Mini Toji é uma tentativa diferenciada de aproximar o público que acompanhou a série original Toji no Miko, assim como captar uma nova audiência que pudesse ver essa nova versão sem necessariamente se prender aos 24 episódios anteriores – o episódio zero já ajuda bastante nesse resumo. Agora vamos entender o que é essa série e que sigam-me os bons!

Diferente de seu predecessor, esse anime jogou com o ar mais leve o lado slice da vida das tojis e com o acréscimo da presença de mais personagens que faziam parte das escolas de origem das guerreiras lendárias no pós-guerra contra o grande aradama.

Achei as novatas bem divertidas e ouso dizer que para o objetivo da série elas foram mais eficazes do que as originais – exceto Kaoru, porque essa é rainha absoluta -, embora a grosso modo elas se assemelhem às próprias em alguns pontos.

Mihono é um amorzinho e a mais bobinha das garotas, sendo bem atrapalhada na maior parte do tempo. Kofuki representa a bagunça e o desleixo humano, só se importando em lutar – uma discípula indireta de Kaoru fundida com Kaname -, com isso dando trabalho constante para Chie, a mãezona da equipe e a responsável por manter as demais na linha, assim como a Mai.

Kiyoka já é mais reservada e partilha de um forte sentimento de “despeito”, como a Hiyori, que acaba sua amiga, e por fim temos Kitora, a analítica e cientista louca do grupo, que tudo que faz ou vivencia tem que envolver dados e cálculos, rendendo sempre cenas engraçadas quando aparece.

Mini Toji não tem linearidade em função de não ter um enredo específico, mas em alguns de seus episódios criam pequenos ganchos e oportunidades que se vinculam com a história original, coisas que funcionam como se fossem os bastidores de alguns acontecimentos – principalmente com relação as personagens do antigo conselho de elite composto por Maki, Suzuka, Yomi e Yume.

Gosto dessa aproximação que a história cria com essas antigas tojis, porque as cenas em que trabalham o cotidiano e as suas interações nos permitem entender um pouco melhor do que elas eram fora daquela realidade combativa, na qual precisavam fazer frente constante as protagonistas.

O anime consegue humanizar ainda mais as garotas e o que elas sentiam, mesmo sendo “inimigas”, dando um certo destaque a Yomi e Yume – que eram as mais emblemáticas na outra série pelas suas peculiaridades e problemas pessoais.

Apesar do formato e do pouco tempo de duração (3 minutos) a série entretém bastante porque explora as personalidades exageradas de cada uma das garotas em situações simples e que funcionam bem com elas. A animação também é boa se comparada as demais nos curtas modelo chibi que existem por aí – ainda que essa não seja uma forte exigência para o gênero.

No saldo final, digo que Mini Toji cumpre com decência o seu papel e indico para quem quiser ter seus minutinhos de paz e diversão com protagonistas bem desajustadas e que não perdem a chance de fazer alguma bobagem entre amigas. Obrigado a quem leu esse pequeno texto e até a próxima!

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