Vivemos em um mundo altamente competitivo, muitos almejam chegar ao topo, mas nem todos conseguem. Ser “o número um” pode ser o objetivo de várias pessoas, para outras, é apenas uma consequência natural da dedicação e do esforço.

Por acaso o Accelerator pediu para ser o o mais forte da cidade acadêmica? Não. É claro que ele aproveita de suas habilidades para esmagar qualquer um que atravesse seu caminho. Estar no topo de uma elite composta, se não me engano, por sete éspers que possuem o nível máximo de poder (nível 5) trouxe mais problemas que benefícios para o nosso “malvado favorito”.

De certo modo, ele sente um misto de inveja e frustração em relação ao protagonista da série principal (Touma) porque segundo o próprio Accelerator, ele não chega perto de ser tão heroico quanto o garoto de nível 0, pois a vida dele já foi contaminada pelas trevas há muito tempo, e sem o mesmo perceber. Por não se achar uma pessoa capaz de fazer o bem, mesmo que o faça (ao seu modo), Accelerator se considera um vilão.

Os (verdadeiros) vilões podem usar força máxima, mas do outro lado não estará uma pessoa qualquer, que não é um herói, mas também não é uma pessoa de natureza totalmente má. Nosso anti-herói não se importa nem um pouco com o poder do adversário, pois ele sabe que pode dar conta de qualquer problema, e mais do que isso, o mesmo sabe que, se quiser, pode esmagar os oponentes como se fossem insetos.

Por enxergar uma força inabalável em Accelerator, Esther pediu para ser sua discípula. Ela sente profundo remorso por se considerar a fonte dos problemas que estão acontecendo. A mesma tenta e se esforça para consertar seus erros, mas sozinha não é capaz de impedir os estragos que, de algum modo, ela é responsável.

Accelerator pode não ser um modelo ideal a ser seguido, mas a necromancer conseguiu enxergar uma camada de gentileza e nobreza numa pessoa que usa (e faz questão de usar) uma máscara de maldade. O comporatmento vilanesco do anti-herói serve bem como uma fachada para esconder suas fraquezas e não revelar um lado que ele se sente envergonhado de mostrar.

E por falar em camadas, dá para dizer que esse arco pode ser considerado uma “cebola”, pois à medida que os episódios vão passando, vamos conhecendo as “camadas” da história. Primeiro aparece uma organização chamada DA, que supostamente seria a grande vilã, mas não passavam de meros peões que foram esmagados por outros peões a mando de um dos chefões da Cidade Acadêmica, mas tal chefão não é o vilão da vez, pois o cientista (que não me recordo o nome) é, aparentemente, a mente maquiavélica que está no comando das vilanias nesse momento. Não me surpreenderia, se a Hirumi estiver o manipulando e se mostrar a derradeira mente maquiavélica por trás de tudo, assim revelando mais uma camada que talvez não esperávamos. Mas posso estar enganado, pois o público pode está aguardando ansiosamente por reviravoltas e fatos surpreendentes que deixem a história ainda mais divertida.

Mais uma vez a animação foi competente nos momentos de ação, e isso é bom, pois isso é o principal atrativo que Toaru Kagaku no Accelerator tem a oferecer ao seu público. Não é nada de encher os olhos, mas longe de ser ruim, e que cumpre bem o seu propósito de mostrar cenas movimentadas e que divertem quem espera um anime de ação que seja minimamente legal.

Por último, mas não menos importante, foi interessante ver uma certa melancolia na fala da mulher da Anti-Skill, pois ela senti a obrigação de fazer alguma coisa devido a sua responsabilidade com adulta e ser chefe (se não me engano) da força policial que cuida de uma cidade majoritariamente habitada por estudantes, mas não tem capacidade, e ela sabe disso, de resolver certos problemas que vão além de sua capacidade.

Obrigado a todos que leram este artigo, e até a próxima!

 

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