Como eu havia previsto, esse segundo episódio mostrou o lado do “vilão”, ou seja, o garoto que estava lá junto ao Inu no momento do ataque, Hiro Shishigami. Ele parece saber lidar muito melhor com os apetrechos novos do seu corpo, mas, ao contrário do Inu, ele usa para coisas que eu classificaria como “não tão legais assim”. Bem misterioso e de caráter extremamente frio, o Hiro chegou mostrando que talvez seja um dos melhores vilões que eu conheci.

Inicialmente, achamos que ele é apenas um adolescente normal, porém bem frio e um tanto sádico. Seu amigo, Naoyuki Andou, é o primeiro a saber dos seus poderes, que lhe são demonstrados matando animais, provocando acidentes e colocando pornografia para passar nas televisões de uma loja de eletrônicos.

Admito que ri MUITO nessa cena pois me lembrou de coisas que já fiz, nada usando poderes, claro (infelizmente)

A pauta desse episódio é tentar mostrar um pouco a situação mental do vilão. Ele é um adolescente problemático (e muito aparentemente), que foi submetido a uma experiência na qual foi retirado de seu corpo humano e agora tem super poderes. Mas claro, para alguém como ele isso não é uma coisa boa, e sim um motivo para se perguntar coisas como se está vivo ou se ainda é humano. Como tentativa de se sentir assim é que ele fez tudo isso, causou acidentes e entrou na casa de uma família qualquer, sem nenhum envolvimento com ela, e matou todos daquela casa da forma mais brutal possível, tentando arrancar de cada um deles o máximo de desespero, tentando assim sentir algo dentro de si, sentimentos de compaixão e afins, tanto que em um dos momentos ele diz estar vivo. Mas eu acho que na verdade, ele tem uma mente psicopata e o que o faz se sentir vivo é matar pessoas que ele não tem empatia, como citado no anime; ele diz não ligar para qualquer pessoa que não seja amiga ou parente próximo dele, que não venham a afetar sua vida num geral. A maioria de nós é assim, mas uma mísera minoria tem algo ruim dentro de si, e é capaz de fazer o mesmo que o Hiro.

Esse autor tem o costume de colocar em suas obras coisas que nos fazem filosofar sobre o sentido da vida. Não posso dar spoilers de Gantz aqui, mas se alguém leu o mangá, sabe que no final eles (não posso dizer quem são) falam do fato de sermos apenas pedaços de carne com sentimentos, mas o protagonista fala algo muito bonito, coisa da qual eu não me lembro.

Não quero entrar na discussão do que é estar vivo para as pessoas, é algo muito amplo para um artigo do tamanho que eu gosto, e também muito complicado. Mas eu tenho certeza que vocês vão se perguntar o que é a vida, o que é estar vivo e coisas desse tipo enquanto veem este anime, tenho quase certeza que será uma obra de arte.

Segundo encontro oficial dos protagonistas

Por hoje é só. Estou extremamente ansioso pelo que virá, e caso não tenha final fechado eu prometo para vocês uma coisa, vou ler o mangá e trarei artigos no Mangá21 com certeza (e até lá, eu vou tentar  bater um papo com vocês sobre o que é estar vivo e afins, e talvez venha através de um podcast ou algo do tipo, mas só mais para frente). Afinal todos merecem saber como histórias terminam. Um fato sobre mim é que eu odeio coisas sem final, me dão um tipo de dor de cabeça só de me imaginar gostando de algo que não tem ou terá fim. Um exemplo disto é Jitsu wa Watashi wa, anime que eu amei mas infelizmente se perde horrivelmente no resto de sua história, quando o autor poderia dar um fim maravilhoso a uma história fofa que é a da primeira temporada.

Até a próxima galera, grande abraço!

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