Nesse episódio, após o desfecho de Shira, ou melhor, após o consumo do mesmo como adubo de estômago de cão selvagem, temos Habaki descobrindo sobre as ações de Anotsu e companhia. Como consequência, inúmeros cavalos inocentes são brutalmente assassinados.

Em paralelo, temos o desamparado Renzo. Confuso, ressentido, em uma escalada de caos ele enfrenta o amargo gosto da impotência. Mesmo que deseje se livrar de sua dor, ele nunca poderá realmente superá-la.

 

 

 

Manji, exausto e capotado devido a luta anterior, nem sequer pode oferecer palavras de sarcasmo para o jovem, mas em seu lugar, Rin, mais uma vez demonstrando a fibra de sua teimosia moldada sobre cicatrizes que nunca deixaram de sangrar, apela para o auto sacrífico para proteger o seu guarda costas contratado e paixão confessa.

O dilema de Renzo é a indefinição, uma agulha na garganta a qual nunca poderá engolir. Magatsu, nosso veterano espeto de lâminas, o aconselha a buscar sabedoria, informações que iluminem, mesmo que apenas um pouco, a escuridão de seu desespero.

Por outro lado, temos Kashin Koji, o veterano não combatente mais habilidoso da Itto-Ryu. Planejando atrasar os perseguidores, para que Anotsu alcance os companheiros, usa a si mesmo como isca e chamariz.

 

 

A Itto-Ryu está debilitada, dentre os quatro atacantes do castelo de Edo, um se perdeu, um morreu e um foi incapacitado de lutar. Anotsu galga passo a passo a distância gigantesca que o separa da frágil chama moribunda a que o seu, uma vez imponente grupo, foi reduzido.

Ryou, a filha de Habaki, se oferece para cumprir a missão de eliminar o médico idoso, e, acompanhada por Ban, o melhor dos Rokki-Dan, segundo a minha opinião, entra em um atrito de interesses, seja para com o pistoleiro, que habilmente a protege de sua insanidade suicida, seja para com o veterano Kashin Koji, que ao hesitar, se compadecer e baixar a guarda em relação à jovem e inexperiente espadachim, acaba condenando a própria vida à morte.

Dentre alucinações causadas pela falta de oxigênio, resultado da brilhante estratégia do Itto-Ryu ancião, presenciamos tanto o fatídico fim do mestre da pólvora, como a engenhosa armadilha carta de Uno que Ryou aplica em seu momento mais vulnerável.

Mitake, o samurai do vai e volta, definição que fará sentido muito em breve na história, resgata a filha de Habaki para afastá-la do perigo que escala a níveis alarmantes conforme os grupos se aproximam de confronto final. E temos também a revelação de que Hyakurin e Gyiti se aproximam do palco para participar do ato climático da história.

 

 

O destaque do episódio sem dúvida se aloca em Ban, que infelizmente é um personagem secundário, mas que mesmo aparecendo apenas para morrer, tem uma presença digna e uma participação impactante. Em segundo lugar temos que reconhecer o mortífero Kashin Koji, que através de artifícios estratégicos imprevisíveis, ganha a cena e o respeito, nos oferendo o ponto de pressão adequado frente às lâminas sangrentas costumeiramente brandidas na narrativa da obra. E por fim, mas não menos importante, aos coitados dos figurantes que morreram sem poder nem ao menos ter seus nomes revelados. Não que eles realmente tenham nomes para que sejam revelados.

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