Li o primeiro volume da light novel de Dendro, apelido da obra, e gostei bastante, porém, não posso escrever o mesmo sobre a estreia do anime.

No geral ela até me divertiu, mas a falta de uma maior qualidade técnica e seu roteiro raso não deixaram a primeira impressão passar do mediano.

Sem mais delongas, é hora de Dendro no Anime21!

Como tempo é dinheiro, e eu não tenho muito de qualquer um dos dois, segue a sinopse que usei no artigo do primeiro volume da light novel (que sim, eu li e achei melhor que o anime):

A história acompanha Reiji Mukodori, que após terminar os exames para a faculdade tira um tempo para jogar o primeiro VRMMO de imersão completa que simula os cinco sentidos com perfeição e é jogado também por seu irmão, Shuicihi Mukodori. O nome do jogo é Infinite Dendrogram, e como o nome bem diz, se trata de um mundo realístico cheio das mais diversas e imprevistas possibilidades.

Ray Starling é o nome de guerra do protagonista e receber uma quest de alto nível poucos minutos após entrar no jogo foi bem um privilégio de sua “raça”.

Contudo, dou um belo desconto quanto a isso, pois estar envolvido em uma missão pesada não fez com que ele fosse útil por conta própria, ao menos não na maior parte do tempo.

O irmão dele na fantasia de urso me divertiu muito na novel, mas apesar de bem acabada em uma cena ou outra não consegui gostar do trabalho de animação de Dendro. E isso incluiu a skin do irmão mais velho.

A animação foi no máximo mediana e o CG de péssima qualidade. Felizmente os monstros principais foram animados em 2D. A trilha sonora já foi boa, não prejudicou em nada, mas também não se destacou.

A comparação com SAO acaba sendo inevitável, pois o anime do jovem Kirito pode ser extremamente problemático, mas tem uma produção técnica excelente. Dendro deve se perder na montanha de animes de temporada que serão esquecidos…

Isekais muitos deles. É a tendência, e a parte técnica terá sua parcela de culpa nisso, mas o que pega mesmo (o que deve pegar sempre, aliás) é o roteiro e Dendro não fez nada para se destacar nesse sentido.

O roteiro não foi feliz. Foi medíocre. Na novel o protagonista não tem uma frase de efeito, se gasta mais tempo com a luta final que com a introdução dele ao jogo e a aparição da Nemesis também é melhor trabalhada.

Não que desse para fugir de fato do clichê do poder que surge do nada, mas sempre se pode adicionar detalhes que passem a ideia de que aquilo iria acontecer. Pelo menos a habilidade do protagonista faz sentido. Ele tirar poder de onde não havia seria ainda mais triste.

Não sou um purista chato de light novel, mas com um roteiro mais atencioso a esses detalhes e animação melhor, mais consistente, tenho certeza de que minha nota seria maior.

Dendro fez apenas o básico. Definitivamente só isso. E nem acho que poderia ter sido muito diferente, mas haviam várias formas de melhorar o produto final: melhores animação, trilha sonora, direção, etc…

Contudo, foi só o primeiro episódio também, e nem vou questionar o sistema de Embryos, porque acho sim que é aceitável um guardião humanoide se manifestar em momento de necessidade em um anime no qual o protagonista joga um VRMMORPG, né. Se você perde a paciência com isso aí já pode desistir do anime.

O que questiono mesmo é a quantidade de tecnologia envolvida na produção desse jogo. A quantidade de dados e inteligências artificiais realistas que fazem o Underworld de SAO parecer fichinha (há sete nações em Dendro, em SAO há duas, né?).

Tem alguma coisa de muito suspeita em Dendro e isso me leva a crer no potencial de melhora do anime. Não que ele vá ficar bom se os jogadores acabarem presos lá dentro, mas o que é falado sobre o jogo me faz pensar se não seriam os jogadores os intrusos em um mundo de fantasia real, ou algo mais ou menos nessa linha…

Além disso, temos que ver como vai ser o anime com a fofa da maid gótica Nemesis. Ao menos o design dela se salvou. Aliás, os designs são bonitos, o problema é ser a estreia e a animação já…

Dendro promete? A estreia não anima, mas indico que você faça pelo menos a regra dos três episódios para ver se o anime vai ser bom dentro daquilo que ele se propõe a ser, um “isekai” (se considerarmos que só o mundo do jogo é o foco, então é um isekai sim) de VRMMORPG de infinitas possibilidades (o que eu sei que pode sim ser só uma baita desculpa para muita bullshit)…

Até a próxima!

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