Este é um episódio dedicado a pessoas com dificuldade de comunicação, independentemente do motivo que seja. No caso da Majou, é por causa do tipo de coisas que ela gosta, além de não confiar em ninguém, já que não consegue falar de outras coisas que não sejam mortes, tripas rolando, etc.

E claro que sua irmã gêmea tenta ajudá-la enquanto pode, mas dando dicas de como uma menininha fofinha deve se comportar diante da sociedade. Se Majou quiser se tornar amiga de Tanaka mesmo, terá que jogar essas regras no lixo.

Conheço gente com problemas de socialização (eu sou uma das pessoas, cof cof), e realmente não é fácil encontrar muitos assuntos para conversar, pois muitas vezes você acha que está sendo inútil ali no meio e ninguém vai ligar se ainda continuar ali. Majou sente a mesma culpabilidade, e prefere se afastar das pessoas.

Apesar de ser irmã de alguém que emana tanto amor e energia, Majou percebe que talvez se ficasse trancafiada dentro do seu quarto sem ninguém incomodá-la, talvez ninguém notasse mais sua presença. Inclusive, ela é a gêmea mais velha, e que acaba se comportando como mais nova por conta de suas manias de fugir das pessoas.

E claro que Majou se sentiria confusa em seu primeiro dia de aula depois de muito tempo sem ir ao colégio. Com o seu vício por vísceras e coisas sangrentas, dificilmente encontraria alguém com o mesmo hobby que ela. Até mesmo Yamai, que era a personagem mais antissocial até agora por causa do seu vício extremo em jogos de RPG, viu a garota com estranheza (eu desculpo o meu julgamento, mas realmente a Yamai era a que mais se destacava pelo quesito esquisitice).

Uma mais esquisita que a outra.

Mas o negócio é o seguinte: Tanaka se prontificou a ser amiga dela, e Wota e Robô resolveram seguir a onda, já que as três são inseparáveis, e mesmo assim, no início, Majou se sentiu excluída por não se sentir parte do grupo, o chamado “panelinha”. Mas na “panelinha” da Idiota sempre cabe mais um, não é mesmo?

Vira e mexe, Tanaka convida alguém para almoçar, conversar, ir embora, etc. Ela não discrimina as pessoas, e Wota e Robô (quer dizer, pelo menos a Robô) acha isso muito interessante e conveniente. Acredito que a irmã de Majou não tenha errado em pedi-las para serem amigas da menina, já que é o grupo mais inclusivo da classe.

Mas acredito que a pessoa que Majou mais gostou de conhecer foi a Loli, já que parecia que as duas batiam um papo praticamente parecido. O motivo da menina gótica achar isso foi: cinema. Embora os pensamentos de uma fossem diferentes da outra (Majou estava achando um tédio por não ter sangue e outras coisas mortíferas e Loli estava achando um absurdo o povo se beijar antes do casamento, além de estar certíssima em julgar gente que já tinha namorado beijando outras pessoas. É isso aí, Loli!), elas concordaram que o filme foi muito ruim, e é isso o que importa.

O importante mesmo é que Majou conseguiu fazer várias amizades, e depende dela mantê-las. Não sei se Loli vai aguentar ver tanto filme de terror, já que a garota desmaiou no meio da sessão (e que sofá confortável, achei um lugar excelente para desmaiar sem deixar a cabeça muito para trás, será que é uma sessão especial, tipo aquelas que se paga mais caro para se ter mais conforto, ou estou viajando?), porém acredito que, apesar das diferenças, ambas consigam manter uma amizade saudável.

Desmaiando com estilo.

Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/

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