O que você faria se encontrasse uma garota com uma roupa de coelhinha andando numa biblioteca e ninguém estivesse olhando? Curioso, né? Seria ainda mais curioso se a garota em questão fosse uma famosa num hiato, correto? Pois bem, esse anime de nome estranho e grande apresenta uma cena inicial dessa forma (não é bem a cena inicial mas enfim). Claro que você não possui todas as informações (como o fato dela ser uma famosa num hiato) de imediato e nem o motivo daquilo estar acontecendo mas isso tudo desperta no mínimo um interesse em saber o que está acontecendo.

Feita pelo estúdio CloverWorks, a obra é uma light novel publicada desde 2014 e possui uma versão alternativa em formato mangá publicada desde 2015. O anime tem um início que particularmente eu não gosto tanto que seria começar do futuro e depois ir para o passado contando os acontecimentos até o presente. Geralmente isso é confuso e em alguns casos difícil de entender mas nesse caso, não há confusão. Seguimos vendo alguns acontecimentos na visão de Asusagawa Sakuta, um colegial solitário que possui dois amigos (o suficiente segundo o mesmo) e uma visão de certa forma realista-pessimista da realidade. Por ser sincero, ele não deixa de falar o que pensa e costuma ter algumas frases ou atitudes bem humoradas em relação a pessoas e situações.

Do outro lado da moeda temos a outra integrante da dupla de protagonistas: Sakurajima Mai, uma ex-atriz de sucesso que possui um pequeno problema. Seu desejo se tornou realidade mas parece que isso está longe de ser uma notícia boa e pior, vem se tornando algo muito perigoso. A obra não revela quase nada relevante sobre os personagens, a história de modo geral e o problema central, claro, estamos no primeiro episódio ainda. Mas a quantidade de perguntas que pairam a cabeça são numa quantidade maior que o comum e por isso, a cada cena ou detalhe revelado uma nova dúvida surge.

Um começo muito amigável entre os dois

E ainda que a maior questão gire em torno da síndrome que Mai sofre, o protagonista não é deixado de lado e possui seus próprios problemas. Como já mencionado, ele é solitário e tudo por conta de um incidente mal explicado que de alguma forma foi distorcido de uma maneira anormal, afinal, a marca que possui claramente não são feitas por humanos e segundo o rumor espalhado, nem teria relação. Mas parece que isso já não é mais um incômodo para ele visto que o mesmo não tem interesse em mudar tal situação, além de ter preocupações mais relevantes, afinal, a síndrome da puberdade que “atacou” sua irmã é a causa de sua situação atual e no fim, ele não pode lutar ou impedir algo que ele não vê e nem sabe como parar por completo.

Estou curioso para saber mais sobre isso (espero que seja importante também)

E se eles não conseguem resolver suas questões, ao menos Mai e Sakuta puderam compartilhar suas situações um com o outro e com isso, se ajudar. O problema é que Sakuta é sincero ao ponto de apresentar uma solução para sua senpai, o que seria bom se tal ação não cutucasse uma ferida. Ou seja, duas pessoas com problemas que aparentemente ninguém pode resolver ou ajudá-los, tudo isso além de outros problemas que já afetam suas vidas de maneira significativa. Ao menos tem duas pessoas que podem acabar tendo algum envolvimento útil nessa história toda mas a questão é: será que vai dar tempo?

O episódio fechou mostrando que os sintomas da síndrome podem e vão piorar. Será uma corrida contra o tempo onde eles terão que solucionar seus problemas e as questões que os atrapalham de seguir em frente ou simplesmente voltar a normalidade. Aparentemente terão outras garotas com essa síndrome e sinceramente isso pode acabar gerando desenvolvimentos interessantes. No fim, foi uma ótima estréia que nos apresentou um anime cheio de possibilidades, mistérios e soube dosar bem as informações fornecidas ao espectador. A dupla de protagonistas pode não ter uma personalidade única mas possuem uma ótima química e acredito que isso poderá ser um detalhe importante mais para frente.

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