Sangatsu no Lion 2 – ep 2 – Amor, ódio e disfarce
Apesar de, para muitos, Sangatsu no Lion ser um anime com uma história simples, para outros (assim como eu) têm algo bem complexo em todos os episódios. Desta vez ele não está focando totalmente no protagonista, mas em todas as partes que ele aparece há questionamentos a serem feitos em todos os momentos, principalmente quando Gotou aparece.
E, mesmo sendo um dos personagens pelo qual menos tenho apreço em toda sua obra (digo isso igualmente pela irmã do Kiriyama), ele conseguiu fazer algo pelo qual parei de “odiá-lo menos” e me fez até pensar que ele tenha algum princípio, apesar de todas as coisas que ele já fez ao longo da obra.
Em pensar a todas as coisas que aconteceram na temporada anterior, nesta ainda há várias coisas a serem explicadas. Todos podem ser bons, maus, amados, odiados, abraçados, largados… Mas com certeza há aqueles personagens que mostram a verdadeira face desde o início. Gotou mostrou para que veio desde a primeira vez em que apareceu, e sabemos que Kiriyama tem um completo desprezo por esse ser.
O início do episódio parece completamente agitado, porém o clima é de tensão para todos os lados em meio ao jogo de Souya e Kumakura. Todos estão tentando prever os movimentos de ambos durante a partida de Shogi, e Kiriyama e Nikaidou tiveram que permanecer em silêncio enquanto tudo ocorria. Mas o que o protagonista não esperava é que Gotou apareceria enquanto ocorria uma fofoca sobre o Shimada-san.
Acredito que, por ser um jogador à sua altura e ter conseguido chegar às finais e até mesmo jogar contra Souya, Gotou o vê com respeito, por isso que tratou logo de ser direto com as pessoas que estavam zombando dele. Também vi como tom de inveja e, por mais que ele tenha sido grosso, consegui ficar do lado dele por um momento. Kiryama observou tudo calmamente, enquanto lembrava dos momentos em que Gotou batia em sua irmã. Além disso, também sabemos que ele é casado e sua esposa está hospitalizada, o que piora toda a situação.
Todos os olhares estavam focados no jogo dos dois jogadores profissionais de Shogi. Cada peça perdida é uma certeza de volta para a casa sem a conquista do título. Cada movimento foi friamente calculado, mas um não foi observado por muitos, e muitas horas depois foi lançado o seu término. Após aparentemente reconhecer a derrota, Kamakura-san levantou do lugar onde estava ajoelhado e comendo os seus bolos no episódio anterior, além de gastar muita energia mental enquanto pensava em como prosseguir naquela jornada que parecia sem fim.
Em sua entrevista, o mesmo pareceu calmo e complacente, mas na verdade ele estava super irritado. Mas quem nunca conseguiu guardar os seus verdadeiros sentimentos para quando chegasse em casa querer socar uma parede? Tem gente que ainda consegue gritar para todos ouvirem o quão frustrado está, mas com certeza sofrer de uma maneira mais “educada e digna” faz com que você pareça um adulto maduro. Ele não conseguiu manter aquela máscara de calmaria por muito tempo, a qual até Kiriyama se impressionou bastante.
E também me lembra dos episódios de dor e sofrimento que Shimada-san passou. Foram momentos de dores estomacais e mente funcionando a mil até o momento em que conseguiu perder com categoria.
O episódio terminou de maneira complicada. Gotou, apesar de ter aquele jeito espartano de sempre, não consegue fazer com que a irmã de Kiriyama se afaste dele. E, mesmo que ela queira se afastar, um magnetismo não permite com que isso aconteça, sempre guiando para aquele local cujo qual Gotou chama de lar. Todo aquele clima de dominador e dominante teve “seu fim”, quando Kyouko (é esse o nome dela? Me desculpem, esqueci mesmo), tendo seus pulsos amarrados por um lençol, teve sua cintura abraçada por sua amada fera.
Muito obrigada por acompanharem o artigo até o final, e até o próximo.