Bom dia!

A animação continua uma porcaria mas a história é bem amarradinha. É o melhor anime feio da temporada, quiçá do ano!

A Tilarna veio para um mundo desconhecido trabalhar com um cara problemático com quem, no entanto, ela simpatizou. O suficiente para ela querer ficar e continuar trabalhando ao lado dele mesmo tendo a escolha de ir embora, pelo menos.

Esse cara era o Kei, lógico. Só que as coisas começaram a ficar incômodas para a Tilarna porque ele não era capaz de sequer dizer um “obrigado” após ela salvar-lhe a vida repetidas vezes – e ainda zombou sobre isso, para completar.

Ela queria muito ser reconhecida por ele. Nesse episódio, parece que ela finalmente conseguiu, ou pelo menos deu um passo importante nessa direção. Mas e agora? Era só isso o que ela queria? Ser reconhecida como sua parceira na polícia basta para a Tilarna?

Um leque de opções, que já vinha se desenhando desde os episódios anteriores, se abriu para ela. O que a Tilarna quer ser? E como o Kei irá reagir?

 

 

O Kei nunca agradecer a Tilarna era só a ponta do iceberg. Na relação com a parceira ele casualmente expressava desprezo e indiferença ao mesmo tempo em que demonstrava preocupação e cuidado genuínos com outros atos.

Os sinais mistos confundem a Tilarna e a deixam ainda mais desnorteada.

Como resultado, para dar o troco, ela tenta imitá-lo – se preocupar mas não se preocupar, como se isso fosse possível. Vê-se isso logo no começo do episódio: Tilarna revela a Kei que o curou de sua alergia à gatos desde o incidente da bomba da fadinha.

Quem tem qualquer alergia sabe que livrar-se dela é um sonho, e um normalmente inatingível. E foi isso que ela fez pelo Kei. Mas nunca contou. Certamente temia que ele a menosprezasse, dizendo que “nunca pediu”, ou que “nem gosta de gatos de qualquer forma”.

A solução: quando ela finalmente se sentiu segura para contar, aproveitou a circunstância para pregar uma peça no Kei e ainda disse que achou “engraçado” assisti-lo tomando precauções contra a alergia embora não precisasse mais.

Se deixe enganar pela Tilarna se você quiser, mas a mim ela não enganou com essa história.

Tilarna se sentiu melhor após contar a verdade, mesmo que dessa forma confusa, isso é certo. Isso compensou em parte a sua insegurança, mas ela ainda tinha muitos motivos para hesitar. Não ajuda que o Kei tenha adicionado mais um, ao revelar estar procurando uma casa para ela.

 

 

É a soma de todas essas incertezas que faz a Tilarna se esforçar além do normal para que o Kei a reconheça como uma igual, como ela diria depois para a Cecil. Como alguém que veio de outro mundo bem diferente desse, porém, isso é receita para o desastre.

E o desastre automotivo não tarda a vir.

E o Kei reagiu feito um babaca. Então só porque está bravo com ela está tudo bem ser racista? Ofender de propósito, para machucar?

Não foi o bastante para fazer a Tilarna desistir, porém. Se qualquer coisa, ela parece ter ficado ainda mais determinada. Recrutou a ajuda da Cecil, que poderia tanto ajudar-lhe com aulas de direção quanto com aulas de Kei.

As aulas de direção dão resultado, e ao final do episódio ela poderia se inscrever para a próxima edição de Velozes e Furiosos. A Cecil não tem mais o que lhe ensinar. Se quiser continuar aprendendo, só resta à elfa procurar Takumi, de Initial D, para aprender técnicas avançadas de drifting e poker face, ou o Ogawa, de Symphogear, para estudar técnicas ninja com carros.

 

 

Mas Tilarna aprende mais uma coisa com a Cecil além de direção. A Cecil é ex-namorada (ou ex-esposa?) de Kei.

Será que a própria Tilarna pensa no Kei dessa forma? Cecil pergunta e ela vacila. Anime sendo anime, e light novel sendo light novel, já sabemos a resposta para essa pergunta, não é? Mas vamos aproveitar a viagem mesmo assim.

Talvez tenha ajudado a compor o constrangimento da Tilarna com a pergunta da Cecil o fato de que ela acabara de descobrir o que é pornografia, e estava honestamente abalada com isso.

 

 

Na verdade, ela descobriu uma segunda coisa com a Cecil: o Kei teve uma irmã mais nova que morreu dez anos atrás.

O portal entre os mundos abriu-se há quinze anos. Houve uma guerra, e sabemos que Kei lutou nela. Será que a morte da irmãzinha está relacionada aos eventos violentos que se seguiram ao primeiro contato entre os mundos?

Seria uma barreira enorme para a Tilarna superar.

Por enquanto, e depois da Tilarna ser um pouco mais direta com seu parceiro, Kei a reconheceu. Ou está mais próximo disso, pelo menos.

Além disso, a Tilarna se meteu em um cômodo até então não utilizado na casa do Kei e chamou aquilo de sua casa. Ele concede nisso também. O episódio termina em uma nota positiva.

 

 

O que era aquele quarto, de todo modo? Era um cômodo vazio, convenientemente esperando que alguém o ocupasse? A Tilarna o mobiliou rapidamente sem que o Kei percebesse? Ou ela trabalhou nisso furtivamente, aos poucos, ao longo de vários dias?

Sabe, da mesma forma como ela treinava direção antes das aulas com a Cecil, e da mesma forma como ela afirma estar estudando sobre outras coisas também.

Ou será que o quarto já estava pronto, mobiliado?

O Kei teve uma irmã, afinal.

 

 

E agora que foi reconhecida, Tilarna vê a sua frente três caminhos:

Será apenas uma parceira?

Ou ela gosta dele e quer ser sua amante?

Ou talvez ela fique satisfeita com o papel de irmã mais nova substituta?

É interessante notar como ela só se tornou parceira do Kei em primeiro lugar porque seu parceiro anterior morreu. E caso se torne uma substituta de irmã mais nova, também estará ocupando a posição de alguém que já morreu.

Isso significa que ela “vence” por desistência. Não tem contra quem competir.

Caso se torne amante do Kei, porém, a ex-amante dele continua firme e forte. Se o Kei a escolhesse, estaria tomando uma decisão consciente entre duas “opções” reais, equivalentes.

Anime sendo anime, e light novel sendo light novel, sabemos qual é o caminho que a Tilarna eventualmente irá escolher. E o anime está fazendo um bom trabalho em explicar por quê.