Consistência. Se eu fosse elogiar esse episódio — coisa que não irei fazer — diria que ele teve consistência. O primeiro episódio de Altair foi um trailer, tudo aconteceu muito rápido, quase nada foi explicado, basicamente uma enorme confusão adaptativa e audiovisual. Entretanto, pelo menos neste episódio 2 teve-se um certo ”freio”, os acontecimentos foram se desenvolvendo em um tempo consideravelmente “ok”, coisa que o primeiro episódio não soube fazer. Porém, apesar de consistente, esse episódio não foi bom.

Imagine Altair como um bolo. Imaginou? Agora imagine um bolo sem muita farinha. Não vai ser um bolo, certo? Na verdade, querendo ou não, será um bolo, só que não terá a consistência perfeita, será algo molenga, que desmonta fácil. No primeiro episódio, Altair era um bolo de chocolate sem muita farinha e sem nenhum chocolate. Agora — com esse 2º episódio — Altair é um bolo de chocolate com a quantidade ideal de farinha, mas ainda assim, não possui o tão esperado chocolate.

O episódio se iniciou com um flashback do passado do protagonista, onde mostra que ele era bom em tudo com apenas 12 anos, mas sem muitas habilidades sociais. O flashback em si não teve outro propósito senão mostrar que ele era amigo do cara do bigodinho desde pequeno. Se teve outro propósito, eu definitivamente não consegui visualizar, até porque, foi um flashback muito sem sal. Aliás, sem sal é pouco, talvez tenha sido até mesmo ridículo, sabe por quê? O garoto era tão determinado em ser o ONUman mas na primeira derrota — em um treinamento — já quis desistir de tudo. No mínimo, ridículo.

De volta para o presente, é dito que o cara do bigodinho iniciou uma rebelião na cidade de Hisar — que é dita como o escudo da Turquia contra o Império. Quer saber a verdade? Não é escudo algum! Quando as tropas de Zaganos (4.000 homens) chegam lá, é dito que na cidade só havia 1.000 homens. Ou seja, qualquer outro exército maior que 1.000 poderia ter uma boa chance de dominar a cidade. Além do mais, é uma cidade com muros baixos, não são tão altos quanto deveriam ser. Tu já viu uma cidade pequena-média, sem muitos homens e com muros baixos ser um escudo? Se Hisar é um escudo, talvez seja no sentido de “temos aproximadamente um dia de vantagem até tombarem Hisar”, porque a cidade em si, não possui capacidade para parar exército algum, apenas consegue atrasar, nada mais, nada menos.

Ao saber que seu amigo estava prestes a ser subjugado pelo exército de Zaganos, ele pegou seu cavalinho e partiu para Hisar. E ADIVINHEM! Sim, exato, o protagonista chegou antes do exército de Zaganos. Só pra constar, o cara saiu no final da tarde com o exército, enquanto o protagonista saiu em direção a Hisar já de noite. O protagonista poderia ter ido por outro caminho? Sim, poderia, mas nada foi dito, então não vou ficar no “campo das ideias” aqui e irei considerar que ele traçou o mesmo caminho que Zaganos.

No final, em parceria com o Império, a tribo Araba tomou os cidadãos da cidade como reféns, forçando o cara do bigodinho a iniciar essa revolta de independência. Como tudo isso será resolvido? Bom, o protagonista provavelmente terá algum plano mirabolante e acabará com essa revolta… Ou não, até porque Zaganos quer que essa revolta sirva de exemplo para os outros Pashas, não é à toa que ele já sabia que a revolta iria acontecer, mas nem se preocupou em impedi-la. O objetivo de Zaganos? Iniciar uma guerra contra o Império. Não sei o que esperar do próximo episódio, só sei que o final desse foi ruim. Sendo sincero, se baseando nesses dois únicos episódios: o anime de Altair tem futuro? Farinha já tem, agora só falta o chocolate.

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