Posso dizer com total certeza que Planet With é uma das melhores coisas que o Satoshi Mizukami esteve envolvido. Creio que teria sido muito bom começar adaptando suas obras por Hoshi no Samidare, mas não é como se Planet With tivesse sido ruim – na verdade, como já escrevi, é muito bom e, apesar de ter sido uma decisão inicialmente questionável, talvez ela tenha sido a melhor para a ocasião.

Infelizmente, sacrifícios tiveram que ser feitos de modo que, apesar de ter salvo o irmão do Ser do Paraíso, o Takashi foi sacrificado no seu lugar – é claro que não tem motivos para que o Takashi fosse salvo, afinal, seus pais já estão mortos e ele já não teria família. Por outro lado, o irmão do Ser do Paraíso tinha entes queridos esperando por ele.

Volto a dizer que as armaduras (e o Dragão) são horríveis – com exceção da armadura do Soya –, e que a luta em si não teve movimentos tão interessantes, mas que mesmo assim, o plano foi simples e eficaz e o melhor, ele deu certo com o mínimo de máximas possíveis e com o máximo de heroísmo que deu para mostrar.

“Como cão e gato” é uma expressão que define basicamente a discórdia, e aqui, essa expressão teve muita força no início do anime, mas foi quebrada, moldada e apresentada de uma forma muito mais fraternal e menos tensa. Deu para perceber nitidamente que a briga ideológica já se foi e agora, o amor e o perdão se tornaram maiores do que um senso egoísta e deturpado de justiça.

É bom ver como o Soya evoluiu seu modo de pensar enquanto indivíduo. Mesmo que pareça extremamente caricato todo esse negócio de perdoar coisas tão graves assim, não deixa de parecer emocionante e, no mínimo, envolvente para quem está assistindo imerso na história desde seu início.

O perdão é provavelmente uma das coisas mais difíceis de se obter e piora quando um homem tem que perdoar. Quero dizer, a sociedade obriga-nos a crer que homens que expressam emoções (qualquer uma além de raiva e afins) é fraco, afinal, o homem pode sim sentir raiva, mas amor e perdoar erros é apenas sinônimo de fraqueza e submissão – deixo claro que é apenas um paralelo com a nossa sociedade, não sendo exatamente a minha opinião sobre o assunto em questão.

 

Quero agradecer você que acompanhou Planet With aqui semanalmente comigo e combinar para ficarmos na torcida para que mais animes do Satoshi Mizukami sejam feitos – e que o próximo seja Hoshi no Samidare. Até a próxima!