Como tudo o que é bom as vezes consegue durar muito, cá está essa maravilhosa série para representar essa fala e nos entregar outra temporada com bons dramas, desenvolvimento de seus protagonistas e principalmente muita qualidade técnica para quem aprecia a boa música. Porém, em poucos minutos essa estreia já indica que se até aqui a jornada não foi fácil, agora tudo será bem pior.

Confesso que fiquei um tanto impressionado com a tensão empregada nessa estreia, porque as coisas não se resumiram a um único problema, todos foram bombardeados de formas diferentes e isso não partiu somente dos novos rivais, mas também da ameaça que são as grandes produtoras – que entram em campo para neutralizar os outros grupos.

Algo que já pude perceber logo de cara é que essa questão dos managers e das produtoras também será um ponto focal, até pelo diálogo da Tsumugi com o produtor da Re:Vale, onde comentam como cada um trata suas estrelas e como isso influencia no trabalho deles – só por aqui já podemos ver possíveis dramas, inclusive pelas trocas feitas e algumas que foram induzidas.

Ainda não está muito claro quem é quem e como pretendem atacar seus oponentes, mas dada a introdução feita, nos resta agora saber se eles estão vinculados as produtoras inimigas, ou se são um a mais no rol de vilões da vez – que está bem recheado, vale ressaltar.

Engraçado que na segunda temporada eu tive um certo receio quanto ao pessoal do Re:Vale, mas na verdade eles sempre foram muito tranquilos, apenas eram misteriosos demais. Em compensação não posso dizer o mesmo do quarteto novato, que praticamente entrou declarando guerra e de graça.

Dentre alguns dos potenciais problemas, me chamou a atenção o indivíduo da Tsukumo Production – que já trabalhou com os meninos da Re:Vale e “destruiu” outros grupos -, no que ele parece querer afetar os dois que um dia já lhe pertenceram. Como disseram, na sua empresa eles veem seus agenciados como objetos, então me pergunto que tipo de sentimento ele desfere para os dois, uma vez que foi trocado.

Um ponto interessante é que mesmo já tendo inserido vários dos problemas reais que enfrentam os idols nas temporadas anteriores, nessa a escala parece ir além, porque agora eles precisam enfrentar as situações de quem está no topo e lida com gente grande. Eles não são mais grupos de amadores que estão engatinhando na indústria, são pessoas que agora tem uma fan base forte, reconhecimento nacional e precisam manter isso.

Algumas das produtoras também parecem esconder segredos e escândalos relacionados a um tal de “Chiba Salon” e tudo isso se interliga com as questões familiares dos protagonistas, tornando ainda mais denso esse plot “administrativo” que vai unir, ou destruir de vez as relações entre esses pais e filhos.

Nessa estreia parece que quem vai sofrer com os revezes maiores será o TRIGGER, o que me empolga porque os outros dois grupos querendo ou não já passaram por alguns apertos, enquanto o grupo do Tenn apenas permaneceu como observador dos problemas alheios. Vai ser bom ver como eles lidam com a eminência do ostracismo e a rivalidade com os outros idols que querendo ou não parecem mais bem munidos.

Por fim outro ponto importante que me chamou muita atenção é o personagem Natsume, pois embora pareça ser um problema isolado, as coisas que ele sabe me intrigam, especialmente quanto ao Nagi, cuja origem até hoje é desconhecida.

Ademais o Nagi é alguém que embora esteja sempre de bem com a vida, tem uma postura enigmática, por conseguir se posicionar muito bem diante de qualquer ocorrência, contrastando com a figura palhaça que ele construiu e exibe por aí. O que será que o Natsume sabe e de onde ele o conhece? Já estou curiosíssimo, porque essa revelação pode desestruturar e muito o IDOLiSH7.

Enfim, tem muita angústia rolando nesse começo, muita ambição prejudicial e inimizades que já deram o tom do que deve ser essa terceira temporada. É até curioso ver como alguns estão até inocentes, sem perceber as ameaças que os espreitam, confiantes de que o sol vai continuar brilhando sem que a preocupação os assole por agora.

Dito isto, o anime continua visualmente impecável e acredito que daqui para a frente só melhora, mérito do estúdio TROYCA que realmente abraçou essa obra que vem sendo a sua galinha dos ovos de ouro – como Love Live é para a Sunrise.

IDOLiSH7: Third Beat está aí para quem curte uma boa série que mistura leveza com dramas bem amarrados, e se gosta do gênero musical idol então, melhor ainda. Assim como sempre faço questão de enfatizar, a franquia é excelente, da história aos personagens, e com as novidades apresentadas para criar movimento no enredo, só posso esperar que venha mais uma ótima adaptação nessa temporada de Julho.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

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