que isso tem alguma ligação com o mistério sobre sua expulsão de um vilarejo no habitavam pessoas de sua raça e, consequentemente, com o chifre quebrado?

Não sei se a Latina compreendeu o tamanho do amor de seu pai para com ela, mas, creio eu, que para o público é nítido o quanto especial ela era. Se Latina já era especial para Rag só pelo fato de ser sua filha, o amor e afeto se multiplicam com o fato de sua raça terem dificuldades para ter filhos. Não seria exagero dizer que Latina é um milagre só pelo simples fato de existir. Portanto, todo o sacrifício que o pai dela fez para que a menina sobrevivesse que por si só já era um ato de amor imensurável, tem um peso maior ainda. Não importa onde ele esteja, o mesmo deve estar feliz por ter cumprido sua missão de proteger e fazer que Latina permanecesse viva.

A pergunta de Latina para mulher meio-demônio se ela foi feliz junto com o marido humano é sincera e pertinente, pois ela também vive com um humano, não no mesmo tipo de relação, mas a mesma sabe que viverá mais que o Dale e o pessoal que ela tem contato. A mulher, aparentemente, teve uma vida feliz enquanto esteve casada mesmo sem ter tido filhos. Talvez o encontro dela com Latina proporcionou uma experiência quase única dela abraçar e sentir o carinho de alguém da mesma raça e que poderia ser sua filha. Para a menina, encontrar alguém igual e obter informações sobre sua raça é importante tanto para reafirmar sua própria identidade (algo já citado anteriormente há alguns parágrafos) como descobrir mais sobre si mesma.

Para o Dale também é importante saber mais sobre sua filha e fazer que ela saiba sobre si mesma, assim evitando quaisquer crise como aconteceu no incidente da quebra do chifre. Nesse processo de descoberta no qual é mútuo, é que a relação entre os dois vai se fortalecendo cada vez mais.

Obrigado a todos que leram este artigo, e até a próxima!