Sakura Quest – ep 10 e 11 – Ririko e o dragão
Primeiramente peço desculpas a vocês, leitores, devido aos artigos atrasados. Infelizmente tenho tido alguns problemas, mas aos poucos eles estão sendo resolvidos.
Até agora, Sakura Quest conta com 13 episódios, e o último artigo que fiz foi sobre o episódio 9, portanto estou devendo 4. Enfim, eu resolvi dividir esses 4 episódios que faltam em 2 artigos (sendo um hoje e o outro para depois).
Sem perder mais tempo, vamos ao que importa.
Quando criança, Ririko já era introvertida e tinha gostos diferentes das demais crianças. Consequentemente, isso a levou ao isolamento. Ririko vivia imersa no seu mundinho particular e não se interessava pelas outras crianças, em contrapartida os seus colegas de classe a achavam estranha e por isso evitavam se aproximar dela.
A simpática Shiori foi a única a quebrar a barreira que separava Ririko do resto. Ela por mais introvertida que seja, não é completamente antissocial. No fundo, Ririko queria sim ter amigos, e a Shiori foi a sua primeira amiga. Se Ririko possui amigas hoje, foi graças à Shiori, que serviu de ponte entre ela e as outras meninas.
Mudando um pouco de assunto (mais pra frente volto para a questão da Ririko), a tentativa da vez para conquistar turistas foi um encontro de solteiros, que por acaso só tinha 3 garotas para a tristeza dos homens de Manoyama, mas mesmo assim o evento prosseguiu e contava com o apoio total do Conselho de Turismo que, como sempre, se empenhou para fazer o seu melhor para que o evento desse certo, e consequentemente atraísse visitantes para a cidadezinha de Manoyama.
Voltando a falar a respeito da Ririko, tem algo muito interessante, que é a ligação dela com uma lenda local sobre um dragão que um dia lá habitou. De acordo com essa lenda, existia um temido dragão que assumiu a forma de uma jovem. Para afastá-la, os moradores começaram a dançar, pois sabiam que ela não gostava de festa. A partir daí surgiu uma dança tradicional daquele lugar.
A parte mais legal da história é que existe uma outra versão (muito mais interessante) para essa lenda. De acordo com esta, as pessoas coexistiam pacificamente com a jovem dragão. Eles dançavam para demonstrar sua amizade para com o dragão mas o mesmo ficou assustado e fugiu; depois morreu, deixando os moradores tristes.
Assim como o dragão, a Ririko é uma garota incompreendida, pois ela é considerada estranha. Mas se interpretarmos bem a verdadeira lenda, a cidade de Manoyama é receptiva a outras culturas, e isso é uma excelente propaganda turística, pois qualquer pessoa quer visitar um local e ser bem acolhido independentemente da sua origem.
A avó da Ririko tem seus motivos para odiar forasteiros, pois uma garota de fora acabou afastando seu filho daquela pequena cidade, e ainda por cima, tal forasteira abandonou uma criança (Ririko) que ficou sob os cuidados dela.
É interessante ver o contraste entre as duas versões da lenda do dragão, pois são mostradas duas visões completamente opostas: a intolerância e a tolerância. O Conselho de turismo faz de tudo para atrair pessoas para visitar Manoyama. Entretanto, será mesmo que a população aceitaria uma hipotética “invasão” de turistas de diferentes localidades? E se Manoyama recebesse (hipoteticamente) uma quantidade muito grande de migrantes? A população aceitaria pessoas de hábitos diferentes?
Até onde foi mostrado, a população local é muito gentil e hospitaleira, assim como na segunda versão da história.
Retornando mais uma vez à questão da Ririko, ela se sentia incompreendida pelas pessoas de sua cidade que de alguma forma tinham contato com ela, e vou mais além, acho que ela pensava que nem era compreendida pelas suas próprias companheiras. Yoshino teve um papel importante para confortar Ririko e dizer que ela é incrível do jeito dela, e mesmo que ela seja diferente, isso não quer dizer que ela seja inferior. As peculiaridades dela a tornam uma pessoa única e especial que não pode ser substituída. Se Shiori, Yoshino, Sanae e Maki se aproximaram de Ririko, foi porque de alguma forma ela atraiu a empatia delas justamente por ser do jeito que é.
Gostei do papel narrativo que o Sandal teve nesse arco, pois ele é filho de um estrangeiro que se encantou com uma mulher daquela cidade. Ele encontrou em Manoyama (lugar de origem da mãe dele) um lugar agradável para se viver, e é uma das provas vivas que a cidade recebe bem aqueles que são de fora.
Por fim, o evento romântico não foi bom para os solteiros de Manoyama, mas houve uma reconciliação entre um casal.
O artigo fica por aqui, espero que tenham gostado. Até a próxima!