O que tenho planejado
Bom dia!
Nessa edição do editorial, trato brevemente sobre o que tenho planejado para essa coluna – e quero a sua opinião!
De imediato, o que tenho planejado é continuar fazendo o TCC, por isso não tenho tempo para me dedicar a essa coluna, que exige pesquisa. Quero dizer, eu poderia sair escrevendo coisa da minha cabeça, mas prefiro fazer pesquisa.
Assim, como na semana passada, me desculpe. O artigo é só mais um tapa-buraco. Tenho atrasado até mesmo os artigos de episódio dos animes que cubro. Mas logo acaba, semana que vem deve ser a última nesse ritmo.
Então, o que tenho planejado para essa coluna? “Planejado” talvez seja uma palavra forte demais, mas eu sempre anoto ideias. Por enquanto, é isso o que eu tenho:
Os trens no Japão e nos animes: eu adoro trens. Se você me forçar a escolher, vou preferir animes a trens, é claro, mas também gosto bastante de trens. E japoneses também gostam, o que significa que eles aparecem bastante em animes.
Seja como metáfora, como elemento de roteiro ou como parte do cenário, trens, estações e afins aparece em praticamente qualquer anime ambientado no Japão contemporâneo.
Um artigo sobre o tema poderia tratar de tropos e clichês ligados a trens, bem como a simplesmente escrever um pouco sobre linhas e estações de trens reais que aparecem em animes específicos. Ou sobre as duas coisas, por que não?
Se interessa pelo assunto? Em que animes aparecem linhas de trem e você gostaria de saber qual linha exatamente é? Ou prefere um artigo sobre metáforas, clichês e simbolismos relacionados a trens vistos frequentemente em animes, bem como a importância social no dia a dia do japonês e como isso é visto retratado em animes?
Teatro Takarazuka: conhece o Teatro Takarazuka? É aquele teatro japonês em que todos os papeis, masculinos inclusive, são executados por mulheres. Curiosidade: o teatro foi fundado por uma companhia de trem que queria atrair mais passageiros para sua estação final, na cidade de Takarazuka.
Tudo se encaixa.
Enfim, ano passado teve um anime que se inspirou livremente no Takarazuka, sem no entanto jamais pronunciar seu nome (Shoujo Kageki Revue Starlight), e além de peças teatrais tradicionais, o Takarazuka também monta apresentações adaptadas de animes e mangás.
Encontrei dois legendados e pretendo assistir, se achar que consigo escrevo resenhas, mas em qualquer caso planejo escrever um artigo informativo sobre o Teatro Takarazuka em si. O que acha?
Amnésia: esse eu me esqueci.
Brincadeira. Amnésia é uma condição médica, e em animes é um recurso de roteiro utilizado em algumas circunstâncias. Tenho anotados dois casos notáveis aqui: Golden Time, em que é o elemento central do enredo, e O Desaparecimento de Nagato Yuki-chan, no qual é o elemento de um dos arcos (o melhor, na minha opinião).
Nos dois casos, curiosamente, a amnésia é vinculada a um conflito de identidade. Ao recuperar as memórias, os personagens afetados deixarão de ser quem eles são? Será que isso é uma preocupação real em casos de amnésia? Pretendo pesquisar isso.
O que acha? Lembra-se de outros animes em que amnésia surja importante em algum momento?
O que é…: desde que passamos a publicar mais do que apenas sobre anime e mangá aqui, a coisa ficou complicada. E digo isso porque ficou complicado para nós mesmos. Como decidir o que pode e o que não pode, o que é conteúdo que apeteça ao Anime21 e o que não é?
Antes era fácil. Anime é animação produzida no Japão e acabou. Se bem que já haviam as chinesas desde sempre, né? Com mangá a coisa já ficou mais complicada, com mangás, manhwas e manhuas, produzidos respectivamente no Japão, Coreia do Sul e China (qualquer uma delas; tem várias Chinas, mas quase sempre é de Taiwan). Mas daí publicamos webtoons também, porque são super populares na Coreia do Sul. Esse pelo menos já tem um artigo publicado que talvez possa servir de molde para os demais.
E live actions então? Dorama é de ficar louco. Dorama é série para TV estilo novelinha produzida no Japão. K-dramas são produzidas na Coreia do Sul, C-dramas são chineses (da China continental, a grandona, comunista), Tdramas de Taiwan, e ok, isso tudo parece besteira, mas não é. Nem esqueci o hífen: é daquele jeito mesmo. Ou, alternativamente, TW-drama (agora sim com hífen!).
A ideia aqui é escrever uma série de artigos simples, explicando o que é cada uma das mídias. Útil? No mínimo, sempre vai servir para mostrar para aquele seu amigo que acha que anime é desenho, e também para aquele seu amigo que acha que anime não é desenho. A coisa é complicada, percebe?
Nostalgia: não tenho ideia ainda de por onde começar esse, mas sinto que é um complemento necessário para meu artigo sobre a importância dos clássicos.
Aceito sugestões.
Spoilers: fique tranquilo, a ideia não é um artigo cheio de spoilers. Quero apenas discutir sobre o tema.
Eu sinceramente acho que damos importância demais aos spoilers. Uma obra boa vai continuar sendo boa, vai conseguir se sustentar muito bem mesmo sem o efeito surpresa, mas como fica a experiência do leitor/espectador?
Não quero forçar ninguém a nada, evidentemente. Mas talvez devamos refletir sobre isso. Algumas das melhores coisas que já li ou assisti eu o fiz sabendo exatamente o que encontraria. Hoje em dia, porém, isso é praticamente impossível, porque todo mundo precisa pisar em ovos na hora de escrever resenhar ou mesmo dar uma simples sinopse de alguma coisa.
O que pensa sobre spoilers? Esse não só tende a ser um dos artigos mais controversos, como é um dos artigos em que não sei nem por onde começar a pesquisar. Toda dica é bem-vinda.
É tudo história: bem como spoilers, e talvez até antes deles, cresceu a ojeriza a conteúdo original em adaptações para outras mídias ou formatos. Eu entendo que houve razões compreensíveis para isso, mas elas não são racionais.
História é história é história. A história original é a história original, e a história adaptada é a história adaptada. As duas podem e deve coexistir, cada uma em seu espaço. Claro que é legal, quando já conhecemos, ver aquilo que gostamos tomando uma forma diferente, mas acho que é preciso muita calma na hora de lidar com diferenças de conteúdo.
Hoje em dia, a maioria dos animes termina sem final, porque adaptam materiais originais (na maioria das vezes mangás e light novels) que ainda estão em andamento. Uma história sem final é uma boa história? Um final original não me impede de consultar o material que inspirou a adaptação. Com efeito, no começo da minha jornada com mangás e animes, um dos meus prazeres era saber de cor e salteado as diferenças entre original e adaptação.
Quando bem feito, só acrescenta. Acrescentar não é ruim, ou é? Qual sua opinião sobre isso, e quais animes te fizeram ter essa opinião?
Heroínas trágicas: a ideia em estágio mais embrionário de todas. Eu gosto muito da luta da Homura (Madoka Magica) contra Walpurgisnacht, e gosto muito da luta da Asuka (Evangelion) contra a série Eva completa.
Quem conhece os animes, sabe como as duas lutas terminam. Acho que dá pra puxar alguma coisa daí, não dá não? O que acha? Teria mais sugestões?
Por enquanto é isso. Obrigado pela atenção, desculpe pela falta de conteúdo novo, e agradeço se puder me ajudar a desenvolver melhor as ideias acima expostas. Até o próximo editorial, no qual com sorte eu já conseguirei voltar com conteúdo de verdade!
Escritora
Sugestões, sei. Aos que já tem ideia, o de trens pode falar da importância do transporte no país e citar animes que usam trens no contexto literal (“Detective Conan” usa bastante disto, seja pra transporte e em diversos casos) como de personagem próprio, em “Digimon Frontier” há a presença de Trailmons, digimon que são a versão digimon dos trens do nosso mundo e agem mais como meio de locomoção do que de criaturas em si, numa fanfic que fiz desta temporada, estes ganham mais características, nomes próprios como pessoas e tem técnicas como qualquer digimon tem; para a parte de nostalgia, é bom pegar animes que tiveram impacto nostálgico no Brasil ou no Japão, de como estas séries são vistas pelo público e sua repercussão e se isso continuou ou parou na época de auge.
De ideias novas, pode falar de detetives de animes e já adianto, que vou chiar se não pôr o protagonista de “Detective Conan” nesta listagem, tá avisado; sobre ladrões fantasmas, tem tantos exemplos, do “Lupin III”, “DNAngel”, “Magic Kaito”, “Kamikaze Kaitou Jeanne”, “Kaitou Joker” e segue lista. Pra fechar as ideias, no momento, uma matéria a respeito de obras antigas que tem ganhado ou que já tiveram adaptações em animes, saber porque tem sido recorrente – que sei, tem sido assim de 2014 em diante e se estes tem cumprido o papel ou não de apresentar ao público a obra em si. Dá pra citar crossovers de animes, seja de obras do mesmo autor ou não e a graça disto.
Está aí e até mais!!!