Yahaba e Susamaru são servos de Kibutsuji que atacaram Tanjiro e os outros no episódio anterior. Já neste, proporcionaram uma boa luta que explorou o poder de adaptação física, mas também mental, do protagonista, o que é um degrau a mais em sua jornada para ficar mais forte e exterminar Muzan.

Tanjiro estará diante de uma bela chance de exterminar dois dos Doze Kizuki? Ou os dois não são tão fortes para integrar o que parece ser o grupo de elite do grande vilão? Para essas e outras perguntas, leia o meu texto a seguir. Não garantirei dar todas as respostas, mas farei meu melhor em prol disso!

Por um momento também pensei que o Yushiro já era. Li esse trecho no mangá, mas minha memória é pior que a maldade presente nos atos dos inimigos Yahaba e Susamaru. Felizmente, Yushiro logo se recuperou, evidenciando mais uma das modificações citadas por Tamayo.

Mesmo ao perder a cabeça os dois não devem morrer, então isso é um sinal de que ainda perdurarão na história e esse cenário é o mais otimista para o bondoso herói, afinal, ele precisa dela para refinar o elixir e já pôde começar a colher sangue de onis próximos a Muzan neste episódio, ou não pôde?

Se observarmos que o melhor da dupla é um combo em que sincronizam suas habilidades, mas não é nenhum ataque de área ou de característica letal ou algo próximo a isso, se torna fácil inferir que eles nem são assim tão fortes, né?

Se analisarmos bem, como poder de fogo, eles só apresentaram os braços e as temaris da Susamaru e os vetores de Yahaba. Isoladamente as duas características perdem força e, por mais que tenham sim trazido dificuldade ao Tanjiro, era algo que ele poderia superar usando força física e inteligência, como também seu poder de água, óbvio.

Em nenhum momento a diferença de poderes pareceu tão grande e mesmo não lembrando o suficiente do mangá, tenho certeza de que eles não são onis tão fortes ao ponto de integrar o que imagino ser um esquadrão de elite. Não tem uma cena na abertura em que o Muzan aparece em um espaço escuro rodeado pelo que parecem ser vários onis?

Eles que devem ser os Doze Kizuki, ou metade deles.

Enfim, mas não é como se isso diminuísse a relevância da luta que o episódio mostrou, pelo contrário, faz mais sentido que Tanjiro vá superando inimigos mais fortes aos poucos, então ele só deve enfrentar e derrotar um Kizuki da metade para o final do segundo cour do anime, é o que eu espero.

A primeira metade do episódio termina com Tanjiro e Nezuko se impondo e conseguindo bater de frente com os inimigos na tática do “dividir e conquistar’ mesmo.

Quanto ao desenrolar da luta, nem tenho tanto do que reclamar, apenas posso dizer que não gostei da transição entre algumas cenas – principalmente as de ação – e creio que o uso da trilha sonora poderia ter sido melhor também, que poderia ter contribuído para engrandecer o combate.

O uso do CG não foi ruim, mas um olhar atento, ou um já acostumado, capita facilmente a diferença na animação. Até entendo o uso disso nas cenas que exigem uma movimentação mais rápida dos personagens – principalmente do Tanjiro –, mas quando é usado com a câmera aproximada e por mais tempo, não fica tão orgânico em tela mesmo.

Contudo, são detalhes menores, o mais relevante – os golpes nas cenas de ação e a consistência na animação – continuou impecável. Enquanto muitos animes chegam ao nono episódio acusando o golpe, Yaiba mantém qualidade que faz frente às melhores animações de qualquer época – eu me refiro ao preciosismo do produto final em si, não vejo sentido comparar produções distintas.

Sobre o restante da luta, a Nezuko ainda age devido à influência da sugestão hipnótica do Urokodaki e o Yushiro provou que não tem apenas amor por sua senhora e é um poço de reclamações. O que o oni fez mostra que ele sabe se impor quando é necessário e que seu Kekkijutsu é o tipo de técnica de maior perigo para Tanjiro, pois, ainda que tendo por onde se aprimorar, ela consegue anular o olfato aguçado do protagonista.

Isso, para mim, deixou claro que Tanjiro terá que encontrar maneiras de lidar com onis com habilidades “sorrateiras”. Outro exemplo é que ele não teria visto os vetores, não fosse a ajuda de Yushiro. Então esse é um problema que deve ser explorado, mas talvez compensará um pouco quando Tanjiro e Nezuko tiverem aliados? Não duvido. No segundo cour veremos isso daí!

Com coisa séria não se brinca! Ao menos não muito…

Por fim, Nezuko tem o pé decepado, mas deve se regenerar, é só questão de tempo. O detalhe é sua demora para tanto. Será que o sangue humano dela repele os efeitos do sangue do Muzan e por isso ela no máximo mantém a super força, mas não usa o máximo das habilidades do sangue de oni?

Se é o caso, talvez o sangue que corre pelas veias dela não seja o segredo para a produção da cura? Não é difícil imaginar tal cenário, mas, de toda forma, por ora o importante é que Tanjiro se adaptou bem à situação e conseguiu mesclar seus golpes, assim como variar a sua movimentação e forma de encarar o combate, amadurecendo em meio a um cenário desvantajoso para ele.

Nezuko já está no clima da Copa do Mundo de Futebol Feminino.

Uma qualidade que alguém em seu estado, um humano tentando desafiar monstros, carece mais que tudo. Yahaba parece perto da derrota, se o belíssimo golpe já não tiver sido o suficiente para exterminá-lo, e Susamaru deve ser a próxima.

Mas o que aguarda Tanjiro, sua irmã e seus novos amigos adiante? Não faço ideia. É sério, não me lembro do que li no mangá. Mas de uma coisa nunca esqueço, Kimetsu no Yaiba está demais!

Até a próxima!

Setas que apontam para a vitória!

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