Ultimamente eu venho fazendo algumas listas que envolvem obras isekais. Isso se dá ao fato dos vários lançamentos que vem tendo nos últimos anos e com isso, há uma enorme variedade de obras com temáticas bem distintas. Essa em especial trata de obras com um tema menos comum: garotas que são transportadas para uma realidade similar a um otome game que haviam jogado. Sim, é confuso, não temos o famoso truck-kun fazendo seu ótimo trabalho de sempre e no geral, as heroínas tem um objetivo similar (até demais).

As três obras que serão apresentadas aqui têm alguns aspectos interessantes. Em todos os casos a protagonista jogou o otome game em que a história está situada e por isso, ela tem conhecimento sobre os acontecimentos (sim, elas possuem memórias de suas vidas passadas ainda que sejam vagas). Outro detalhe interessante é que em duas das três obras a protagonista é reencarnada na pele da vilã do jogo e por isso precisam lutar para escapar dos finais ruins que as aguardam (no outro a protagonista é a heroína do jogo mas ainda assim tem dificuldades similares). Por fim, a última curiosidade é que todas são originalmente light novels que possuem uma versão alternativa no formato de mangá.

 

Otome Game no Hametsu Flag shika Nai Akuyaku Reijou ni Tensei shiteshimatta…

Sim, temos um título que na verdade é uma frase. Otome Game é a obra com mais capítulos na versão de mangá, tendo apenas 4 (em português), que são publicados desde 2017 na revista Comic ZERO-SUM (07-Ghost, Loveless, etc). É um josei com bastante comédia e fantasia pois a história se passa num mundo com magia e afins. A protagonista é uma personagem bem divertida que tinha seus 17 anos quando morreu. Agora ela possui 8 anos e é uma aristocrata um tanto quanto arrogante.

A história segue a vida dela e, claro, suas escolhas que acabam interferindo na história. Os finais que aparentemente estão destinados a ela são ruins (tendo até a morte como possível final) e para mudar isso ela começa a fazer pequenas mudanças em vários aspectos de sua vida. Desde tratar algumas pessoas de maneira melhor, até treinar seus poderes mágicos para que lhe sirvam para alguma ocasião. Será uma jornada bem divertida e difícil onde ela terá que usar todas as informações que ainda lembra do jogo para no fim ter uma conclusão decente e satisfatória.

 

Akuyaku Reijo nano de Last Boss wo Kattemimashita

Já o segundo mangá da nossa lista tem uma pegada similar ao anterior porém com uma grande diferença: a heroína tem idade mais avançada e suas ações para mudar seu destino envolvem muito mais outras pessoas do que ela mesma propriamente dita. A obra é publicada desde 2018 na revista Comp Ace (de várias light novels como Overlord e Youjo Senki, o mangá lançado pela Panini) e tem periodicidade mensal. Também possui poucos capítulos mas levando em consideração a idade da personagem e a quantidade de páginas por capítulo, a história está num progresso mais interessante que as outras.

E nessa história seguimos Irene, uma nobre que tem seu casamento arruinado. É interessante essa parte pois esse acontecimento parece ser o grande clichê de obras do tipo. O príncipe herdeiro acabou o noivado com a aristocrata ou algo do tipo. Enfim, Irene está numa péssima situação até lembrar o que acontece na história e, assim, começar a agir. Seu grande alvo é o rei demônio (que na realidade é um príncipe) que além de muito poderoso, pode causar o fim do mundo após se transformar num dragão por conta de uma série de acontecimentos que ela precisa impedir. 

 

Lady Rose wa heimin ni naritai

Por fim mas não menos importante temos Lady Rose. De todos esse foi o último que conheci e o mais diferenciado pois ao invés de ser a vilã, a protagonista é a heroína (ainda que tenha problemas similares). Também do ano de 2018, a obra é publicada na revista Comic Walker (Uchi no Musume, que tem anime anunciado) e possui apenas um capítulo em nossa língua.

A história é mais focada em romance e fantasia. Seguimos a história de Felicia que comemora e fica superfeliz após a notícia de que seu noivado acabou. Sim, ela não queria casar com o príncipe herdeiro por lembrar de sua péssima personalidade (que viu quando estava jogando o otome game) e por simplesmente não querer ser a rainha. Agora, ela é uma simples plebéia que trabalha numa padaria, feliz da vida por ter uma vida tranquila (e por ganhar pães de graça).