Minamoto-kun é um cara que possui uma aparência afeminada. Ele pode ser facilmente confundido com uma garota (ainda mais quando veste determinadas roupas). Porém, isso trouxe para ele outros problemas além de possíveis enganos como por exemplo ser intimidado por garotas no colégio que tinham ciúmes do seu rosto. Por isso, ele desenvolve um trauma com mulheres e até mesmo acaba indo estudar num colégio só para garotos mas quando chega o momento de ir para a faculdade sua vida muda completamente.

Por essa sinopse a obra não anima muito mas eu posso garantir que ela é muito mais do que isso. Minamoto tem esse trauma e pretende enfrentá-lo, o que por si só já algo interessante mas a forma como isso acaba acontecendo é bem diferente do comum, tornando esse mangá um diferencial dentro de seu gênero. Seu pai se casa e pede para que ele saia de casa e vá morar com sua tia, uma professora adjunta da mesma faculdade que ele vai frequentar e uma mulher desejada por todos por conta de sua beleza e corpo avantajado. O problema é que ele tem trauma com mulheres e sua tia odeia homens. Apesar desse suposto ódio, frequentemente ela provoca Minamoto usando seu corpo e até mesmo deixando ele tocá-la.

Apesar desses problemas, ambos se dão muito bem inicialmente e ela revela que quer ajudá-lo a superar seu trauma com mulheres ao mesmo tempo que ele a ajuda a entender o Genji Monogatari. Caso você se interesse, esse conto existe de verdade e fala sobre um príncipe que teve 14 mulheres em sua vida. A obra é considerada por alguns o primeiro romance do mundo e é de grande importância na literatura japonesa. Considerando tudo isso, sim, a ideia é que ele se relacione com 14 mulheres e no fim, dê sua impressão, basicamente isso. O grande problema disso tudo é que as mulheres são escolhidas por sua tia e suas relações são de certa forma controladas por ela, ou seja, hora ou outra determinada relação terá um fim, ainda que aconteça outros encontros posteriores.

A obra possui algumas peculiaridades interessantes como por exemplo o número de páginas por capítulo, tendo em média 10 páginas. Isso por um lado é bom pois torna a leitura rápida e com isso ler os mais de 250 capítulos torna-se uma missão relativamente fácil mas por outro lado, quando você está junto com as novas atualizações um sentimento de insatisfação virá por conta da espera para um capítulo tão curto. De qualquer forma, a obra consegue trabalhar bem os personagens e possui uma grande variedade de situações para fazer com que a história ande devidamente. As mulheres são carismáticas e cada uma possui uma barreira a ser superada por Minamoto, seja por conta de uma personalidade extremamente tímida ou por alguma questão familiar (que envolva ele ou não). Inclusive ele consegue superar seu trauma relativamente rápido e ainda que não esteja totalmente recuperado, com o passar dos capítulos a obra trata de terminar o tratamento dele fazendo com que ele enfrente seu trauma de frente.

No fim, se você procura um harém um tanto quanto interessante (e quase hentai), Minamoto-kun Monogatari pode ser uma boa pedida. A obra tem conteúdo adulto além de drama, romance e comédia. A arte da obra é fácil de entender (apesar de alguns exageros) e possui um traço característico. Sobre a tia do protagonista, há momentos íntimos entre eles mas longe de chegar perto dos finalmentes, parecendo ser mera provocação dela. Inclusive é certo dizer que o maior mistério da obra envolve ela pois até o momento não dá para entender seu objetivo final e nem o que ela sente pelo Minamoto, ou seja, ela é extremamente misteriosa e muitos leitores aguardam ansiosamente para saber mais sobre suas reais intenções e sentimentos. Como mencionado anteriormente, a obra possui mais de 250 capítulos (272 para ser mais exato no momento em que esse artigo foi escrito) em português. O mangá começou a ser serializado em 2011 e possui 13 volumes até o momento. É publicado na revista Young Jump, a mesma de Tokyo Ghoul, Terra Formars e Golden Kamuy.

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